Minha cidade é o meu universo. Por mais que isto soe pretensioso ou soberbo, escrevo sobre a minha aldeia para ser universal. Contudo, como as senhoras e os senhores devem saber, esta receita não saiu da minha cuca. Muito menos se trata de coisa nova. Não. Isso é lá da cozinha, se assim posso dizer, de Leon Tolstói, monstro sagrado e monumento da literatura russa e planetária.
Embora por trás de nomes fictícios, inventando um topônimo, como se deu em diversos momentos, este município sempre foi e ainda é o meu lastro, a minha referência, meu parque cenográfico e social. Mossoró, guardadas as devidas proporções, é o meu Projac, minha Hollywood cabocla.
Nosso bangue-bangue, a propósito, é o mais duro e sangrento do velho oeste potiguar. Porque a terra de Santa Luzia, fato público e notório, é uma das mais violentas do mundo. Os ramos de casas funerárias e centros de velório seguem esbanjando saúde financeira.
Aqui temos bandidos para todos os gostos e papéis, tanto encapuzados quanto engravatados. Hoje em dia, se me faço entender, os piores e mais perigosos, sem um pingo de compaixão, são aqueles que não usam máscara. Os mocinhos estão em falta. Melhor dizendo, em desvantagem numérica.
Cidade valente é esta nossa. De povo libertário, heroico e blá-blá-blá. Tal lenda teve origem no distante 13 de junho de 1927, quando arrepiaram carreira daqui o temido Virgulino Ferreira (Lampião) e a sua tropa de facínoras, que sofreu uma baixa. Segundo historiadores (eu era pequenino à época; brincadeirinha!), capturaram o cangaceiro Jararaca, que sofrera um balaço. Também ouvi dizer que o bandido, inerme e às vascas da morte, foi justiçado na cadeia e enterrado, ainda vivo, no São Sebastião. Tempos depois, ironicamente, ele tornou-se santo milagreiro.
Daí para cá nunca mais se falou noutra coisa nesta aldeia com fumaças (pretensão) de capital brasileira da cultura. De lascar!
A fatuidade da resistência e a apoteose lampiônica, sob as quais ainda vivemos, e cujos holofotes pairam menos sobre os defensores que sobre os invasores, abafou outras expressões de arte. Tornaram-se invisíveis aos olhos dos nossos governantes, salvo exceções, algo como literatura, música, artesanato, pintura. Exceto se tais manifestações artísticas requentam o tema cangaço. Como ocorre, sem demérito algum, com o espetáculo “Chuva de Bala no País de Mossoró”.
Com uma população pouco acima das trezentas mil almas (possuía cerca de vinte mil quando do ataque de Virgulino), tenho com este meu berço esplêndido um vínculo de amor e desgosto. Isso, todavia, não me diminui nem empobrece. Acho até que me fortaleço com as experiências por que passei, desagradáveis quanto boas. Aqui nasceu e frutificou o meu sacerdócio com a literatura.
Devo a esta cidade toda a minha produção, seja no verso, seja na prosa. Devo-lhe os poucos livros publicados, os que mantenho na gaveta e outros que ainda hei de produzir, caso sobreviva a este vírus. Devo-lhe todas as personagens e enredos, todas as ambições, inspirações e as pequenas glórias.
Em se tratando de Mossoró, como naquela música da série “Carga Pesada”, da Rede Globo, digo que “eu conheço cada palmo desse chão”. Fora daqui, entretanto, a minha ignorância geográfica possui dimensões continentais. É por esse motivo que considero gravidez de risco gestar uma obra ambientada, por exemplo, em Paris. Ora! O mais próximo que cheguei disso foi no tempo em que tentei, sem êxito, uma vaga de auxiliar de padeiro na extinta Panificadora França, no Santo Antônio. Lá se vão trinta e seis anos, como diria o saudoso Emery Costa.
É prudente, enfim, que se escreva sobre aquilo que se conhece. Exceto no caso de vasta pesquisa. Enquanto ficcionista, o que me julgo ser, não posso produzir apenas fantasias, textos puramente imaginários. Triste do ficcionista que só consegue escrever ficção, capacidade esta que me parece cada vez menos acreditável. O talento imaginoso não pode prescindir da sua cota de verdade.
