domingo - 22/04/2012 - 07:44h

Acordo programático em defesa de Mossoró

Por Neto Vale

Alguns amigos têm nos perguntado sobre a posição do PC do B na disputa eleitoral deste ano. O PC do B sempre define sua posição alinhada com o projeto nacional do partido. Em Mossoró, o partido nunca teve problema internamente em função da clareza de seus militantes e dirigente dessa máxima (combinação do local com o nacional).

Na agenda do partido tem um momento que a militância é convocada para manifestar sua opinião a cerca dos principais desafios do partido, em geral, culmina com a realização de um evento de caráter nacional (Congresso ou Conferência) onde representantes de todos os estados participam e aprovam um conjunto de diretrizes. Essas diretrizes vão orientar o conjunto do partido no cotidiano.

No campo da política, por exemplo, os objetivos do partido é fortalecer a sua  presença no cenário político nacional, com a eleições de prefeitos e de vereadores e na  medida do possível contribuir para a vitória dos partidos que compõe a base de sustentação do governo da presidenta Dilma Rousself.

Ao contrário do PC do B, os demais partidos da base têm uma cultura política diferente, em geral, prevalecem os interesses de grupos regionais, locais ou de algumas figuradas carimbadas, muitas das vezes sem preocupação para a necessidade de fortalecimento da base. Claro, que é um equívoco desses partidos, não desenvolverem um esforço no sentido de unir a base, especialmente quando não apresentam candidaturas competitivas ou com capacidade de aglutinar forças, ou ainda se perdem no varejo.

O P C do B lançará diversas candidaturas a prefeito e milhares a vereador, por esse imenso Brasil. Em geral, isso ocorre em municípios onde há o segundo turno e o partido apresenta candidaturas reconhecidamente competitivas. Não são poucos os municípios onde abrimos mãos de candidaturas próprias para fortalecer uma ou outra candidatura de partido da base aliada.

No ano do aniversário de seus 90 anos de existência, o P C do B não lançará candidaturas somente para marcar posição nem deixará que interesses menores atrapalhem os esforços de unir o maior número possível de partidos que dão sustentação política ao governo da presidenta Dilma Rousself do Brasil. Na política, não é um gesto nobre colocar os interesses, as vontades ou os desejos pessoais num primeiro plano.

Em Mossoró, o debate deve se desenvolver em torno de propostas e na elaboração de programa de governo que dê conta de superar as deficiências que impedem que o crescimento econômico da cidade de Mossoró seja compartilhado pelo conjunto de sua população. Há uma necessidade de superação da gestão pública centralizada e autoritária, através do resgate e do fortalecimento do controle social autônomo das políticas públicas; não faz sentido o executivo está preocupado com a indicação do diretor de uma unidade de saúde, educação, … , isso é tarefa conjunta dos trabalhadores dessas unidades e dos usuários dos serviços públicos; a relevância da questão ambiental exige uma nova postura do município frente ao seu ícone maior, o seu rio, além do uso e da ocupação do solo, a especulação imobiliária e o acesso aos bens público; a questão da zona rural exige um olhar diferente, o município tem que dar respostas as suas demandas, a literatu
ra
aponta que os pequenos empreendimentos rurais de corte familiar tem sido o verdadeiro indutor do desenvolvimento das nações mais prósperas; é imperativa a substituição da arrogância e da soberba, na relação com servidores e com suas entidades representativas, assim como a elaboração de uma política de valorização e de resgate da qualidade e da resolutividade dos serviços públicos; o executivo tem que desenvolver políticas públicas para a juventude, tirando-a do caminho das drogas e da marginalidade, criando oportunidades concretas de empregos e de geração de renda, com linha de financiamento público para a juventude, dando materialidade a seus sonhos; parcerias, em mão dupla, com os demais entes da federação, do setor privado e do terceiro setor, em especial com as nossas universidades.

