Prezado Carlos Santos,
Compreendo melhor agora, após ler “O que penso e sinto por Areia Branca” (AQUI), de sua autoria, o seu bem-querer por Areia Branca.
Tive a oportunidade, recentemente, de manifestar-lhe meu agradecimento pelo seu olhar crÃtico sobre o cotidiano areia-branquense, inclusive o polÃtico, possibilitando a todos, um horizonte no acompanhamento dos fatos polÃticos, sociais e econômicos da cidade.
Areia-branquense nato, mas residente em Natal, tenho recorrido a seu blog frequentemente, interessado em manter-me atualizado sobre a região, especialmente Areia Branca, nele encontrando a informação precisa, a crÃtica corajosa, sobretudo construtiva, como penso deva ser a imprensa livre e democrática que tanto desejamos e pela qual tanto lutamos, enquanto sociedade pensante.
Há muito, sentia falta de uma opinião crÃtica sobre o dia-a-dia areia-branquense, principalmente quanto aos atos e fatos polÃticos que determinam a qualidade de vida dos nossos conterrâneos.
Foi quando li “A cruz de Sirineu e o futuro de Areia Branca” (AQUI), texto de sua autoria, de agosto de 2007. Na época, defendi que seu conteúdo merecia ser aposto nos quatro cantos da cidade para ser lido por todos os filhos da terra e pelos que gostam e tem afinidades por Areia Branca.
Sua leitura continua atualizadÃssima e permita-me sugerir que o reproduza para os incapazes de conviver com a democracia, especialmente com a liberdade de expressão.
Na época, fui até repreendido por uma respeitosa senhora mossoroense, cujo nome a memória me falta, pelo fato de ter defendido o tÃtulo areia-branquense para o autor, embora nem o conhecesse. É que penso que mais vale a obra edificada e sua significação que o tÃtulo ou a placa de bronze de quem a construiu.
Sabemos, não é fácil fazer jornalismo com isenção, diante das poderosas estruturas dos poderes municipais, estaduais e federais. Há um elevadÃssimo preço a ser pago, por quem faz essa opção.
Não tenho dúvidas ser o seu caso assim como não tenho dúvidas ser esta uma classe de jornalista em extinção.
As questionáveis práticas polÃtico-administrativas dos gestores nos últimos anos conseguiram deliberadamente desencadear um processo de extinção das posturas oposicionistas e isentas, nos três nÃveis de poder.
Nesse contexto, alguns cidadãos abandonam seus valores maiores da cidadania para prestarem-se à subserviência e a interesses pequenos de pseudo-poderosos, permitindo-se inclusive à abominável prática da intolerância ilusoriamente protegido por um covarde anonimato .
Os areia-branquenses de sua lista, natos em sua maioria, muitos dos quais tive e tenho o prazer e a honra da convivência, antes na infância, na juventude e agora, são autênticos representantes da terra e que muito a dignifica, mas Areia Branca é também especialmente dos que por justos e telúricos motivos, a adotam como seu porto seguro.
Como formador de opinião, o que amigo jornalista faz com seus pertinentes e oportunos escritos sobre a cidade é oferecer a todos a oportunidade da reflexão e o debate sobre temas de elevado interesse dos que têm compromissos cÃvicos e cidadãos com o desenvolvimento econômico e social de nossa querida Areia Branca. Continue, pois, sendo muito bem vindo a Areia Branca.
O que todos lhe devemos é um especial agradecimento pela defesa intransigente do chão areia-branquense que, com toda justiça e por nobres motivações, também é seu.
Cordialmente,
Alcindo de Souza – josealcindodesouza@yahoo.com.br – (84) 3231-4988
Nota do Blog – Alcindo, o seu artigo enche-me de alegria. Confesso o cabotinismo, mas peço a compreensão dos demais webleitores. É-me necessário. Gosto mesmo de Areia Branca, com todas suas virtudes e defeitos, bacuraus e bicudos, verdes e encarnados.
Carlos Santos,
Indiferente à s mentes doentias e atrasadas que insistem na mediocridade polÃtica, prefiro sonhar com uma Areia Branca como a imaginada por Thomas Morus, em que povo e governantes consigam viver em liberdade plena, respeito e harmonia, voltados tão somente para o desenvolvimento social de todos. Utopia pura? Pode ser. Mas a consciência de que é possÃvel mudar a história, para melhor, é um caminho. Obrigado pela postagem da Carta.