Até aqui, com um pé na fábula e outro na “vida como ela é”, afora três livros de poemas e um punhado de crônicas, engendrei dois romances parrudos, um volume de contos e mais um livro de poemas. Estes últimos são trabalhos inéditos e, ao menos por enquanto, não convém divulgar os títulos.
Já sei. O prezado leitor e a gentil leitora julgam a citação de tais obras desnecessária. Senão afetada, presumida. Não lhes tiro a razão. Isto me veio à cabeça, mas agora não vou passar uma borracha. Desculpem.
Sem mandato, sem cargo eletivo, pois nunca fui vereador ou prefeito desta aldeia, ainda menos governador deste estado, eu adoro Mossoró. Sim! E adoro de graça, sem palanque nem aplausos, sem benesses e outras vantagens histórica e culturalmente auferidas pelos homens e mulheres públicos desde os primórdios de nossa biografia lampiônica, cheia de fanfarrice e ufanismo.
Exato! Não pensem que ofertei somente odes e loas a meu torrão de nascimento. Houve ocasiões em que, decepcionado ou ferido por minha própria terra, escrevi umas coisas um tanto severas acerca de Mossoró.
Tenho o direito (autoridade) de dizer, escrever, o que vejo e sinto. Sou mossoroense da gema, aqui nascido aos 10 de abril de 1970 no demolido Hospital de Caridade, conforme registrei num soneto por ocasião do meu aniversário de quarenta e cinco anos. Com isto, senhoras e senhores, quero dizer que nem sempre esse gentílico me encheu de orgulho. Evidentemente que não. Quem conseguir colocar um pouco à parte o sentimento telúrico, ou bairrismo, há de me entender.
Eis o primeiro terceto do referido soneto:
“Vim ao mundo, portanto, aos 10 de abril
— Numa antiga e obscura sexta-feira
Que nem mesmo parece que existiu.”
Carecemos ser vistos além da pólvora e tiros de festim, dos foguetórios e da pirotecnia. Mossoró é coisa de cinema! Ficará muitíssimo bem na fita ao ser retratada pela sétima arte. O que não nos falta é riqueza humana, diversidade de enredos e personagens. O mundo precisa conhecer esta cidade.
Afinal de contas Mossoró é um país.
Marcos Ferreira é escritor
Você deveria voltar a escrever como fez naquela época de papangu, detonando todo mundo, com sua metralhadora giratória. Atingindo gregos e troianos. Ali foi um verdadeiro sarapatel. Eu lia e ficava sem entender o que estava acontecendo com o poeta. Era tipo um escrito em folhetim das revista papangu. Vai voltar a escrever aquele texto? Precisamos daquele Marcos também. Um forte abraço.
Metralhadora no bom sentido, claro. Esses seus textos comportados demais também às vezes soa forçado. O poeta Ferreira é pura polêmica. É nitroglicerina pura. Valeu!
Prezado Magno,
Boa tarde…
Grato, mais uma vez, por sua leitura e opinião. Você foi preciso, certeiro, ao observar a tepidez (bom comportamento) deste novo ciclo da minha escrita. Escrita esta, como se percebe, divorciada de certas polêmicas e enfrentamentos. Claro que tenho me esforçado para dominar o meu gênio, outrora indomável. Com o tempo, porém, e após sofrer muitas pancadas, resolvi me distanciar daqueles entreveros rumorosos, sobretudo com certos mandachuvas do País de Mossoró. Como no soneto de Camões: “Fui mau, mas fui castigado./ Sendo que só para mim/ Anda o mundo consertado”. Canalizei toda a nitroglicerina e a munição pesada para um romance que pretendo lançar o mais breve possível. Aí haverá choro e ranger de dentes, pode crer. Por enquanto, amigo, vou me fingindo de morto, fazendo o estilo paz e amor. Não prometo trazer de volta a metralhadora giratória para este espaço de crônicas dominicais, contudo, uma vez ou outra, hei de exercitar a pontaria em algumas páginas de grosso calibre. Deixe estar.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Não sei se passado tanto tempo ainda vale a pena, mas seria bom ver você escrevendo daquele jeito, como eu disse. Uma vez eu li aquele texto e vi um personagem chamado Luís Rola Bosta. Bolei de rir. Acho que ele deve estar chateado com você até hoje, o Luís verdadeiro. Esse é seu jeito, Marcos. Ninguém pode mudar. Você gosta da guerra, da batalha, de fustigar, às vezes imprudente, mas corre os seus riscos e paga seus preços. Você é um poeta. E Luís Rola Bosta quem será? Me responda aí que até hoje eu estou querendo saber, como seu leitor, quem era ele. kkkkkkkkkk VocÊ foi muito escroto ali, poeta. kkkkkkkkkkk
Escroto no bom sentido. rsrsrs Antes que vocÊ me inclua no seu romance aí das mágoas. Deus me livre de falar alguma coisa contra vocÊ, só coisa a favor, se não eu entro no seu romance. kkkkkkkkk Afinal, eu acho que todo mundo da cidade entrou no romance. Sei lá… Mas se aconselhe com sua noiva. Procure saber o que ela acha de vocÊ voltar a guerrear. Deixe o guerreiro guerrear! Quando eu for a Mossoró vou visitar o nosso espartano Marcos Ferreira! Deus quiser!
