Está muito difícil para a campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) resolver como acomodar seus aliados em Estados nos quais dois candidatos a governador apoiam a petista.
Uma das raras exceções é o Rio Grande do Norte.
Em sua presença na quarta (28) em Natal, Dilma terá toda sua base aliada num mesmo palanque, ladeando-a. Um comité suprapartidário foi montado para conduzir a campanha presidencial no estado, conseguindo essa harmonização.
Portanto, os candidatos ao governo que apoiam Dilma, Iberê Ferreira (PSB) e Carlos Eduardo Alves (PDT), vão dividir o mesmo espaço.
O caso mais dramático, até pelo tamanho do eleitorado (9,6 milhões, o 4º maior do país), é o da Bahia, comenta o jornalista Fernando Rodrigues, do grupo Folha.
Jaques Wagner (PT) é o atual governador e lidera na pesquisa Datagolha com 44% (sendo rejeitado por 16%). Mas o terceiro colocado na corrida pelo governo baiano é Geddel Vieira Lima (PMDB), com 13% (mas rejeitado por 18%).
Uma saída para Dilma e Lula pode ser "fazer dois comícios na Bahia, em cidades e datas separadas – um para Jaques Wagner e outro para Geddel Vieira Lima. Mas essa é uma saída que não agrada, por enquanto, a ninguém," diz Fernando.
A união dos dois candidatos ao governo do RN em torno do projeto do PT mostra que pelo menos em alguns políticos de nosso estado já se vislumbra uma forma diferente e melhor de se fazer política. Estamos cansados de candidatos jurássicos que esquecem o debater em torno de projetos em se limitam às agressões de todos os tipos. Mossoró tem muito a aprender com esse exemplo. Parabéns aos candidatos Carlos Eduardo e Iberê Ferreira.