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quinta-feira - 10/04/2014 - 14:31h
Congresso Nacional

Corrupção pode se transformar em crime hediondo

Por Luciano Nascimento (Agência Brasil)

Como parte do esforço concentrado que será feito na semana próxima semana para destravar a pauta de votações, a Câmara dos Deputados pode votar um projeto de lei que torna a corrupção crime hediondo. Proveniente do Senado, onde foi aprovado em junho de 2013, a proposta foi uma resposta do Parlamento às manifestações que tomaram conta do país no ano passado. Se aprovado sem alterações, o projeto vai a sanção presidencial. Se for alterado na Câmara, retorna ao Senado.

Caso o projeto seja aprovado, serão incluídos na Lei dos Crimes Hediondos (8.072/90) os delitos de corrupção ativa e passiva, peculato (apropriação pelo funcionário público de dinheiro ou qualquer outro bem móvel, público ou particular), concussão (quando o agente público exige vantagens para si ou para outra pessoa), excesso de exação (nos casos em que o agente público desvia o tributo recebido indevidamente). O projeto também torna crime hediondo o homicídio simples e suas formas qualificadas.

Inafiançáveis

O projeto também altera o Código Penal para aumentar a pena desses delitos. Com isso, as penas mínimas desses crimes ficam maiores e eles passam a ser inafiançáveis. Os condenados também deixam de ter direito a anistia, graça ou indulto e fica mais difícil o acesso a benefícios como livramento condicional e progressão do regime de pena.

Com a mudança as penas para estes delitos passam a ser de quatro a 12 anos reclusão, e multa. Em todos os casos, a pena é aumentada em até um terço se o crime for cometido por agente político ou ocupante de cargo efetivo de carreira de Estado.

A lei atual determina reclusão de dois a 12 anos e multa para os delitos de corrupção ativa e passiva e de peculato. Para concussão, a pena vigente hoje é reclusão de dois a oito anos e multa. Já o excesso de exação, no caso incluído na proposta, é punido hoje com reclusão de dois a 12 anos e multa.

Segundo a Lei  8.072/90 são considerados crimes hediondos homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, latrocínio (roubo seguido de morte), extorsão qualificada pela morte, extorsão mediante sequestro e na forma qualificada, estupro, estupro de vulnerável, epidemia com resultado de morte e falsificação, corrupção, adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    E quem está indiciado em vários artigos do Código Penal em inquérito na Polícia federal será julgado pela nova lei ou pela antiga?
    Atentem para este trecho:
    “Caso o projeto seja aprovado, serão incluídos na Lei dos Crimes Hediondos (8.072/90) os delitos de corrupção ativa e passiva, peculato (apropriação pelo funcionário público de dinheiro ou qualquer outro bem móvel, público ou particular), concussão (quando o agente público exige vantagens para si ou para outra pessoa),”
    ” CONCUSSÃO (quando o agente público exige vantagens para si ou para outra pessoas””
    Ainda bem que em Mossoró não tem ninguém nesta situação.
    Ou tem?
    O pior é que por este Brasil afora tem gente pensando que nunca vai dar em nada, que sempre foi assim, que é tudo de brincadeirinha.
    Felizmente isto só acontece neste Brasil afora, não em Mossoró.
    Ou não?
    O tempo se encarregará de dar respostas a estas minhas dúvidas.
    Acabou a época de corrupto dar as cartas e jogar de mão.
    Veja a situação dos presídios brasileiros.
    É terrível!
    Corruptos de todo o Brasil:
    PAREM, PAREM ENQUANTO É TEMPO!
    ////
    MOSSOROENSES:
    AJUDEM OS VELHINHOS.
    DENUNCIEM ATRAVÉS DO 136 A FALTA NA REDE DE SAÚDE DE BESILATO DE ANLODIPINO (CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL) E DO CLORIDATO DE METFORMINA (DIABETES).
    ESTAS DOENÇAS MATAM!
    MOSSOROENSES:
    AJUDEM AS CRIANCINHAS POBRES DE MOSSORÓ.
    DENUNCIEM ATRAVÉS DO 0800 61 61 61 A NÃO ENTREGA DO UNIFORME E DO MATERIAL ESCOLAR E A BAIXA QUALIDADE DA MERENDA ESCOLAR EM MOSSORÓ.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Se esta lei for mesmo para valer vão faltar candidatos a prefeitos em milhares de cidade brasileiras.
      Quem vai querer pegar o abacaxi que é administrar um município pobre onde tudo falta?
      Hoje querem porque metem a mão descaradamente nas verbas públicas.
      Fazem isto espelhados nos exemplos de prefeitos anteriores, que furtaram e mesmo processados ficam recorrendo e rindo dos contribuintes, contribuintes a quem chamam de otários e entre copos de cerveja dizem que dinheiro público existe é para ser furtado.
      Se esta lei for aprovada e entrar em vigor, breve veremos anúncios nos jornais de procura-se candidatos a prefeito…
      ////
      MOSSOROENSES:
      AJUDEM OS VELHINHOS.
      DENUNCIEM ATRAVÉS DO 136 A FALTA NA REDE DE SAÚDE DE BESILATO DE ANLODIPINO (CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL) E DO CLORIDATO DE METFORMINA (DIABETES).
      ESTAS DOENÇAS MATAM!
      MOSSOROENSES:
      AJUDEM AS CRIANCINHAS POBRES DE MOSSORÓ.
      DENUNCIEM ATRAVÉS DO 0800 61 61 61 A NÃO ENTREGA DO UNIFORME E DO MATERIAL ESCOLAR E A BAIXA QUALIDADE DA MERENDA ESCOLAR EM MOSSORÓ.

