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segunda-feira - 23/05/2011 - 10:40h

Carlos Augusto pressiona “fafaísmo” usando Larissa Rosado


Postagens deste Blog, veiculadas ontem (domingo, 22), colocaram "fogo" na pré-campanha sucessória de Mossoró. Sobram interpretações e conjecturas. Há quem faça afirmações categórias na superfície ou nos intramuros desse caso.

Palavras do líder Carlos Augusto Rosado (DEM) alimentam a imaginação e discussões. Mas nem tudo que parece, é.

Peraí.

Vamos por ordem na casa e ajudar no entendimento do caso.

Ao declarar a vereadores, durante almoço em sua casa de praia (Tibau), que poderia apoiar a deputada estadual Larissa Rosado (PSB), à  Prefeitura de Mossoró, Carlos não antecipou decisão. Nem revelou uma preferência sequer. Longe disso.

– Ela (Larissa) pode ser a nossa candidata – afirmou, ouvido diretamente por dois vereadores (veja AQUI).

O que o frase significa?

Craque no uso de signos, simbologias, metáforas, Carlos Augusto de novo joga com recursos da semiótica, no trato da política. Na verdade, usou a oportunidade – de forma bem planejada – para mandar um recado ao Palácio da Resistência, sede da Prefeitura de Mossoró.

Sua mensagem não foi para Larissa ou à mãe desta, deputada federal Sandra Rosado (PSB), "A poderosa". Contudo não deixa de ser um aceno. "Plano B". Ou última hipótese.

Marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e líder inconteste do seu grupo, Carlos Augusto quer desalojar a prefeita de direito e aliada Fátima Rosado (DEM), a "Fafá", da prefeitura. O tempo corre.

Ela, sob essa ótica, teria que renunciar ao cargo pelo menos nove meses antes do término do mandato, por volta no início de abril-2012. 

Só assim é que o casal viabilizará a postulação da vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM), irmã de Rosalba, à sucessão. Ela, a preferida.

Manifestar hipótese de apoio à Larissa, é um instrumento velado de pressão.

A facção política de Fafá, comandada pelo agitador cultural Gustavo Rosado (PV), chefe de gabinete da prefeita, está com a espada de "Dâmocles" sobre a cabeça. Tem que decidir pela sua renúncia ou não até o início de abril do próximo ano.

Entretanto, a resposta que Carlos e Rosalba esperam, é para este ano. No máximo até julho-agosto. Depois…

É possível que isso ocorra?

Possível, é. Mas não é provável.

É possível que Carlos e Rosalba endossem candidatura de Larissa?

Possível, é. Mas não é provável.

Em algum tempo, futuro, os Rosado voltarão a ser um grupo monolítico, como no passado. Agora, a principio, não faz sentido. Ficam separados porque é bom para os dois esquemas, que na verdade são um só, sistêmico, oligárquico.

A tese é a que manifestei já inúmeras vezes, para plasmar esse raciocínio: não existe adversário à altura para enfrentá-los, nenhuma ameaça externa. A dicotomia, cada um de um lado, cabe bem ao grupo de Carlos e ao de Sandra.

Líder de vitórias paroquiais nas últimas quatro eleições, fazendo Rosalba duas vezes à prefeitura e Fafá em mais dois embates, o líder Carlos Augusto quer completar o quinto êxito consecutivo. Com uma diferença: para ganhar e levar, ao contrário do que aconteceu nas gestões da prefeita de direito Fafá, das quais foi isolado.

Portanto, seguidores de Larissa e de Sandra, que sonham com essa "quase nomeação" da deputada à prefeitura, tirem o "cavalinho da chuva". Preparem-se para uma disputa em frentes opostas e muito renhida, como foram as anteriores.

É a leitura de hoje.

Amanhã, não sei. As "nuvens" da política continuam sobre todos nós.

Foto – Carlos e Sandra, primos e adversários. Até aqui.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. itamar de sousa diz:

    essa falsa briguinha sempre houve,sempre enganaram os mossoroenses,polarizando as disputa entre sí.
    aqui eles “brigavam”e nos alpendres de tibau,se reuniam p gozar com a cara dos bestas,agora como tibau fica muito perto,mudaram o ponto de encontro.

  2. MARCOS PINTO - Do Pody dos Encantos/ Serra das Almas. diz:

    Amigo Carlos,sem querer pautar suas postagens, vejo que deixais de abordar tantos assuntos revestidos de envergadura em importância, para serem debatidos,e que são relegados, para se enveredar pelas nuances políticas das simuladas facções ROSADO. Sei que muitos gostam dessas apreciações da política de aldeia, porém, vejo como uma espécie de processo de levantamento da “bola” oligárquica, num markreting sem ônus para eles. Tenho dito.

  3. Kleverland Diogenes de Sousa diz:

    Carlos , se Fafá renunciar , será antes das convenções e não no mês de Abril , ela teria de sair do cargo em Abril se ela fosse candidata a vereadora ou vice .

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