domingo - 19/10/2025 - 06:26h

Compromisso semanal

Por Odemirton Filho

Rubem Braga para o BCS, em arte impressionista com uso de Inteligência Artificial, a partir de foto de O Globo

Rubem Braga para o BCS, em arte impressionista com uso de Inteligência Artificial, a partir de foto de O Globo

Certa vez, Rubem Braga, um dos nossos melhores cronistas, escreveu: “fazer crônica não dá trabalho! Eu poderia estar ouvindo música, lendo um bom livro, batendo um papo com algum amigo e estou aqui há três, quatro horas, lendo jornal, pensando umas coisas vagas, procurando um assunto qualquer pra escrever”.

Pois bem. Pegando carona nas palavras do velho Braga, acrescentarei: eu poderia estar sentado à mesa com Marcos Ferreira, Carlos Santos, Bruno Ernesto, Rocha Neto e Marcos Araújo, saboreando um café coado, caprichosamente preparado pelo dileto anfitrião da “casa branca”. Aproveitaria para aprender com cada um deles, ouvindo as suas histórias e dando gargalhadas.

Ou, quem sabe, poderia ir à praia com minha mulher, meus filhos e meu neto. E lá estando, tomaríamos uma água de coco; eu e o meu primogênito iríamos saborear uma “loira gelada”, apreciaríamos o azul do mar, o vai e vem da maré. Eu brincaria com o meu lindo neto, faríamos um castelo de areia, e esperaríamos as ondas para desmanchá-lo.

Talvez, eu ficasse em casa, balançando-me na rede. Abriria um livro para ler, folheando cada página com vagar e atenção. Aqui e acolá, acessaria as redes sociais para me inteirar do besteirol do dia. Também acessaria os blogs e portais pra saber a quantas andam o Brasil e o mundo. Eu até sei, vivemos tempos de intolerância política, guerras pelo mundo afora e corrupção, praga que há anos corrói as entranhas do nosso país.

Aproveitaria, de igual modo, para estudar algo sobre a Ciência do Direito, sobretudo Processo Civil e Eleitoral, minhas paixões desde os bancos da faculdade. Na docência, foram quinze anos lecionando referidas matérias e, com certeza, eu aprendi mais do que ensinei. Amadureci; fiz bons amigos.

Eu também poderia ir à casa dos meus pais para conversar. Ouviria as histórias do meu genitor sobre as brincadeiras no antigo horto florestal, quando ele e seus amigos tomavam banho nas águas (ainda salubres) do rio Mossoró, principalmente na época das enchentes. Escutaria as histórias emocionantes de minha mãe sobre o meu avô, Vivaldo Dantas de Farias, e da fé inabalável da minha vó Placinda.

Enfim, poderia fazer muitas coisas. Entretanto, cá estou, “enchendo linguiça”, com receio de não cumprir o compromisso semanal que há sete anos tenho com os leitores deste Blog. Isso dito, peço desculpas pelo texto mal-ajambrado. Até o próximo domingo.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica

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