• Cachaça San Valle - Topo do Blog - 01-12-2024
quinta-feira - 25/10/2012 - 18:31h
Estreia

“De pai para filho”, Gonzagão e Gonzaguinha para sempre

O aguardado filme Gonzaga – De Pai Para Filho, que tem o patrocínio da Petrobras, estreia nesta sexta-feira (26) nos cinemas de todo o país.

Dirigido por Breno Silveira, de 2 Filhos de Francisco, o longa narra a trajetória de Luiz Gonzaga, uma das mais importantes figuras da música popular brasileira, e do filho Gonzaguinha.

Sempre acompanhado de sua sanfona, Gonzaga, que completaria 100 anos em 2012, inventou o Baião, gravou mais de 600 músicas e participou de 266 discos. Seu grande sucesso, ‘Asa Branca’, tornou-se um hino para os sertanejos.

Gonzaguinha seguiu os passos do pai e criou, entre outros sucessos, a música que é considerada um marco da MPB: ‘O que é, o que é?’

Acompanhe o Blog pelo Twitter clicando AQUI.

Para retratar a vida de Gonzaga, desde sua infância em Exu, no sertão pernambucano, passando pelo início da carreira nas ruas do Rio de Janeiro, até sua histórica turnê ‘Vida de Viajante’ com o filho Gonzaguinha, foram gravadas cenas no Nordeste e recriado o Rio de Janeiro dos anos 40.

O diretor Breno Silveira conta que o filme foi rodado com riqueza de detalhes. Foram mais de 200 atores e 600 figurantes. Segundo Breno, o que o motivou a levar a história de Gonzaga para as telonas foi a emoção que sentiu ao conhecer os detalhes da relação entre pai e filho.

“Não são biografias que me interessam, mas boas histórias, que emocionem e toquem em questões universais, sentimentos que digam respeito a todas as pessoas. Há sete anos, a Marcia Braga, produtora, e a Maria Hernandez, idealizadora do projeto, me procuraram com umas fitas cassetes gravadas pelo Gonzaguinha, em que ele tentava resgatar a história do pai”, conta o diretor.

– Quando eu comecei a escutar, em cada fita eu percebia a emoção deles e ia me emocionando também. Fiquei impressionado ao entender que pai e filho estavam se conhecendo ali.  Até que, numa das últimas fitas, o Gonzaguinha dizia: ‘Estou entrando no sertão, sertão que era do meu pai. À minha direita tem uma lua… Deve ser ele, o Velho Lua me olhando… Eu não conheci meu pai direito e, amanhã, é o enterro dele’ – narra o mesmo diretor.

” Fiquei emocionado e com vontade de contar essa história”, atesta.

Nota do Blog – Emocionei-me com o trailler do filme (incluído nesta postagem). A história por si só, é um filme. Aí você junta dois gênios, Gonzagão e Gonzaguinha, como não se emocionar, heim?

