Deixou de ser camuflada a comunhão das campanhas a prefeito dos ‘concorrentes’ oposicionistas Lawrence Amorim (PSDB) e Genivan Vale (PL). As alardeadas diferenças ideológicas deram lugar ao esforço conjunto das duas coligações para derrota do oponente comum: prefeito Allyson Bezerra (UB).
A partilha de tarefas, divisão de missões, seleção de pautas e convergência de foco deles ficaram indisfarçáveis nos últimos dias. Primeiro, no debate da TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), Canal 10 (veja AQUI). Depois, num episódio político inusitado, as candidatas a vice-prefeito Carmem Júlia (MDB) e Nayara Gadelha (PL), respectivamente das chapas de Lawrence e de Genivan, cumpriram agenda unidas – um dia após o debate. Tudo como se fossem de uma mesma aliança política, algo incomum em décadas na política de Mossoró.
Em vídeo nas redes sociais, as duas apareceram criticando o governo municipal em frente a um equipamento público. Ou seja, partilhando tarefa, dividindo missão, na seleção da mesma pauta e focadas contra o adversário governista.
No período de pré-campanha, houve tentativa de união de postulações, numa chapa à prefeitura que acomodaria o petismo (que apoia Lawrence Amorim) e o bolsonarismo (onde Genivan Vale se instalou). Não vingou, digamos, por excesso de escrúpulos. Na campanha, às favas os escrúpulos. Está sacramentado o “bolsopetismo”, associação dos inimigos políticos naacionais. Eles não se atritam nem concorrem entre si. São parceiros da mesma empreitada.
Desespero em 2020
Esse consórcio entre concorrentes faz lembrar a luta eleitoral passada em 2020, que teve caso parecido, mas características diferentes e também bizarras. Fim de disputa pelo voto, a então prefeita e candidata à reeleição, Rosalba Ciarlini (PP), chegou a pedir votos em favor das ‘adversárias’ Isolda Dantas (PT) e Cláudia Regina (DEM, hoje no PP). Quem não votasse nela, propôs, deveria votar em uma das duas. Jamais em Allyson Bezerra.
As candidatas Isolda e Cláudia, em troca, cerraram discursos e programas eleitorais contra o mesmo adversário, retribuindo a camaradagem da prefeita e ‘contendora.’ O objetivo delas deixou de ser a vitória pessoal, superando Rosalba e os Rosados, para priorizar a derrota de outro oposicionista. O apelo desesperado e a campanha conjunta das três não surtiram efeito. Perderam Rosalba, Isolda e Cláudia para Allyson Bezerra.
Essa história foi narrada pelo BCS na postagem A visão “banana” da força-auxiliar de Rosalba Ciarlini. Leia.
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