Há poucos dias eu recebi duas ações de interpelação. O mais bizarro é que ambas são assinadas pela Procuradoria do Município de Mossoró.

Pedem esclarecimentos sobre dezenas de matérias escritas e postadas aqui no Blog. Pressionam-me em nome da prefeitura.

Por que a própria prefeita Fátima Rosado (DEM) não me acionou, pois é à figura personalizada de sua gestão que critico, denuncio e cobro?

A ameaça é de que não havendo plena prova quanto a denúncias, queixas apresentadas por internautas e cobranças quanto a serviços públicos, eu serei acionado judicialmente. Mais processos.

Por decisão própria resolvi não respondê-las pela via judicial. A resposta vai por aqui mesmo.

Não se trata de desdém ou percepção particular de que o Judiciário seja incapaz de arbitrar as questiúnculas. É na verdade uma forma de colaborar com esse poder, já soterrado por milhares de demandas sérias que tratam da vida do cidadão e os mais variados conflitos.

As ações contra mim, usando o Município, não passam de mais uma tentativa desesperada dos atuais inquilinos do poder, de calarem Carlos Santos. Vão precisar ser mais contundentes.

Já recebi ameaças de agressão física, uma série de processos, cerco profissional que me impede de trabalhar e ganhar meu sustento em Mossoró, além de outras molecagens. A cada dia estou mais fortalecido.

Eles conseguiram o feito de me tornar um vitorioso por antecipação. O tempo tem sido meu aliado e a capacidade dessa corja em administrar algo reforça minhas palavras.

A "crise de gestão" (não confundir com crise econômico-financeira) que afundou a prefeitura prova o acerto de várias profecias do Blog. Estamos diante do “Flagelo de Deus na terra de Santa Luzia”.

Não sou mártir, herói ou coisa parecida. Apenas adoro Mossoró de graça, sou apaixonado por minha profissão e cultuo a liberdade como um bem superior. Medos? Tenho muitos. Ainda bem. Agora não adoto a covardia como oxigênio.

Respeito quem gosta de viver com joelhos encardidos, prestando reverência a poderosos de ocasião, em troca de algumas patacas, tapinhas nas costas e certos favores. Contudo penso e ajo diferente.

O que o governo da prefeita-enfermeira Fátima Rosado e sua patota tentam, usando a estrutura da prefeitura, é algo incomum. Em toda a trajetória do poder público de Mossoró, em mais de 150 anos de história institucional, essa é a primeira vez que a prefeitura utiliza esse artifício jurídico.

Nunca alguém tinha sofrido tamanha pressão para se calar. E a manobra é ainda mais indigna, porque indiretamente procuram impedir que o cidadão comum sequer reclame por algum serviço público deficiente.

Pelo o que tentam fazer, nenhuma pessoa poderá denunciar – por exemplo, atendimento precário num posto de saúde, sob pena de ser processado. Querem impor regime ditatorial.

No anexo de uma das ações, o governo chega a apresentar cópia de matéria do Blog em que revelo, com testemunho de uma denúncia formalizada no Ministério Público, que ambulâncias do Samu estão sucateadas (AQUI). Ou seja, não aceita que algo vital possa estar errado. Prefere a intimidação. 

Interessante é que dois dias depois o Jornal de Fato escreveu matéria sobre o assunto, onde é endossado o problema, mas transferida a culpa para a União. Patético.

Subliminarmente, essas ações provam como a coisa pública realmente virou corporação  privada nas mãos de pústulas arrogantes, gananciosos e irresponsáveis. A prefeitura é “Da Gente” (deles), assim pensam.

Continuarei, daqui, dando o mesmo tratamento de sempre com a ajuda de centenas e milhares de internautas. Não há motivo algum para recuar, ainda mais diante de uma corriola desse nível moral.

Podem empilhar processos e mande seus sicários da mídia reforçarem as baterias à tentativa de minha desmoralização.

Vocês são a borra que goteja da cloaca do clã Rosado. Boa parte deveria estar presa e não zanzando em colunas sociais.

É isso, por enquanto, o que tenho a dizer – horda imunda.

P.S – Ah, ia esquecendo de reiterar: façam fila e empilhem mais processos, enquanto possuírem a prefeitura (que é patrimônio meu também) para encobrir seus atos infames. Calhordas.