Foi adiado para a próxima terça-feira(12), a votação da audiência pública na Câmara Municipal de Mossoró que discutirá a falta de investimento da Petrobrás na cidade e o aumento do desemprego.
A ação partiu do atual presidente da Câmara, Francisco José Junior (PSD), que em reunião no último dia 26, no Hotel Vila Oeste, promovida pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, com sindicalistas e empresários, debateu sobre maneiras de como amenizar o problema.
Desde que a Petrobras aqui chegou, há mais de 30 anos, já se sabia que um dia os poços iriam se exaurir. Só que as nossas classes dominantes nunca se preocuparam com a questão.
Agora é tarde, estas medidas que querem tomar hoje, já chega fadada ao fracasso.
A alternativa, é procurar outras saídas para nossa economia.
A era do petróleo na nossa região, vai fazer parte do passado. Assim como faz a cera de carnaúba, o óleo de oiticica, as nossas fábricas de beneficiar algodão e etc.
E daqui a alguns anos a POLITICAGEM também irá fazer parte do passado.
Vai terminar ficando para as calendas gregas…
Passei por Juazeiro do Norte há 15 dias e me surpreendi com a discrepância entre Mossoró e a cidade do Padre Cícero.
Confesso, amigos, sinto pena de Mossoró. Isso porquê aqui gira muito mais dinheiro na cidade do que lá.
Mossoró com cerca de 266 mil habitantes e Juazeiro com cerca de 255 mil, nota-se uma diferença enorme na infraestrutura que a cidade cearense oferece comparada a Mossoró, com avenidas largas e bem sinalizadas (que me angustiou em lembrar do trânsito com funis e vias estreitas de Mossoró), um aeroporto que funciona de fato e que será ampliado em breve (diferente da “nossa pista de pouso com telefone cortado” que temos aqui), um grande parque (que aqui, nem sequer temos algo parecido)…
Se Mossoró com o petróleo já é assim como a vemos, com uma infraestrutura que deixa a desejar e uma cidade violenta, imaginem, amigos, daqui a 10 anos, onde provavelmente o investimento no setor do petróleo e que será paulatinamente menor tende a ser pífio e tornando inversamente proporcional à taxa de desemprego – isto é, tende a crescer! E quando falamos em desemprego, também acabamos incluindo violência, tráfico de drogas e assim por diante.
Se nas condições atuais Mossoró não se preparou pro futuro, o que dirá sem o dinheiro que tanto rola na terra do sal e do petróleo (será ainda?).
Não quero nem imaginar o que será da nossa cidade daqui um tempo.
Deixo aqui essa reflexão e legítimo testemunho de angústia e preocupação com a nossa cidade.
Abraço a todos.
Caro Matias
Muito esclarecedor o seu comentário.
A grande diferença que existe entre Juazeiro do Norte-CE e Mossoró é que na cidade cearense a administração é feita com a existência de uma oposição atuante.
E lá a oposição auxilia e fiscaliza os atos do prefeito.
Auxilia quando aponta as falhas existentes na administração.
Fiscaliza quando analisa acuradamente as prestações de contas.
A falta de alternância do poder em Mossoró é que esta emperrando o desenvolvimento da cidade, já que a dominação política sempre de um mesmo grupo termina por levar até mesmo os que se elegeram vereadores em palanques oposicionistas a optarem por uma adesão que lhes facilitará a sobrevivência política.
Isto acontece atualmente, ficando a cidade sem ter quem auxilie e fiscalize a administração pública,
E sem ter quem auxilie e ficalize, fica difícil administrar qualquer coisa, muito mais uma cidade.
Aí reside a causa de Juazeiro do Norte estar se desenvolvendo a olhos vistos e Mossoró praticamente permanecer parada no tempo e no espaço, correndo o sério risco de começar a entrar num processo involutivo por conta do fim do petróleo e da perseguição que é feita aos salineiros.
A se confirmar o fim das atividades da Petrobrás em Mossoró e a continuar o tratamento hostil que vem sendo dado aos salineiros, economicamente Mossoró entrará num quadro recessivo inimaginável.
Mossoró tem que se oxigenar politicamente.
Não dá mais para manter esta cidade sob a tutela de um grupo oligárquico preocupado apenas com a manutençao do poder.
Já fomos ultrapassados por Imperatriz, Sobral e dezenas de outras cidades do nosso porte.
Breve nos tornaremos numa corrutela qualquer se continuarmos nesta mesmice política.
O jogo de faz de conta da nossa política terminará por levar Mossoró a uma completa estagnação.
Não é possível haver crescimento econômico sem crescimento político.
Não é possível haver desenvolvimento social sem crecimento político
Não é possível haver desenvolvimento cultural sem crescimento político.
O mundo está cheio destes exemplos.
Os efeitos do joguinho de faz de contas da política mossorense já começam a ser sentidos por todos.
Mas ainda há tempo de se mudar este quadro.
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MARCHA POR MOSSORÓ, AMANHÃ, 9 HORAS, PRAÇA DO PAX.
Que Deus nos ajude.
…Petróleo tem muito, porém falta investimento!!!!!!!
Quero saber o que uma reunião dessa vai discutir. Vão obrigar a petrobrás a fazer investimentos em Mossoró?