  2. ferando fla diz:

    E, OS PRATICADOS NOS SINDICATOS E ONGS TAMBEM?

  3. FRANCISCO BEZERRA diz:

    Daqui há pouco o que é hediondo vai se tornar banal e o que não oferece risco ao cidadão vai se tornar hediondo! Por isso temos tanta violência nas ruas!!! Prendam os políticos e soltem os bandidos, eles podem cometer estupros, latrocínios, assassinatos os mais bárbaros possíveis, como queimar gente viva e outras atrocidades!!!! Acorda Brasil!!!!

  4. João diz:

    Agripino defende CPI, mas investigação pode chegar a negócios da família

    Ligação de Agripino Maia com Petrobras é antiga. Desde a década de 1980 o senador recebia royalties da estatal por ser ter fazenda a 10 quilômetros de Mossoró (RN), onde foram encontrados poços

    por Helena Sthephanowitz publicado 10/04/2014 09:24

    A CPI da Petrobras promete ser daqui em diante o palanque principal da campanha eleitoral do candidato tucano à presidência Aécio Neves e colocará holofote na oposição, que estava esquecida pela mídia. O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), está mergulhado na articulação pró-CPI com Aécio. Aparecem juntos em fotos de jornais e nas imagens dos noticiários de TV. Até aí, nada demais. Todos sabem que o DEM sempre foi um partido linha auxiliar do PSDB.

    O problema para Agripino é que as investigações, se levadas a sério, inevitavelmente esbarram nos negócios milionários da Comércio de Combustível para Aviação (Comav), cujo sócio majoritário é o deputado Felipe Maia (DEM-RN), filho do senador, e detém 80% do capital social da empresa.

    A Comav tem contratos desde 2001 com a BR Distribuidora, um dos braços da Petrobras para abastecer os aeroportos de Natal e Mossoró. O primeiro contrato foi assinado em fevereiro de 2001, durante o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, quando o atual ministro do TCU e antigo quadro do PFL (hoje DEM), José Jorge, comandava o Ministério de Minas e Energia.

    A CPI também poderia bater nos negócios do sócio de Felipe Maia, Sinval Moreira Dias, filiado ao DEM, que controla os outros 20% da Comav. E se a investigação for além, poderá também investigar a renovação do contrato em 2010. Em 2006, antes da renovação, Felipe Maia declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 3,9 milhões. Depois da renovação, o deputado avaliou sua cota na Comav em R$ 120 mil.

    De acordo com uma reportagem de 2006 publicada na revista IstoÉ, a ligação de Agripino Maia com a Petrobras é antiga. Desde a década de 1980, o senador recebia royalties da estatal por ser proprietário da Fazenda São João, localizada a 10 quilômetros de Mossoró (RN), onde foram encontrados poços de petróleo.

    No mesmo ano, em entrevista à IstoÉ, Agripino admitiu que recebeu royalties da estatal. Segundo ele, a quantia era insignificante. Mas o imóvel, de 4 mil hectares dos Maia, tem um valor de mercado nada desprezível. Atolada em dívidas com o governo, a fazenda foi desapropriada durante o primeiro mandato do presidente Lula para reforma agrária.

    O senador não aceitou a indenização de R$ 4 milhões paga pelo Incra e trava uma briga na Justiça para recuperar o bem. Desde então, os repasses dos royalties foram sustados. “Acho que agora quem recebe é o Incra. Se você quer fazer alguma ilação com a CPI da Petrobras, está gastando sua energia”, disse.

    Entretanto, graças ao esforço do senador, a Constituição foi alterada para permitir o recebimento de royalties pelos proprietários rurais, como ele próprio, em cujas terras fosse extraído petróleo. Ele também fundou a Associação dos Proprietários de Terras Produtoras de Petróleo (Aspropetro) quando ainda era governador do Rio Grande do Norte, nos anos 1980.

    //www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/04/agripino-maia-defende-cpi-mas-investigacao-pode-ameacar-negocios-da-familia

  5. gilmar h diz:

    Alguém tem mais informações sobre o desfecho da Operação Hígia? Há algum político envolvido nesse skema se candidatando a algum cargo? Houve queima de arquivo?

  6. gilmar h diz:

    Djabo é? Corrupção é crime!! Querer mudar o grau dessa criminalidade não justifica as impunidades.

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