Imperdível

Compartilhe:
Categoria(s): Cultura

Comentários

  1. Nilson Gurgel diz:

    Caro Carlos;
    Falar de Luiz Gonzaga é um prazer tão grande quanto é ouvi-lo. Orgulho-me de ter tido um momento com ele, foi no final do ano de 1974, na época eu era Diretor Técnico e Executivo da CIMPARN e estávamos concluindo a implantação física do projeto das vilas rurais da Serra do Mel quando o Governador Cortez Pereira me chamou e disse: Cabeludo, como carinhosamente me chamava, meu mandato foi reduzido em um ano e quero encerrá-lo com uma grande festa de inauguração do Projeto lá na Serra do Mel, prepare tudo, você tem 15 dias, aí digo, sem problema Dr. Cortez. Tratei de arrumar tudo e na véspera da dita, fui ao Palácio Potengí para fazer uma checagem das coisas com ele, aí no final olhou para mim e disse: Só está faltando uma coisa, mas um amigo vai mandá-lo para nós, é o Luiz Gonzaga que esta dando um show no Recife hoje a noite e amanhã o Zé Lins ( DR. José Lins de Albuquerque superintendente da SUDENE na época) traz ele para nós no Asa Branca (nome do avião da Sudene), já esta tudo acertado, volte para Serra e me espere amanhã cedo. No dia seguinte chega Dr.Cortez e logo em seguida Luiz e Zé Lins. Caro amigo foi um dia inteiro na companhia do REI, tanto ele cantava como tocava como contava piadas e conversava. Era só alegria e terminei, indo deixá-lo no recife no avião do estado, pois o Zé Lins, em razão de compromissos teve que ir antes. Luiz atendeu a todos tocando, cantando e autografando. Para se ter uma idéia da dimensão do evento, só famílias já assentadas havia no projeto 518 com cerca de 6,2 pessoas em média para cada uma e todas estavam presentes. Faltaram guardanapos e pratos de papelão, todos viraram autógrafos. O autógrafo que pedi, único de minha por anos, se juntou anos mais tarde com o de Tânia Alves que quando me deu o dela e soube que ia fazer companhia ao de Luiz Gonzaga, saiu com esta: É uma honra fazer companhia ao meu REI, mas Nilson bote o meu bem coladinho ao dele, quem sabe eu faço umas carícias nele e deu aquela risada gostosa que só ela sabe dá. Meu neto que ainda não “interou” três anos, quando vou visitá-lo, ele olha para mim e diz vovô, vovô Nilson e logo vai cantando (só as duas primeiras estrofes) Estrada de Canindé que segue para quem quiser:
    “Ai, ai, que bom
    Que bom, que bom que é
    Uma estrada e uma cabocla
    Cum a gente andando a pé
    Ai, ai, que bom
    Que bom, que bom que é
    Uma estrada e a lua branca
    No sertão de Canindé
    Artomove lá nem sabe se é home ou se é muié
    Quem é rico anda em burrico
    Quem é pobre anda a pé
    Mas o pobre vê nas estrada
    O orvaio beijando as flô
    Vê de perto o galo campina
    Que quando canta muda de cor
    Vai moiando os pés no riacho
    Que água fresca, nosso Senhor
    Vai oiando coisa a grane
    Coisas qui, pra mode vê
    O cristão tem que andá a pé “.

    Amigo, desculpe a extensão do comentário, mas estou falando do único REI brasileiro que referencio e encerro-o com uma frase do discurso de Cortez a quem, sem ser rei, referencio também e tenho saudades no dia da inauguração, final de1974. “ESTE PROJETO NASCEU DA CORAGEM E IMAGINAÇÃO DE UM GOVERNO QUE SOUBE ANTECIPAR O FUTURO”.
    Abs,
    Nilson

  2. Zé Paula diz:

    “Respeite Januário,cabra!”

    Espero que não seja coisa parecida com a merda,”Dois filhos de Francisco”

    Recado
    Gonzaguinha

    Se me der um beijo eu gosto
    Se me der um tapa eu brigo
    Se me der um grito não calo
    Se mandar calar mais eu falo
    Mas se me der a mão
    Claro, aperto
    Se for franco
    Direto e aberto
    Tô contigo amigo e não abro
    Vamos ver o diabo de perto
    Mas preste bem atenção, seu moço
    Não engulo a fruta e o caroço
    Minha vida é tutano é osso
    Liberdade virou prisão
    Se é amor deu e recebeu
    Se é suor só o meu e o teu
    Verbo eu pra mim já morreu
    Quem mandava em mim nem nasceu
    É viver e aprender
    Vá viver e entender, malandro
    Vai compreender
    Vá tratar de viver
    E se tentar me tolher é igual
    Ao fulano de tal que taí

    Se é pra ir vamos juntos
    Se não é já não tô nem aqui

  3. jorge luiz diz:

    Caro jornalista Carlos Santos,

    Pouquíssimas pessoas neste país de meu Deus merecem ser reverenciados como Gonzagão e Gonzaguinha!!

    Contamos nos dedos de uma das mãos, e ainda sobrarão dedos, de brasileiros íntegros e considerados como unanimidades do povo brasileiro.

    E exata expressão de nossa melhor cultura! Infelizmente o que vemos hoje na nossa música são festivais de baboseiras que nos envergonha!!

    VIVA GONZAGÃO E GONZAGUINHA!! VIVA O NORDESTE!! VIVA O SERTÃO!!

Faça um Comentário

*


Current day month ye@r *

Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2024. Todos os Direitos Reservados.