Para contribuir com o processo de mudanças que exige o povo da nossa cidade, o P C do B não tem mais por quem esperar. Neste sentido, o primeiro de maio seria uma ótima oportunidade para definir a sua posição. Historicamente, o PC do B vem desenvolvendo um grande esforço para constituir uma alternativa no campo democrático e popular, no nosso município. Entretanto, de 1988 até 2000, coligou-se basicamente com o PT, neste período só PDT se aproximou, uma única vez; em 2004 e 2008, por opção própria o PT, abandonou essa perspectiva.

Restou ao PC do B persistir com esse projeto, os resultados das eleições de 2004 e de 2008 indicaram que cresceu o sentimento de mudança política na nossa cidade e o PC do B estava certo. Hoje, concretamente é possível começar um processo de mudança em Mossoró e esse processo passa pela candidatura do PSB, representada pela deputada Larissa Rosado.

A profundidade das mudanças será maior se fortalecida com a presença do maior número possível de partidos que compõe a base aliada e de outros que concorde com essa necessidade. É fundamental que junto com o PC do B, esteja o PDT, o PTB, o PSD, o PRB, o PT do B, o PPS e com todo o respeito, a presença do PT é fundamental para o êxito desse projeto. Só para registrar, o PC do B faz aliança política com partido(s), sem perder a sua autonomia, a sua capacidade de crítica e em cima de um programa de governo com propostas concretas para superar ou minimizar os problemas que afligem o povo da nossa cidade.

E mais ainda, não há nenhuma contradição nesta aliança com o PSB. O PSB é parceiro do PC do B e do PT desde 1989, inicio de todas essas mudanças que vem ocorrendo no Brasil. Em 1989, Lula, foi candidato pela Frente Brasil Popular, composta por PT, PSB e PC do B. Claro, a decisão cabe ao PC do B. qualquer que seja a decisão do PC do B, estaremos juntos.

Neto Vale – É dirigente do PCdoB em Mossoró

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Edvaldo Rodrigues diz:

    O PcdoB é este partido, que sempre está atenado com as questões macro, e não preso a sentimentos pequenos, o PCdoB é um Partido de debates interno, porém tem como premissia o Centralismo democratico. De fato concordo com Neto Vale na sua avaliação, já está na hora de posições serem tomadas e não tenho duvida qual seja a decisão, toda a militância siguirá unida.Tenho certeza, que devido a experiencia que o PCdoB tem com os movimentos sociais e as classes menos favorecidas, poderá dá uma contribuição bastante siguinificativa tendo como um projeto de governo que realmente possa ser implementada em Mossoró politicas publicas . Falo isto pois basta você dá uma volta pelos bairros perifericos e constatar esgotos a ceu aberto, lama, lixo… e a saúde ufa.
    Sucesso ao PCdoB e parabens pelo 90 anos de historia de lutas em defesa da Soberania de Nosso Pais e pela Democracia.

  2. Pedro diz:

    rapaz, pode até ser um partido nanico, mas na hora de dizer algo não tem papas na língua… esperava que outro partido de maior status desse a tônica dessa ciranda da política Mossoroense e não os comunistas… esse povo é sabido, são estudiosos que se preocupam com os problemas da política e da sociedade… atenção partidos de esquerda é melhor um bom conselho do que ser repreendido por resto da vida.

  3. NILDO SILVA diz:

    Companheiro Neto Vale. Tudo bem que o PSB seja parceiro do PT no âmbito nacional. Mas, aqui no nosso estado e principalmente na nossa cidade, els do PSB não tem sido leais com o nosso partido. E é exatamente por isso que a maioria preferiu optar por uma candidatura própria. Essa oportunidade é única. Hoje temos um nome forte e competitivo. Isso tem causado preocupação a esses que se dizem aliados nossos.

  4. Matheus diz:

    Bom Seria toda oposição unida, O PT ainda pensa pequeno. essa na verdade é a oportunidade da base de Dilma Administrar Mossoró, onde todos os partidos que sustentam a oposição opinem sobre o Modo de governar.