Bom dia Marcos Ferreira.
Sim Mossoró vai muito além da polvora e espetáculos ” Lampionêscos”
Perdi muitas oportunidades de, por exemplo de assistir Nosso Poeta Antonio Francisco entre outros tantos.
Motivos estes que transito em comentar.
Adoro praças, ficar sentado em seus bancos sentindo a noite ou converçando com amigos; mas isto nos tempos atuais é quase impossivel.
Bom, mas venceremos.
Um abraçaço.
Prezado Amorim,
Estes são tempos muito estranhos, sombrios, medonhos. Sob vários aspectos. Com maior gravidade em virtude desta calamidade sanitária que vivenciamos. Não é de hoje, porém, que Mossoró se destaca da pior maneira possível no tocante à violência e marginalidade. Banditismo que eclode na esfera marginal e no âmbito político. Quanto às praças, amigo, contrariando Castro Alves, não são mais do povo, “como o céu é do condor”. Lamentável.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
Magistral, Marquinhos. Ser Artista sem alugar a visão. Também adoro esse lugar. Bom domingo.
Obrigado, querido Aluísio.
“Ser artista sem alugar a visão” é uma pérola. Coisa mesmo de um grande Poeta.
Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Maravilha de crônica! Na medida certa. E deixem que o leitor imagine o resto da estrada que as linhas pontilham. Crônica boa é assim: por ser bem escrita e capturar o leitor, este não quer somente chegar ao fim dela, quer ler a próxima. A Mossoró possível do cronista não é a minha nem a sua, mas é uma daquelas de todos nós. Que beleza, Marcos!
Caro Jessé Alexandria,
Boa tarde…
Muitíssimo grato por sua leitura e palavras de estímulo. Assim, meu caro, minha responsabilidade só aumenta. Espero continuar dando conta do recado, sustentando a peteca de oferecer boas páginas aos amigos leitores.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
“Mossoró, terra boa meu xodó” Mossoró é o país do futuro! Valeu poeta.
Caro Cilon,
Tomara que esse futuro seja de grandes avanços e dias melhores, meu Poeta.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
Muito boa, vamos em frente.
Caro Francisco Amaral,
Obrigado pela leitura e opinião. Vamos em frente.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
Bom dia, povo
Meu nobre Marcos…
” Afinal de contas Mossoró é um País” .
Escolhi o final do seu texto para elucidar a riqueza que é e foi a leitura dessa crônica. Assim, aproveitar-me-ei de uma palavra do meu querido professor Aluísio. Tudo que você coloca no ” papel ” fica “magistral” . Estou eu aqui de novo com o ” ópio negro ” nas mãos (após o almoço) sensibilizada com o que você escreve no que tange à nossa adorável Mossoró. Parabéns, Marcos. Obrigada.
Querida amiga Rozilene,
Boa tarde…
Mais um domingo em que tenho o privilégio de contar com a sua leitura e opinião sempre tão encorajadora. Grato pelo tempo dedicado a estas minhas páginas. Mossoró, como disse o poeta Airton Cilon, também é meu xodó, apesar de algumas rusgas em tempos outros. Águas passadas. Um grande abraço para você e Edu.
Marcos Ferreira.
