Por Ney Lopes
Falta um ano para a eleição de 2022. A disputa por espaços e prazos já correm.
Percebe-se que a maioria dos eleitores está indiferente, voltada para as emergências do dia a dia.
As sondagens mostram cerca de 1/3 do colégio eleitoral indeciso. Pondera-se que muitos sabem em quem votar, mas preferem silenciar.Admite-se que boa parcela dessa indecisão tem origem na “silenciosa expectativa”, em relação a uma terceira via, na sucessão presidencial.
Algumas pedras podem ser colocadas no tabuleiro.
A principal delas será a definição partidária dos possíveis candidatos à presidente e também governador e senador nos estados. Sem isso, as forças políticas ficam imobilizadas.
No caso presidencial, Bolsonaro hesita na sua opção partidária. Igualmente difícil é a situação do PT, no apoio ao ex-presidente Lula.
Além de resistências internas, que não aceitam Lula como candidato natural, será obra dificílima construir alianças com legendas da esquerda, que se queixam do centralismo petista no lançamento da candidatura, antes das consultas.
Um fato novo foi a aprovação das chamadas “federações partidárias”, que consistem em dois ou mais partidos atuarem de forma conjunta, como uma só sigla.
Essa via legal abre várias alternativas de acomodação política.
A fusão do PSL/DEM se revela uma operação política destinada a eleger deputados, manter a maioria no Congresso e garantir maiores parcelas do milionário fundo eleitoral de 150 milhões de reais por ano.
Para esse novo partido entrar na disputa presidencial, talvez a solução seja o PSD, liderado por Gilberto Kassab, integrar a federação partidária e o senador Rodrigo Pacheco inscrever-se na legenda, que trabalha o seu nome há tempo.
Tal hipótese reuniria “pesos pesados” como Geraldo Alckmin, em SP, Eduardo Paes no RJ, Alexandre Kalil em BH e ACM Neto.
A “federação partidária” também beneficiaria os blocos políticos de Lula e de Bolsonaro.
O PT pensa restabelecer a frente de esquerda formada com o PSB, o PCdoB e ampliá-la.
Já o presidente, optando por um pequeno partido, que possa controlar, consolidaria a sua aproximação com o PP.
O dia de hoje é um alerta para os líderes partidários, na busca de uma candidatura “única”, que una segmentos da direita, centro e esquerda e os insatisfeitos com Lula e Bolsonaro.
O tempo corre.
Fala-se na existência de um pacto de quase dez partidos, no sentido da escolha de nome, que enfrente o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula.
O critério seria o presidenciável mais bem colocado nas sondagens, desde que ele tenha dois dígitos na preferência do eleitorado. O prazo fixado até após o carnaval (1° de março).
Com os resultados conhecidos das pesquisas, o escolhido seria Ciro Gomes de centro-esquerda, que alcança 11%, o qual teria de superar obstáculos do seu partido.
Conta-se com a possibilidade de crescimento de Rodrigo Pacheco, após o lançamento.
Além disso, surgirão muitas dificuldades para João Doria, ou Eduardo Leite, de centro-direita, saírem da disputa.
Em analogia com pensamento do ex-embaixador Roberto Campos, essa tarefa exigirá, que “tal como os muçulmanos em suas mesquitas”, as lideranças deixem as sandálias do radicalismo ideológico e vaidades fora das negociações.
Por enquanto, cabe repetir o artilheiro Didi, que dizia “Treino é treino, jogo é jogo”.
Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal
Meu nobre colega Ney Lopes. Estou temeroso quanto a sua extemporânea e inconsistente concepção acerca do atual cenário politico atual. Não precisa ser Cientista político para observar e capturar a inexpugnável certeza de que o Cara Lula Brasil só não chegará à Presidência da República por dois motivos supervenientes: Ser assassinado ou falecer vitimado por um infarto fulminante. Os nomes ora ventilados como eventuais candidatos da chamada terceira via estão a patinar no percentual ďe três por cento dos pesquisados.
O temor prende-se a possibilidade de constatação um possível quadro de senilidade precoce a acometer Vosmibcê. Oremos, pois, para que não se confirme a minha suspeição.
Sétima Arte
Encontra-se em fase final a producão de um longa que vai dar muito o que falar.
O título surgiu de uma pesquisa feita entre milhares de cinéfilos sãos.
Eis o título:
“O RETORNO DA QUADRILHA”
Starring: Lula, Zé Dirceu, Dilma, Pallcci, Guido Mantega, Genoino Cuequeiro e grande elenco.
Direção: Gilmar Mendes
Produção: Edson Fachin
Trilha sonora: Reunião de Bacanas’, by Originais do Samba.
Apoio: Petrobrás, Odebrecth, Queiroz Galvão, Camargo Correia e OAS.
Reserve o seu ingresso desde já.
Os críticos de cinema projetam que o novo longa vai superar as bilheterias de ‘ Não Sei de Nada’, ‘Lula & Zé Dirceu; Uma dupla Barra Pesada’, ‘Vida, Paixão e Morte da Petrobrás’ e ‘Empreiteiros Famintos’.
É imperdívelmente imperderável.
E vem aí:
‘Corra! O aeroporto é logo alí’.
Nunperdam.