domingo - 16/03/2025 - 07:20h

Ainda estamos aqui

Por Marcos Ferreira

Imagem reproduzida pelo autor

Imagem editada pelo autor

Peço desculpas ao escritor Marcelo Rubens Paiva pela paráfrase em cima do título de seu badalado romance, best-seller brasileiro que deu o Oscar ao filme (título homônimo) do cineasta Walter Salles. Não vou discorrer acerca da obra do Marcelo nem sobre o filme do Walter, pois não li o livro nem assisti ao longa-metragem. Considero importante ser franco quanto a esse detalhe. Neste caso, a exemplo da canção do Zeca Pagodinho, digo que não sei, nunca vi, eu só ouço falar.

Ao contrário de enaltecer a saga da maior coqueluche editorial e cinematográfica do país até o momento, venho bater em uma tecla um bocado antiga e decerto invisível no âmbito da literatura nacional. Sim. Ainda estou aqui com “A Hora Azul do Silêncio”, livro praticamente desconhecido do público leitor, sobretudo em nível de Brasil. Entretanto, neste nosso microcosmo do País de Mossoró, talvez existam pessoas que já estão de saco cheio e não suportam ouvir mais nada no tocante ao meu livrinho de poesia. Além fronteiras mossoroenses, porém, ouso dizer que se trata de algo possivelmente inédito. Daí que de vez em quando (feito agora) tento expor esta minha cria ao conhecimento de outros leitores, exibi-la a outras cidades e estados.

Imagino que não seja nenhum delito a gente tentar vender o nosso próprio peixe. Até porque, à maneira de qualquer outro tipo de trabalho artístico ou não, neste caso nós temos um produto intelectual convertido em livro físico disponível para venda. Possuo uma considerável quantidade de exemplares desta obra que venceu os “Prêmios Literários Cidade de Manaus”, categoria “Melhor Livro de Poesia”, e que está em segunda edição. Muitos leitores, portanto, não têm conhecimento da existência desta publicação na qual se encontram poemas ganhadores de concursos nacionais destinados a premiar um único poema, além de menções honrosas para outros textos.

Desta vez, conforme consta na foto que ilustra esta página, eu lhes submeto uma crônica de caráter puramente comercial. Segundo a imagem, que talvez não valha por mil palavras, contrariando aquela máxima, o intuito não é outro exceto a venda, a comercialização de “A Hora Azul do Silêncio” por trinta dinheiros. Para interessados fora de Mossoró, quiçá de outros estados, é acrescido o custo do frete. O contato com este autor (como vemos na foto) será pelo número (84) 9.9817-1690. É possível, considerando a finalidade da crônica, que a qualidade literária do texto deixe a desejar. Não vou me preocupar com isso. Nem mesmo as ostras produzem somente pérolas.

Ainda estou aqui, enfim, com a minha única obra publicada. Possuo coisas inéditas que abrangem os gêneros romance, contos, crônicas e outros livros de poesia, no entanto a autopublicação é uma alternativa que está bem longe dos meus horizontes financeiros. Devido a tribulações pessoais quando do lançamento de “A Hora Azul do Silêncio” em Manaus, não inscrevi este livro em concursos voltados especificamente para trabalhos apresentados em primeira edição e que se encaixem dentro de um determinado espaço de tempo. Como se diz, o cavalo passou selado e eu perdi a chance. O Prêmio Jabuti é um desses concursos para obras já editadas.

Destaco que a primeira edição deste livro saiu em 2006 com o selo da editora da Universidade Federal do Amazonas. A segunda ocorreu em novembro de 2016, desta vez em uma parceria das editoras mossoroenses Queima-Bucha e Verboletras. São quase vinte anos ao todo. Bem. Agora me fiando que este blogue ultrapasse os limites geográficos deste município e do estado, decidi fazer esta publicidade, tentar vender meu próprio peixe a um público leitor que talvez se interesse pelo meu produto. Muita gente desta cidade já adquiriu o seu exemplar e pode se considerar fora da mira desta propaganda caseira. Destina-se, pois, a quem interessar possa.

Digo também que, do ponto de vista econômico, sem importar o seu sucesso ou fracasso, esta ação de marketing não produzirá impacto algum em nenhuma das grandes bolsas de valores do mundo. A todo-poderosa Nyse, com sede em Wall Street, seguirá esbanjando saúde financeira. Não vai produzir o menor abalo na Shanghai Stock Exchange, da China. A London Stock Exchange, bolsa de valores de Londres, nem piscará. A Nasdaq, situada na cidade de Nova Iorque, não perderá um níquel sequer. A Euronext, principal bolsa de valores da Europa, há de seguir firme e forte. Nem mesmo nossa Bovespa não exibirá nenhum espasmo. Fiquem frios.

No fim das contas, se esta peça publicitária não resultar em algumas dezenas de cópias vendidas, ao menos servirá como mais um texto que pode fazer parte de um livro de crônicas. Quem quiser adquirir “A Hora Azul do Silêncio”, cujo preço é o mesmo desde 2006, só precisa ligar. Ainda estamos aqui.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica

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