É isso mesmo Caro Marcos Ferreira…digamos uma Mossoró do vir a ser de todos, dos sonhos coletivos, em que as figurações e os figurantes/protagonistas sejam menos bairristas/ ufanistas, e portanto, mais reais.
Realmente a literatura, a poesia, o frevo, o carnaval, o boi bumba, o teatro, artesanato, pintura..em fim a cultura não pode viver a Mercer de pretensões, foguetorios e premonições bairristas.
Realmente urge, redirecionar prioridades no âmbito da real e pródiga produção cultural no seio da sociedade MOSSOROENSE. Pois só assim, poderemos imprimir e criar reais perspectivas de sair do imaginário individual/elitista e EXCLUDENTE , por CONSEGUINTE, mergulharmos na realidade exuberante realidade coletiva do país de Mossoró!
Um baraco
FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO
OAB/RN. 7318
Prezado Fransueldo Vieira,
Boa tarde…
Sua leitura da crônica e da sociedade mossoroense é oportuna e relevante. Precisamos compreender que a cultura de Mossoró não se restringe ao patamar da capela de São Vicente. Somos mais que isso, sem demérito, repito, para a arte cênica. Como na canção de Chico Buarque, um dia essa terra há de cumprir seu ideal.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Boa tarde, meu nobre irmão e amigo, Marcos Ferreira.
Lendo suas crônicas aos domingos,me sinto como se estivesse voltando no tempo, onde ouvia todas essas histórias sobre o lampião e o tal do jararaca.
Figuras q só em ouvir o nome. Já mim tremia de medo. Só nos restava se refugiar no velho Cinepax.
Onde imos contemplar o nosso herói” RAMBO”
Querido amigo Alcimar Jales,
Aqui estamos nós. Mais um domingo. Grato pela leitura e participação neste espaço. Saudades, entre outras coisas, daqueles nossos bons tempos de Cine Pax. Forte abraço e até a próxima.
Marcos Ferreira.
Boa, Ferreira!
Nossa Mossoró realmente é coisa de Cinema.
Aqui tudo acontece extraordinariamente.
Prezado Francisco Nolasco,
Boa tarde…
Esta nossa Mossoró, meu Poeta, não é mais apenas um país, é um mundo.
Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
A leitura de textos ou versos de Marcos Ferreira, comunga aprendizado nas reminiscências do passado comparada aos fatos da atualidade
, numa aprimorada reflexão da Mossoro de todos os tempos.
Querida amiga Zilene,
Boa tarde…
Muito já foi dito e ainda há muito o que dizer sobre esta nossa Mossoró. Espero continuar contribuindo para a narrativa da nossa história, da nossa arte, da nossa cultura. Coisa que nosso inesquecível Milton, durante anos a fio, fez de maneira abnegada e grandiosa, tornando acessível a todos os mossoroenses uma Mossoró de todos os tempos. É uma grande alegria e uma honra para mim, repito, contar com a sua leitura e opinião.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Nasci numa cidade localizada no pico de uma serra que tem uma altitude de 637 metros acima do nível do mar, não sendo necessário então, justificar o seu clima frio até hoje, mesmo após a elevação da temperatura do clima mundial provocada por diversos fatores ambientais, Portalegre continua pacata, calma e amena com os seus 7.400 habitantes vivendo e amando a vida. Mais por opção e força de lei, hoje sou um dos habitantes e cidadão deste torrão aquecido denominado Mossoró. Como você amigo Marcos, também conheço cada palmo deste chão aonde de tudo acontece; para a sétima arte registrar a história do povo de barúna da terra de Santa Luzia, caro amigo, podes crer que em neste chão quente tem um celeiro enorme de bandidos e artistas, todos dizendo “EU ADORO MOSSORÓ”. A verdade, só Deus Sabe!!!
Prezado Rocha Neto,
Boa tarde…
Agora fico sabendo que você é natural da aprazível Portalegre, lugar acerca do qual tenho ótimas informações e que espero conhecer (visitar) qualquer dia desses. Pois tenho um fraco por lugares com temperaturas amenas, como sua Portalegre e Martins, por exemplo. Quanto a Mossoró, sim, você pode e deve se considerar um filho legítimo, por via da alma e do coração, coisas bem mais importantes que papéis de cartórios. Cada um de nós, a seu modo, adora Mossoró.
