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domingo - 27/06/2021 - 12:48h

Pesquisa mostra caminho para aumento da produção do trigo

Produção de trigo no semiárido é uma realidade e ao mesmo tempo, um cabedal de dúvidas (Foto ilustrativa)

Produção de trigo no semiárido é uma realidade e ao mesmo tempo, um cabedal de dúvidas (Foto ilustrativa)

Por Josivan Barbosa

Uma pesquisa da Embrapa Trigo (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)e da rede técnica das cooperativas do Rio Grande do Sul (RTC/CCGL) mostra ser possível ampliar a produção de trigo no Brasil sem que necessariamente haja aumento de área de plantio. Os resultados do estudo surgem em um momento em que voltam a ganhar corpo as discussões sobre a necessidade de o país produzir mais o cereal. A alta dos preços do milho encareceu a cadeia de carnes – e um pode substituir o outro como matéria-prima para nutrição animal.

Segundo os pesquisadores, associar sementes de boa qualidade com melhor manejo pode reduzir em 20% (ou R$ 415 por hectare) o custo variável da produção do trigo, que é de R$ 2 mil, em média – e a diminuição ocorreu sem afetar a produtividade das lavouras. Se considerados os 900 mil hectares de trigo cultivados no Rio Grande do Sul em 2020, a economia com sementes e fungicidas chegaria a R$ 360 milhões no Estado.

A pesquisa avaliou duas linhas de manejo, uma visando à redução da população de plantas e outra com o uso racional de fungicidas, aproveitando fatores da genética das cultivares. A economia de R$ 415 por hectare é resultado da soma de R$ 140 por hectare em sementes e R$ 275 por hectare em fungicidas. Com o preço de comercialização do ano passado (R$ 70, em média) como parâmetro, a redução de custos corresponde ao valor de seis sacas de trigo por hectare.

A pesquisa atestou o que se conhece na prática: no Estado, por hábito, os triticultores usam mais sementes do que precisam. “Em geral, o produtor tem adotado 150 quilos de sementes de trigo por hectare, mas na soja e no milho o cálculo é efetuado em plantas por metro linear. Queremos mostrar nesse trabalho que a implantação do trigo também deve seguir essa lógica de plantas por metro linear, e não a de quilos por hectare”, afirma Geomar Corassa, engenheiro agrônomo da CCGL.

Os pesquisadores instalaram faixas de população de plantas em 20 áreas diferentes, distribuídas por 17 municípios. A cultivar utilizada foi a BRS Belajoia, instalada nas áreas com três densidades de semeadura: 40, 60 e 80 plantas por metro de fileira. Em cada local, a área total chegou a 3 hectares, destinando um hectare para cada faixa de população.

A pesquisa mostrou que o aumento na densidade de plantas não representou ganhos significativos no rendimento dos grãos, mesmo em diferentes ambientes de produção. A média de rendimentos ficou entre 64 e 67 sacas por hectare, mas os custos quase dobraram, passando de R$ 234 por hectare na densidade de 43 plantas por metro para R$ 415/hectare nas faixas de 76 plantas por metro.

“Quando se usa mais sementes, as plantas têm que crescer mais em busca da luminosidade, isso eleva a tendência de tombamento”, explica Giovani Faé, engenheiro agrônomo da Embrapa Trigo. Como consequência desse tombamento, costuma-se usar mais fertilizantes nitrogena.

Sementes certificadas

As sementes certificadas e resistentes a doenças reduzem os gastos com insumos. Para a Embrapa, com essa economia, os produtores poderiam investir em outras frentes na lavoura, o que aumentaria a produtividade do trigo e também nas culturas subsequentes, como a soja no verão.

O custo da semente de trigo no Rio Grande do Sul foi, em média, de R$ 2,20 por quilo na safra 2020. Para a população recomendada de 43 plantas por metro, a redução de custos chega a R$ 140 por hectare quando se compara com os 150 kg de sementes por hectare do método tradicional.

No estudo, quatro aplicações de fungicidas ao longo da safra custaram R$ 390 por hectare. Com o monitoramento, foi possível fazer uma única aplicação, ao custo de R$ 115 por hectare.

Fonte:  //valor.globo.com/agronegocios/noticia/2021/06/07/pesquisa-da-embrapa-eleva-desempenho-de-lavouras-de-trigo-no-rs.ghtml

Produtores de frutas precisam ficar atentos

Diante da possibilidade da União Europeia, principal destino das frutas exportadas pelo nosso Semiárido (Polos de Agricultura Irrigada RN – CE e Vale do São Francisco), rejeitar os nossos produtos exportados em função da questão de relaxamento com a sustentabilidade da Amazônia, os nossos produtores de frutas precisam mostrar para os europeus que as nossas áreas não possuem relação nenhuma com a problemática da região Norte.

Sustentabilidade é o xis da questão (Foto ilustrativa)

Sustentabilidade é o xis da questão (Foto ilustrativa)

Isso precisa ser feito o quanto antes. Depois não adianta chorar o leite derramado.

O Brasil está cada vez mais isolado na comunidade internacional na questão ambiental e o risco agora é de boicote de produtos nacionais pelos consumidores de países em que esse tema ganha mais relevância.

Assim, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS) precisa divulgar para a Europa e entorno que os produtores de frutas tropicais do Semiarido brasileiro se preocupam com os recursos hídricos, trabalham com manejo adequado dos solos e preservam a vegetação nativa da caatinga e de outros biomas e que desenvolvem ações sociais na região.

É importante compreender que o nosso produtor de frutas já sofre com o retrocesso das negociações do Acordo Comercial Mercosul-UE ocasionado por problemas relacionados à forma como o país encaminha as questões climáticas nos últimos anos e, assim, as negociações comerciais entre a União Europeia e o Mercosul não avançam por causa do desmatamento.

Sucesso da energia eólica no RN

A Casa dos Ventos fechou um contrato de longo prazo (PPA) com a Energisa Comercializadora para a venda da energia do complexo eólico Rio dos Ventos (RN), que está entrando em operação comercial. O acordo prevê o fornecimento de 20 megawatts (MW) médios de 2023 a 2038.

Com a conclusão da rodada de comercialização da primeira fase de Rio do Vento, a companhia de geração eólica vai focar agora nos acordos para a venda da energia da segunda fase do complexo e do projeto Babilônia (BA).

Outra boa notícia para o RN é que o grupo quer transformar suas usinas eólicas em unidades híbridas, também com geração solar. Com isso, nos próximos dois anos, o portfólio do grupo deve atingir a marca de 1,6 gigawatts (GW) de capacidade eólica e 400 MW de geração solar fotovoltaica.

Além disso, o desenvolvimento de um projeto exclusivamente solar também está nos planos. A companhia avalia diversificar não somente seu portfólio de geração, como também sua atuação geográfica, até o momento concentrada no Nordeste.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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Categoria(s): Artigo / Economia

Comentários

  1. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Caro Josivan obrigado por mais elucidativo e fecundo artigo, o qual aoesmo tempo que nos traz luzes acerca das nossas possibilidades agrícola, bem como nosso imenso potencial exportador, também aleta para os efeitos do desgoverno atual e sua política suicida e genocida para com nosso povo e na relação com outros países.

    Conforme qualquer pessoa minimamente informada pode inferir, de geo-,política este EXCREMENTISSIMO. e sua quadrilha que tomou de assalto e desgovernado nossos destinos.. EFETIVAMENTE NADA ENTENDE..!!!

    Um baraco

    FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO
    OAB/RN. 7318

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