• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
quarta-feira - 05/06/2013 - 16:53h
Versão errada

Condenação de empresário é associada a pleito político

É precipitada e inconsistente a corrente de informação que associa a decisão de bloqueio de bens do empresário Edvaldo Fagundes, com alcance de 32 empresas e mais 28 pessoas que seriam “laranjas” de seus negócios, com a campanha eleitoral do ano passado, em Mossoró.

A decisão proferida pela Juíza Federal Emanuela Mendonça Santos Brito, da 8ª Vara Federal, que atendeu a pedido formulado pela União (Fazenda Nacional), gerou bloqueio de bens para cobertura de uma dívida R$ 212.517.491,77, da esfera fiscal (impostos federais).

Bonecos de Edvaldo e de helicóptero seu viraram troféus disputados após a campanha

Sua condenação milionária não é reflexo do prélio eleitoral mossoroense. Mas nem tudo é precipitado e inconsistente.

Quod non est in actis non est in mundo”, o que não está nos autos não está no mundo. Este é um velho provérbio que vem do Direito Romano, adotado como verdade absoluta por muita gente que estuda e vive no universo jurídico brasileiro. Mas não o leve muito a sério. Faz parte do faz-de-conta desse mesmo mundo.

No caso da condenação imposta ao mega-empresário Edvaldo Fagundes, a situação vivida por ele e seu Grupo Líder tem raiz anterior ao processo eleitoral. Mas seria infantil imaginarmos que sua superexposição não tenha aguçado mais ainda o interesse de organismos federais que lidam com questões fiscais e a lei.

Na reta final de campanha, eleições e pós-eleições, o empresário ganhou dimensão até maior do que a prefeita eleita e empossada Cláudia Regina (DEM) Eclipsou até mesmo a figura da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que também teve participação ativa na disputa.

Edvaldo virou uma celebridade festejada e homenageada pela militância política do esquema vencedor e satanizado pelos perdedores.

Rei Midas

Seria uma versão mossoroense da lenda do rei Midas: no que se mete, ou seja, toca, vira “ouro”.

Ganhou destaque na mídia convencional e nas redes sociais.

Após a campanha, chegou a ser homenageado pelas lideranças e ganhou festa privê da militância em Areia Branca, em que réplicas miniaturizadas dele e de um helicóptero de sua propriedade foram distribuídas como troféus.

Seu nome passou a ser vinculado diretamente à vitória do governismo municipal, ao mesmo tempo em que  só aumentou seu prestígio nas entranhas do poder. Trânsito livre por terra, ar e mar.

Prestígio e fama suficientes para alçá-lo à condição de potencial candidato a algum cargo eletivo de peso, logo em 2014.

Enfim, discrição e parcimônia não combinaram com o empresário, que se transformou nos últimos anos em sinônimo de pujança empresarial, ousadia e poder plutocrata.

No campo eleitoral, ele enfrenta ações provocadas pelo Ministério Público que questionam seus investimentos no pleito, desde a utilização de helicóptero e dezenas de carros, a apostas milionárias.

O problema que ele enfrenta caminha para outros desdobramentos.

Veja postagem mais abaixo ou AQUI, que detalha essa questão do ponto de vista judicial.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política

Comentários

  1. Marcos Pinto. diz:

    O abissal e aterrador inconformismo da ala que amargou a inesperada derrota (Sandrismo/Larissismo) deve ter suscitado um acentuado processo de premeditada vindita que culminou nessa rubrica de punibilidade ao empresário, focada em Instituição de fiscalização federal.

  2. CALIBRE 50 diz:

    “Evitar os impostos é a única actividade que actualmente contém alguma recompensa.”
    ―John Maynard Keynes (Teórico do Capitalismo)

  3. CALIBRE 50 diz:

    “A dificuldade real não reside nas novas idéias, mas em conseguir escapar das antigas.”
    ―John Maynard Keynes (Teórico do Capitalismo)

  4. CALIBRE 50 diz:

    “São as idéias, não os interesses encapotados, que são perigosas para o bem ou para o mal.”
    ―John Maynard Keynes

  5. CALIBRE 50 diz:

    O capitalismo é a crença mais estarrecedora de que o homem mais insignificante dos homens fará a mais insignificante das coisas para o bem de todos.
    – Jhon Maynard Keynes

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