O prefeito de Natal, Álvaro Dias, do PSDB, em entrevista à imprensa da capital no dia passado, abriu canhoneio na direção do Governo do Estado.
Em sua opinião, “O Governo do Estado tem se omitido no combate ao Coronavírus”. Disse que falta uma ação eficaz por parte do Estado – como um Hospital Estadual de Campanha – no enfrentamento da pandemia.
Por isso, o sistema de saúde de Natal está sobrecarregado.
O pronunciamento de Álvaro Dias, um político bastante experiente e que é pré-candidato à reeleição, tem uma razão de ser não declarada: ele tenta transferir responsabilidades e evitar desgastes próprios, numa guerra que já está perdida.
Derrota e paternidade
Já comentamos anteriormente em algumas postagens (veja AQUI): a luta contra a Covid-19 era agravada e se tornava ainda mais difícil, porque estamos vivendo um ano eleitoral, com muitos interesses em jogo.
Álvaro Dias faz o que muitos outros gestores farão e outros, até antes dele mesmo, já começaram a fazer: apontar culpados, transferir responsabilidades e tentar sair da cena onde não faltam cadáveres.
O presidente dos EUA nos anos 60 do século passado, John Fitzgerald Kennedy, cunhou uma frase que pode ser encaixada como uma luva cirúrgica nesse episódio. Abre aspas: “A vitória tem mil pais, mas a derrota é orfã”.
Ninguém que assumir os prejuízos de vidas, na economia e eleitorais, que a Covid-19 começa a causar. Infelizmente, essa guerra está perdida e muitas outras vidas ainda vão ser puxadas por essa pandemia.
Dias tenta tirar o “dele” da reta. Só isso.
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O prefeito está no palanque. Daqui a pouco a população vai julgá-lo nas urnas e, para ele, é vital eximir-se de culpas.
“Eu só digo uma coisa: eu não digo é nada… E digo mais: só digo isso!!!”