O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, disse, nesta segunda (22), em Natal (RN), que a inspeção iniciada no Judiciário do estado deve ser encarada como uma ação corriqueira que visa o aprimoramento da Justiça local.
"Temos que prestar jurisdição de forma rápida, eficaz e transparente, fazendo com que o sistema judiciário brasileiro, que é tão moroso, possa se aperfeiçoar e trazer resultados concretos para o cidadão", destacou.
O ministro presidiu a audiência pública realizada na manhã desta segunda no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), que abriu os trabalhos da inspeção promovida pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Judiciário do estado.
O corregedor nacional ouviu as reclamações e sugestões de entidades e da população potiguar em relação ao funcionamento da Justiça comum do estado. Gilson Dipp ressaltou que as inspeções – já promovidas em 16 tribunais de diferentes estados, além do Rio Grande do Norte – servem para traçar um retrato da realidade do Judiciário brasileiro.
"Sabemos da dificuldade do Judiciário dos estados, da falta de orçamento e dos gargalos que estão, sobretudo, no 1º grau", afirmou.
O ministro aproveitou a audiência para conclamar os tribunais de todo o paÃs a darem maior atenção à estrutura da Justiça de 1º grau. "Quanto mais os tribunais assumirem seu papel de administrar e as corregedorias de fiscalizar, menos trabalho terá o CNJ", destacou.
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Nota do Blog – Um momento de sobressalto na audiência de ontem foi a intervenção do ex-bancário mossoroense Ismael Siqueira (ex-Bandern).
Ele acusou a Justiça do RN de ser extremamente morosa e desfiou caso pessoal, empunhando bolsa recheada de documentos.
Chegou a insinuar, inclusive, que tinha entregue cheque a um magistrado para supostamente dar despacho sobre a lide.
Membros do CNJ, a partir do incidente, reservaram atenção especial a "Siqueirinha", em reunião reservada.
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