Por Bruno Ernesto
Caro leitor, se você por acaso já leu alguma crônica minha – o que agradeço penhoradamente -, deve ter percebido que todas elas têm por base uma imagem que, se não visualizada, talvez retire um pouco a graça do texto. Bem, talvez ajude na compreensão do texto.
Também deve ter lido em alguns desses textos que sou um grande apreciador de charges, memes e tirinhas.
Ao contrário do que se possa imaginar, essas três formas de comunicação visual não são artes menores, nem são tão fáceis de compreendê-las.
Todas partem de um ponto em comum: o conhecimento; seja ele científico, popular ou cultural. E quanto mais se acumula conhecimento e temos vivência, melhor se compreende esse tipo de manifestação crítica e cultural.
Sim, isso é cultural também. Acredite, elas testam nosso conhecimento e o pensamento crítico.
Quem gosta de ler jornais, sabe que a charge e as tirinhas têm seu espaço garantido. E, por sorte, os memes vieram somar esforços.
Quem sabe até você, caro leitor, também seja uma usina de produção ou consumo desse tipo de manifestação. Cada uma com um grau de acidez e viés. Aliás, tem algumas que são impublicáveis.
Lembre, por exemplo, o caso da revista semanal satírica francesa Charlie Hebdo, alvo de um ataque terrorista ocorrido em 7 de janeiro de 2015, quando militantes islâmicos mataram 11 pessoas a tiros na sede da revista em Paris.
Entre nós, tivemos o cartunista Henfil com um dos maiores expoentes desse tipo de arte e que se valeu dela para criticar e denunciar a violência e perseguição de artistas e intelectuais durante o período da ditadura militar que tomou de assalto o Brasil.
Embora os tempos sejam outros e tenham surgido excelentes cartunistas, as charges e as tirinhas – e os memes; muitos memes -, continuam nos divertindo, criticando, debatendo e nos alertando sobre todo tipo de questão e assuntos.
Dos mais amenos aos mais espinhosos, não se engane; uma imagem ainda diz muito.
Especialmente de quem vê-la.
Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor
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