    • CALIBRE 50 diz:

      MATHEUS,
      Quem é oposição a quem? Qualquer mossoroense medianamente bem informado deve estar se perguntando por que o PT de Mossoró não continua em aliança com o Larissandrismo? E mais ainda: por que a aliança do PSB com o PT de Mossoró se transformou num grande problema nacional? É por demais estranho que dois partidos que estiveram tão unidos há quatro anos estejam em campos opostos de forma tão irreconciliável, a ponto de o PT passar por um encontro municipal altamente disputado, resolvido com cinco votos de diferença e mesmo assim agora estarem todos os grupos unidos em torno da candidatura própria. É mais estranho ainda que os maiores defensores da aliança em 2008 estejam no comando da defesa da tese da candidatura própria. Ou seja, defendendo que não seja reatada a aliança com Larissa na cabeça da chapa da sucessão municipal. Ora, como querer estar ao lado de quem, mesmo recebendo apoio integral do PT que lhe ofereceu o vice, não permitiu ao PT nem mesmo ter conhecimento de uma única pesquisa? Como ficar satisfeito em ser aliado, mas ser alijado do comando da campanha? Como ficar satisfeito em não ver um gesto de reconhecimento, mesmo tendo agregado 14 mil votos à candidatura Larissa, tendo trazido cinco estrelas nacionais mais Lula para a campanha. Como ficar feliz em estar no mesmo Governo Estadual e no mesmo Governo Federal e não ter um projeto em comum? Nada de concreto, nenhuma preocupação, nenhuma solidariedade. Como ser aliado numa eleição e já na seguinte, ver o seu candidato a senador rejeitado, e, o que é mais grave, hostilizado. E ver ainda o marido de uma deputada, e pai da outra, votar em Garibaldi e José Agripino, em desfavor de Hugo do PT e de Wilma, do próprio PSB. Como ficar feliz em ver que diante da voz das urnas, Hugo do PT ficou com 14.611 votos e Wilma do PSB, com 28.111 votos, enquanto Garibaldi e José Agripino do DEM ficaram com 80.539 e 76.599, respectivamente? As urnas deixaram claro que não foi apenas Laíre que votou no DEM, mas que as deputadas também votaram, ou, pelo menos foram coniventes com o voto inconveniente para a base do governo. Como acreditar que Sandra queria combater o DEM em 2010, com Iberê Ferreira do PSB, tendo 16.043 votos, ou seja, quase seiscentos votos a menos que Rui Pereira do PT obteve em 2002, sem apoio de Sandra. Enquanto isso, Rosalba faturava 98.043 votos para governadora, o mesmo massacre que se viu contra Fernando Bezerra, então líder do governo Lula no congresso, em 2006. Como acreditar que o Larissandrismo queria contribuir com o projeto nacional de mudança e de enfraquecimento do DEM, se Larissa foi convidada para ser vice de Iberê a proposta foi rejeitada. Como se não bastasse, antes de surgiu Josivan Barbosa no tabuleiro, o que se viu foi uma Sandra e uma Larissa numa atitude clara de quem estava esperando as bênçãos de Carlos Augusto, do DEM, para a candidatura da prima. Uma oposição que não davam um pio contra o desastroso governo Rosalba. Continuemos nas Notas Curtas:

      Espalhando
      Fica cada dia mais claro que Sandra e Larissa não conversavam com o PT porque não queriam o PT, pois queriam mesmo o DEM no seu palanque. Quer dizer: é por demais simples de entender. Sandra Rosado é a única culpada deste racha. Sim. Exatamente Sandra, que tem a fama de transformar os “samurais” do rosadismo em correligionários frios, os correligionários em adversários e os adversários em inimigos.

      Plantando a discórdia
      Agora vem a deputada, depois de expulsar o PT do seu colo, querer jogar a bomba no colo de Lula para impor um apoio indesejado, inaceitável e contraproducente. É um gesto de muita arrogância e inconveniência. Além de uma grande estultícia, pois Lula, com seu histórico democrático, não vai tratorar companheiros que dedicaram suas vidas ao partido e à luta que ele lidera, sem nunca pedir nada em troca, a não ser o bem do PT.

