O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN) mantém a Interdição Ética da UTI do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), de Mossoró, em função da não-apresentação de solução para os problemas ali detectados.

A entidade lembra que tudo foi detectado por uma equipe de fiscalização, como por exemplo, o funcionamento de um ventilador nas dependências da UTI, o que é extremamente nocivo para os pacientes. O ventilador pode espalhar bactérias e espalhar infecções.

Até agora, a direção do hospital não adotou nenhuma solução para resolver o problema definitivamentre, muito embora os gestores do hospital tenham prometido a solução aos dirigentes do Cremern.

Para o presidente do colegiado, médico Luís Eduardo Barbalho de Mello, “está havendo negligência da direção do hospital, que poderá vir a ser responsabilizada caso algo mais grave aconteça a algum dos pacientes ali internados”.

Segundo Luís Eduardo, “Os médicos estão proibidos de trabalhar na UTI do Hospital Tarcísio Maia e aquele que insistir em ali dar expediente, poderá vir a sofrer processo ético disciplinar”.

Acrescenta que “a UTI está interditada porque não tem as mínimas condições técnicas necessárias de abrigar pacientes internados”. O presidente do Cremern sugere que os gestores do hospital transfiram imediatamente os pacientes da UTI do Tarcísio Maia para outras UTIs de Mossoró, evitando o grave risco de contaminação que há entre os pacientes, em função do ventilador que ali funciona.

“Queremos o melhor para os pacientes e também proteger o médico de trabalhar num ambiente sem as mínimas condições de manter pacientes internados, como se constata agora no Hospital Tarcísio Maia, de Mossoró", afirmou Luís Eduardo Barbalho de Mello.

O Conselho Regional de Medicina pode abrir processos disciplinares contra os médicos que insistirem em desobedecer a determinação contida na Interdição Ética da UTI do Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró, divulgada anteriormente.

* Com informações do Cremern.