Por Aura Mazda (Tribuna do Norte Online) e Blog Carlos Santos
A ex-procuradora geral da Assembleia Legislativa Rita das Mercês Reinaldo depôs hoje na 6ª Vara Criminal do Natal. Ela é a peça-chave do escândalo que eclodiu em 2015 na Assembleia Legislativa, com a “Operação Dama de Espadas”. Em números atualizados, a quadrilha desviou mais de R$ 9,5 milhões desse poder.
Em depoimento ao juiz Ivanaldo Bezerra, Ritinha confirmou o que já adiantara em delação premiada ao Ministério Público do RN (MPRN). Para ser bem claro: não acrescentou nada além do que já se tornou público há tempos. Nem precisaria. Tudo já era por demais explosivo.
Segundo ela, esse esquema começou em 2006 por iniciativa do hoje governador Robinson Faria (PSD), que à época presidia a Casa. Eram produzidas folhas de pessoal paralelas, viabilizando a contratação de dezenas de laranjas.
“O presidente queria que a gente implementasse pessoas na folha, se existia cargo ou não, não importava”, disse.
Repetiu, que só Robinson chegava a drenar R$100 mil por mês.
Primeira denúncia
Depois de eleito a vice-governador e depois a governador, Robinson foi substituído na cadeira de presidente pelo deputado Ricardo Motta (PSB), que deu sequência à roubalheira.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Natal, ofereceu no dia 18 de abril de 2017, a primeira denúncia referente à Operação Dama de Espadas. Foi recebida pelo juízo da 8ª Vara Criminal da Comarca de Natal, processo nº 0104223-76.2017.8.20.0001.
Veja a íntegra clicando AQUI.
Colaboração Premiada
Divulgado no início de junho deste ano pela imprensa de Natal, em pequenos trechos, com citações de nomes aqui e acolá, o Termo de Colaboração Premiada da ex-procuradora geral da Assembleia Legislativa do RN, Rita das Mercês Reinaldo, em mais de mil páginas, foi apresentada na íntegra pelo Blog Carlos Santos no dia 11 de junho deste ano (veja AQUI).
Ritinha teve delação homologada no dia 4 de outubro do ano passado, pelo ministro Luiz Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF). Detalhou esquema de empreguismo e desvio milionário de recursos no âmbito da Assembleia Legislativa do RN, entre os anos de 2006 e 2015.
Veja a íntegra do Termo de Colaboração Premiada clicando AQUI (você pode baixar).
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É um depoimento tão vergonhoso que a própria leitura deprime.
Sim, a delação é prova imunda, segundo François Silvestre. É mesmo. Prova imunda. Para delator e delatado. Pelotas cheiro do conteúdo. Pelo escopo de quem a faz.
* Pelo cheiro do conteúdo.
A DELAÇÃO PREMIADA pode até ser uma prova imunda, como aliás é imundo tudo que é produzido por um corrupto. E quem faz uma DELAÇÃO PREMIADA participou da roubalheira.
Mas é inegável que a DELAÇÃO PREMIADA tem se mostrado muito eficiente na elucidação de crimes.
Que continue existindo DELAÇÃO PREMIADA para desespero dos corruptos.
Até porque a existência da DELAÇÃO PREMIADA cria um clima de desconfiança entre os LADRÕES.
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NADA MAIS TRISTE E DIGNO DE PENA DO QUE A DECADÊNCIA DE UM CORRUPTO.