      Jogando a bomba
      para cima
      A atitude de Sandra Rosado mandando, com um sorriso irônico, um repórter que a entrevistava ligar para Lula sobre o imbróglio de Mossoró demonstra que a deputada trabalha com várias hipóteses, exceto a de marchar junto com o PT. Senão vejamos:

      Pacote de maldades
      1. Quer jogar Lula contra os petistas de Mossoró; 2. Quer desmoralizar os petistas de Mossoró que não aceitam seu assédio; 3. Quer que a situação interna se radicalize ao ponto de não haver acordo e uma intervenção de instância superior esbagace o PT local; 4. Quer que seja destruída uma liderança que está surgindo, o reitor Josivan Barbosa, fazendo que ninguém mais queria se aproximar do PT de Mossoró, temendo algo parecido; 5. Quer, em caso de não haver a intervenção, conseguir uma desculpa para viabilizar o apoio do DEM a Larissa, com a advogada Rafaella do PTB, filha de Chico da Prefeitura, vereador /prefeitável do DEM inviabilizado por problemas com a Justiça Eleitoral, para vice, com apoio indireto dos primos Rosalba, Carlos Augusto e José Agripino para a filha, em retribuição ao apoio direto ou indireto que o Larissandrismo deu ao trio Garibaldi, Rosalba e José Agripino.

      Nada a ver
      Acredito em tudo, menos que Sandra esteja interessada numa relação respeitosa com o PT.

  5. RNAVISTA diz:

    Olá pessoal,
    Vejo como muito oportuno este artigo do Professor Neto Vale, não somente por descortinar posições e apontar possíveis aliados, mas sim, por dá um rumo aos políticos que querem e se preocupam com uma Mossoró maior e cada vez mais inclusiva socialmente… esses são os principais pontos, Neto, coisas que determinados políticos não têm mensurado, pois ainda teimam em fazer política pela própria política, ou seja, um negócio. Quanto ao PT, espero que tome um posicionamento moral o quanto antes, pois o que está em jogo é a unidade que desfaleceu no Rio Grande do Norte após o término do governo Wilma… adiar ou antecipar a reunificação depende muito do PT e dos partidos da base alinhados à presidenta Dilma… todos nós sabemos que Mossoró não pode mais ser vista como uma ilha isolada do resto do País… a política de unidade dependerá também de um pacto que caberá a todos e todas deixarem suas diferenças de lado se possível engolirem sapos e jias para torná-lo possível ainda no inicio desta segunda década desse século, pois trata-se de um projeto que não pode mais ser adiado em nossa cidade… analisem a história do partido e não a estória do militante para que se convençam que um grande e belo projeto poderá está prestes a ser executado com ou sem o maior partido do Brasil, aqui, em Mossoró.
    Atenciosamente,

    José Nildo

  6. Caninde Freitas diz:

    Fico triste em ver um partido de luta e tradição acreditar que as mudanças em Mossoró passem por uma candidatura pertencente ao mesmo grupo que vem se perpetuando no poder dessa cidade. Assumir uma posição de apoio a candidatura de Larissa é simplesmente trocar como diz o ditado popular trocar a coleira porque os cachorros vão continuar os mesmos.

  7. Marcos Pinto. diz:

    Ridícula e hilária a assertiva do conterrâneo NETO VALE, de que o processo de mudança em MOSSOROITO (A cidade que entrou num oito) passa pela candidatura da Larissa ROSADUS. Nunca uma oligarquia político-familiar deixou de ser propulsor e sinônimo de atraso, beneficiando uma casta famélica pelos cifrões públicos. Cito como exemplo o município de Apodi, que até hoje se ressente dos efeitos da oligarquia político-familiar PINTO, que comandou os destinos do meu rincão desde o ano de 1817 até o ano de 1962, retornando ao poder na eleição de 2008, com a prefeita GORETE PINTO, continuando o mesmo processo de atraso e retrocesso. Chega de oligarquias!. Tenho dito.

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