Grande abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Meu caro, Mossoró é feliz por ter pessoas talentosas e humanas como você. Abraço
Amigo Marcos Aurélio,
Muitíssimo obrigado pela leitura e carinho de sempre.
Uma ótima semana para você.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Muito bom meu amigo,, mais uma crônica nota 1.000
Parabéns!
Querido amigo Marcos Rebouças,
Boa tarde…
Grato, mais uma vez, por sua leitura e participação neste espaço.
É sempre uma recompensa saber que o amigo tem lido e gostado destes meus escritos.
Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
A crônica COISA DE CINEMA , do poeta Marcos Ferreira , publicada no blogcarlossantos neste domingo, 20 de Junho , me levou a uma frase de Maiakovsky: ” Hoje também a rima do poeta é carícia, slogan, açoite, baioneta “.
Por quê?
Não sei.
Só sei que amar a cidade onde nasceu não significa enaltecer somente qualidades, como odiar não significa mostrar apenas seus defeitos.
Na dosagem certa, o cronista foi autêntico e sincero.
Caro João Bezerra de Castro,
Boa tarde…
Aqui estou, mais uma vez, me sentindo recompensado, enquanto cronista semanal, por contar com um leitor da sua agudeza e sensibilidade. Isto, naturalmente, só faz aumentar minha responsabilidade quanto aos textos que produzo e lhes apresento neste espaço de informação, opinião e cultura.
Forte abraço e até o próximo domingo.
Marcos Ferreira.
Olá, Marcos!
Uma delícia começar o dia lendo o seu pensar… Nem sou daqui, mas me apaixonei ao primeiro olhar! Já faz um tempinho…1983, quando resolvi atracar o meu barco nas paragens dessa cidade. E hoje, também me atrevo a defende-la, como filha adotiva.
Você a descreveu com o carinho especial, daquele que ama apesar dos pesares. Comungo com suas ideias. Aqui, tudo acontece e, de forma grandiosa! Porque quando se quer, se faz! E nesse chão que acolhe a gregos e troianos, encontramos algo importante- calor humano, tão necessário em nossas vidas! Parabéns 👏👏👏
Abraços
Querida Vanda Jacinto,
Boa tarde…
Costumo dizer (já escrevi a respeito) que uma das melhores coisas de Mossoró são justamente os filhos adotivos que possui, pessoas que aqui desembarcaram, alguns há muitos anos, e têm concorrido, de um modo ou de outro, para o engrandecimento social, político e cultural do País de Mossoró, que também se pretende capital da cultura. Apesar dos pesares, sim, Mossoró é o meu xodó, meu benquerer, minha paixão. O que não significa que eu só lhe reconheça ou aponte méritos ou maravilhas. Grato, mais uma vez, por sua leitura e opinião sobre estes meus escritos dominicais.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Caro Marcos Ferreira!
A crônica “Coisa de Cinema” retrata, com detalhes, o país de Mossoró, onde tudo acontece, que expulsou Lampião (coisa de cinema) e que acolhe todos com o seu calor humano!
Quanto ao seu estilo “divorciado de polêmicas e enfrentamentos”, “mais próximo do estilo paz e amor”, são fases, e em ambas, você desliza categoricamente com maestria!
Um grande abraço, querido escritor!
Querida Simone Martins,
Minha eterna professora.
Grato por sua leitura e palavras de estímulo. Estímulo este que vem desde aquela sexta e sétima séries na Escola Estadual Hermógenes Nogueira da Costa, no Abolição IV. É uma grande honra, portanto, uma recompensa inestimável, chegar a esta altura do “campeonato” e contar com a sua atenção e a sua aprovação sobre estas crônicas dominicais. Isso, sem descambar para a vaidade cega, me enche de orgulho, me dá a exata noção de que a minha professora de língua portuguesa e literatura cumpriu, com louvor, o seu papel de educadora perante este seu eterno aluno.
Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Pensando bem, guardadas as devidas proporções em relação ao desastre provocado por este vírus, consigo, ao menos no meu círculo, enxergar algo positivo. Nao foi a clausura imposta pelapandemia quem forçou o seu reencontro com o lápis e o papel. Não, não é merito dela! Ela apenas evidenciou que, se antes ficar isolado era uma opção de vida; escrever em qualquer circunstancia, para você, seja vital.