Logo que Santo Ivo morreu, encaminhou-se ao Céu e bateu à porta, que São Pedro não se atreveu a abrir, subestimando as razões do bom santo.
— Faço o que quiseres — repetia o porteiro do Céu —, mas não acho que deva permitir a entrada a um advogado, não só porque nem um tem assento entre os santos, mas também porque; muito ao contrário, juraria que se encontram no inferno todos os de tua profissão.
Santo Ivo não se desconcertou; antes, como bom advogado, teve tão convincentes razões para rebater as de São Pedro que este lhe permitiu finalmente entrar no Céu, mas com a condição de permanecer junto à porta.
O hóspede entrou calmamente, sentou-se no lugar indicado por São Pedro, que foi participar a Nosso Senhor o sucedido…
— Fizeste mal! Muito mal, Pedro! — respondeu Deus, quando acabou de escutá-lo. — Havia resolvido que nenhum advogado entraria no Céu, e tinha cá minhas razões para isso. Mas já que está, deixa ficar; sem embargo, não deixes que ele se misture com os outros santos, pois do contrário acabarão no Céu a paz e a boa harmonia. Não o deixes passar além da porta.
Aborrecido e cabisbaixo, voltou São Pedro aonde estava Santo Ivo e comunicou-lhe as ordens dadas pelo Senhor. O Santo advogado encolheu os ombros e, à guisa de passatempo, começou a entabular conversa com São Pedro.
— Que posto ocupas aqui no Céu?
— Não sabes? Sou o porteiro.
— Por quanto tempo?…
— Para todo o sempre.
— Deixa disso. Só se tiveres algum contrato firmado…
— Não há contrato nem coisa que o valha, e para dizer a verdade não há necessidade disso.
— Como assim? Então não estás vendo, grande ingênuo, que qualquer dia Deus pode ter a idéia de te destituir, sem mais nem menos, do cargo que com zelo vens desempenhando há tanto tempo, sem que possas fazer valer teus direitos?
São Pedro coçou a orelha, e, mais amofinado que antes, foi novamente falar com Deus.
— Vamos lá, que é que pensas?
— Preciso de um contrato em que se declare que sou o porteiro do Céu para todo o sempre. Até hoje temos deixado as coisas andar à vontade; mas se vos der na idéia, qualquer dia me destituís do cargo que com tanto zelo…
— Não te dizia eu? Tudo isso são trapaças daquele advogadozinho que tens na porta e que soube encher-te a cabeça.
E ajuntou depois, tomando uma resolução:
— Anda, Pedro, corre e manda-o entrar imediatamente, pois prefiro tê-lo perto de mim a vê-lo junto à porta.
Eis como entrou no Céu o primeiro advogado.
Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly "Barão de Itararé" (1895-1971) – Jornalista e humorista
isso lembra uma estória que contaram~~me.
ao morrer ,um rico comerciante de MOSSORO,subiu ao çeu,bateu a porta,e SAO PEDRO perguntando.,
S PEDRO= o que e que vc quer?
ELE~~eu queria entrar home
S PEDRO~~p entrar vc teria que ter feito algo de bom lá em MOSSORO.
ELE~~eu fiz !!
S PEDRO~~o que vc fez?eu nao lembro!!
ELE~~[PENSOU,PENSOU,PENSOU,Jja era noite,ele bateu novamente,toc,toc,toc,]
S PEDRO~~vc novamente?que e ?
ELE~~eu lembrei,eu vendi uma mesa fiado a uma mulher pobrezinha la da periferia,dez prestaçoes,faltou a ultima,era p ter tomado a mesa ,como sempre faço,mas,dispensei a ultima prestaçao,pronto foi uma boa açao ,posso entrar?
S PEDRO,METE A MAO NO BOLSO ,E DIZ;QUANTO FOI A ULTIMA PRESTAÇAO?
calma pessoal e so uma estoria!!!sao pedro e gente boa.
b domingo caro jornalista
São Pedro tem sido pródigo em protagonizar muitos “causos” hilários, contados em lugares vários, cerrando fileiras às amenidades que atenuam a azáfama do cotidiano. Conta-se que, certo dia, um “Nóiado” assomou à porta do céu,ocasião em que pediu ao porteiro do céu para verificar se o o nome dele constava no rol do imenso livro dos escolhidos por DEUS. Solícito,São Pedro indicou-lhe uma cadeira postada defronte ao seu birô,fazendo a observação de que iria lá dentro do céu verificar no venerando e sagrado livro. Satisfeito, o “nóiado” sentou-se e colocou no chão, ao “pé do birô”, uma pequena sacola que trazia consigo. Passado alguns instantes, eis que São Pedro retorna e,fitando-o nos olhos, sentencia: Infelizmente seu nome não consta no livro dos eleitos para o reino de Deus.Desgostoso pela decepcionante desdita, o “nóiado” retirou-se muito acabrunhado. Tendo percorrido considerável distância, eis que o “nóiado” lembrou-se que havia deixado sua sacola no “pé do birô” de São Pedro e, muito ansioso,resolveu retornar para pegá-la. Ao chegar na portaria do céu, foi logo perguntando: Ô São Pedro, por favor me traga minha sacola que deixei no chão, perto do seu birô!. São Pedro, apresentando uma alegria danada e “trejeitos” característicos dos nóiados,incontinenti, respondeu:
– São Pedro que nada! pode me chamar de Pedrinho! e tem mais! – o Jésu já disse que vai analisar a possibilidade do seu ingresso aquí.
Desnecessário,pois, explicar o motivo de tanta “leveza” contida em São Pedro. Amenidades…..