Por François Silvestre
… para uma dilapidada República.
Um príncipe nababo da Arábia Saudita, matador e esquartejador de jornalistas, prendedor da própria mãe, onde mulheres são objetos de uso para machos, sem direito de falar em público, apaixonou-se pela República do Brasil.
E sendo ela qualquer mulher do seu agrado, resolveu presentar com colares e brincos. A qual cama, ou em que esbórnia, ele iria deitar e lambuzar-se com essa República, beijando-lhe o pescoço ornado de peças lapidadas, e acariciando as orelhas enfeitadas de brilhantes brincos, não se sabe.
As camas da alfândega não são aconchegantes. Mas, como se diz que não era presente pessoal e sim para o acervo da República, tudo leva a crer que a cortesã republicana deitaria num beco, com ou sem saída, ou entrando e saindo.
Sabe-se de ciência própria e da anatomia institucional que nenhuma república, por mais esculhambada que seja, por mais prostituída que seja, possui pescoço ou orelhas. Ora, se a república não tem orelhas nem pescoço não poderá ser presenteada com brincos e colares. Elementar, meu caro Watson.
Para o general Heleno, não foi. Para Damares, também não. Sobra quem, nesse grau de importância? Há orelhas sobrando nesse cipoal e pescoço faltando nessa forca. Viva a República dilapidada, no brilho lapidado da mentira!
Leia também: Além de joias para Michelle, Bolsonaro também ficou com as suas.
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Minha humilde admiração a este escritor!
Um abraçaço
Eu concordo com o texto acima .
Américo de Oliveira Costa escreveu A Biblioteca e Seis Habitantes, um dos livros mais deliciosos é rico em informações que li;
François escreveu inúmeros. Li mãos de 5. Os melhores, A Pátria Não é Ninguém, depois dele, Esmeralda, Crime no Santuário do Lima. Remanso da Piracema é muito bom!
François e Américo são dois dos maiores escritores do RN.