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quarta-feira - 12/01/2022 - 17:52h
Recessão

Cimento tem vendas no patamar de 2015; queda preocupa para 2022

Indústria demonstração preocupação com setor da construção civil (Foto ilustrativa)

Indústria demonstração preocupação com setor da construção civil (Foto ilustrativa)

As vendas de cimento no Brasil em dezembro somaram 4,8 milhões de toneladas, um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo mês de 2020, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). Mas ao analisar a venda de cimento por dia útil, onde é considerado o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo, o volume em dezembro foi de 205,5 mil toneladas, queda de 15,6% comparada com o mês anterior.

Com esse resultado, o setor termina 2021 com um total de 64,7 milhões de toneladas de cimento vendidas, um aumento de 6,6% sobre o ano anterior, e volta ao patamar de comercialização de dezembro de 2015.
Os principais indutores do crescimento da atividade foram a continuidade das construções e reformas através da autoconstrução, as obras imobiliárias e uma incipiente retomada de obras de infraestrutura.

Perspectivas sombrias

O setor da construção começa 2022 num cenário bem mais desafiador. A economia está em recessão técnica, a taxa de juros está em ascendência impactando os financiamentos imobiliários, já o poder de compra dos consumidores está diminuindo (a combinação de renda mais baixa e inflação alta é maléfica para a população, que passa a focar suas despesas em bens essenciais como alimentação e vestuário, sobrando menos dinheiro para outras gastos como construção da casa ou reforma).

Se em 2020 a região que mais cresceu foi a Nordeste, impulsionada principalmente pelo auxílio emergencial, em 2021 essa foi aquela com o pior desempenho. A redução do auxílio, tanto em valor quanto em abrangência, impactou diretamente esse resultado. O destaque positivo foi a região sul que teve o maior crescimento, e onde percebemos uma movimentação em construções de infraestrutura, principalmente em rodovias estaduais e pavimento urbano.

Com a reabertura da economia, a renda da população foi redirecionada para outros gastos, diminuindo a alocação em construção e reformas. Serviços como entretenimento e viagens, altamente impactados pela pandemia, voltaram a fazer parte dos dispêndios das famílias e disputar uma parcela da sua renda.

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Categoria(s): Economia

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