domingo - 14/10/2007 - 04:05h

De Pipa, contentamento e imagens

Estive na linda praia da Pipa, com o objetivo de produzir uma reportagem. É um caso de amor antigo. Fui dos primeiros a descobrir suas belezas naturais e perceber em minhas entranhas, as manhãs energéticas que circulam em suas alamedas e recantos encantados.

Tenho a certeza em meu ser, que a Pipa recebe energia cósmica de uma fonte sublime. Acordei cedo e ordenei a meu corpo, ainda sonolento, o passo-a-passo do caminhar. Não precisou de muitos metros, para que o desfile de sensações e de contentamento tivesse início.

O espetáculo da natureza está em toda parte, emoldurando a vida, inserida de maneira cada vez mais presente, em cada centímetro quadrado do santuário. As representações da mãe natureza são variadas, vão da vegetação às falésias, passando pelo casamento do céu e do mar, que parecem estar harmonizados em suaves tons de deliciosas poses. 

As pessoas passando, indo, vindo, acordando, outras ainda comemorando suas particulares histórias e estórias, alguns, infelizmente, bêbados e trôpegos, buscando sentidos e quase sem sentidos, seguindo suas evoluções, as quais, em silenciosa oração, rogo as divindades proteção e luz. 

As casas, as lojas, construções de um mundo moderno, junto com resistentes lares, numa simbiose do passado e do presente, que torna a visão mais bela, pois na harmonia dos tempos com suas formas habitacionais e comerciais, reside a civilização com sua dinâmica toda própria e necessária. A cada passo um contentamento.

Faz tempo que sempre associo a Pipa à felicidade. Tenho feito isso e recomendo em várias coisas na vida. Comece a olhar determinadas coisas com muita alegria. Sentir prazer em observar, buscar lá no fundo aquela sensação de estar bem. Faça isso com lugares, pessoas, com seu quarto, seus filhos, amigos, objetos e, vai perceber que a vida começa a ficar bem interessante, quase que todos os segundos de sua seqüência. 

Algumas pessoas religiosas condenam o uso de imagens. Eu as adoro. Amo todas as do bem. Não as imagens em si, como se fossem deuses. O que amo nos objetos que retratam pessoas religiosas – além do seu valor cultural, são as sensações interiores que nos remetem. Quando olho para uma imagem de Jesus, uma felicidade logo toma conta de mim.

Ao bater meus olhos numa imagem de São Francisco, pensamentos do bem entram sem pedir licença e eu os aceito cheio de carinho e emoção.

O mesmo contentamento me embriaga de amor divino diante de imagens e de fotos de Sai Baba, Saint Germain, Gandhi, Madre Tereza, Krshna, Yoganada e por lugares legais, como a Pipa, por exemplo. 

Devemos direcionar nossas existências temporais, para o bem. É preciso ver as coisas boas. Ouvir a doce melodia da vida, através dos pássaros, dos cânticos de paz, das letras que nos remetem a um mundo melhor.

É preciso relacionar muitas coisas ao coração, aposentar um pouco a mente. Passando a amar os lugares, gostar das pessoas, se encantar com a natureza e, procurar se fundir nas divindades, é um bom caminho a seguir. 

Tenho contentamento sempre que estou na Pipa. Fico inspirado! Fico harmonizado! Fico feliz!

Flávio Rezende é jornalista e escritor (flavioldrezende@gmail.com)

 

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Categoria(s): Nair Mesquita

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