domingo - 07/09/2008 - 21:38h

Diário de Bordo (Eleições 2008) – 17

Relato de um tempo perdido

Quando concluir sua atual gestão em dezembro deste ano, a enfermeira Fafá Rosado (DEM) terá deixado para trás um rastro impossível de ser sintetizado em tão pouco espaço. O tempo, senhor da verdade, revelará a realidade que a propaganda maquia.

Sem qualquer vocação para o comando, ela deixou uma patota assumir o poder. O irmão caçula, agitador cultural Gustavo Rosado, se investiu no papel majestático de “prefeito de fato”. Nunca administrara uma quermesse de paróquia rural.

Deu no que deu.

Com receita que tende a ser da ordem de R$ 1,2 bilhão (quatro anos), escassas intempéries climáticas, além de conjuntura mundial e nacional favorável, Fafá e sua facção subaproveitam a chance. Poucos se dão bem no governo “da gente” (deles). 

Mossoró não parou, mas deixa passar a chance de ser uma locomotiva.

Por sua pujança, a cidade pode resistir a mais quatro anos de desatino. Talvez o clã Rosado é que não agüente. Há mais de dois anos venho repetindo essa premonição. 

A “era Fafá” é um tempo perdido. O riso solto da prefeita esconde uma máquina de intolerância, privilégios escusos e incapacidade gerencial. Mas passa. Tudo passa.

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Categoria(s): "Diário de Bordo" (Eleições 2008)

Comentários

  1. MARCIA CELIA FREITAS DE SOUZA DIAS diz:

    Caro Carlos Santos, sou médica, dermatoilogista, que vim com a família morar em Mossoró em 1977. Na época, a cidade era pequena, feinha, terminava no café do povo, rodoviária velha, trevo de Areia Branca, tinha pobreza, mas não tinha miséria. Presenciei várias enchentes e ficamos ilhados muitas vezes com a lagoa do Bispo, sem aulas no Estadual e Diocesano. Lembro dos buracos que Dr Dix-Huit abriu no centro, quando abriu os braços do rio Mossoró. A população reclamou, reclamou, reclamou… Mas foi o último prefeito a pensar a cidade e suas necessidades reais. Nos últimos anos, tivemos uma médica prefeita por três vezes e uma enfermeira na atual gestão, a cidade cresceu e ampliou suas cadeias produtivas, antes sal, algodão e carnaúba, hoje, sal, petróleo, fruticultura, carcinicultura, calcáreo, cimento…. A cidade já não é feia e temos um monte de lugar para levar os visitantes para conhecer. Mas que saudade que sinto daquela cidadezinha simpática e sem miséria…
    Mas Carlos, nesses últimos 2 meses, andando e conversando com as pessoas, de rua em rua, de casa em casa, percebo que a população de Mossoró talvez não veja isso que vejo, mas quer ver uma Mossoró diferente. O tempo realmente passa!!! Amém.

  2. Aline Machado diz:

    Mas passa. Tudo passa.

  3. MARCIA CELIA FREITAS DE SOUZA DIAS diz:

    Oi Carlos Santos, sou eu de novo comentando. É que depois que escrevi, escrevi, escrevi e enviei, lembrei que iniciei o texto dizendo ser médica, dermatologista, o texto aborda várias observações minhas, ao longo da minha vida mossoroense, mas não contempla o que a medicina tem a ver com isso.
    Eis pois! Como se diz no popular, Mossoró está comido de hanseníase, tuberculose, calazar, dengue, doença de Chagas, impingem, pano branco, curuba (xanha, sarna, escabiose), piolho, verminose, diarréia… Uma cidade tão rica, com doenças de país pobre. Por quê isso ocorre???? Porque o poder público não tem políticas voltadas para os mais carentes. A cidade cresceu assustadoramente nos últimos 30 anos e sua riqueza serve a poucos, e só chega onde a esses poucos interessa.
    Centro de saúde bonito? TEM. Médicos, enfermeiros, remédios? TEM NÃO. Mas também sei que Roma caiu e que tudo passa!!!!!

  4. José André da Silva Peixoto diz:

    ei Dra Márcia, voce chegou aqui em Mossoró em 1977 e só agor anesses ultimos dois meses é q vc tem procurado conversar e saber dos anseios e desejos dos q aqui moram:??? santa Luiza, iluminai seus olhos…

  5. JUNIOR MACHADO diz:

    Tomara que quando o tempo passar os parasitas chamados ROSADOS (que são a maioria), saiam do poder, e pelo menos aprendam a prover o seu proprio sustento sem sugar dos cofres publicos. TOMARA QUE ESSE DIA CHEGUE, ó assim seremos felizes.

  6. MARCIA CÉLIA FREITAS DE SOUZA DIAS diz:

    OI JOSÉ ANDRÉ, QUE FIQUE CLARO: ESTOU FAZENDO POLÍTICA HÁ 2 MESES, MAS DESDE 1993 COMECEI A TRABALHAR COM HANSENÍASE QUANDO AINDA MORAVA NO RIO DE JANEIRO. EM 2001 VOLTEI PARA MOSSORÓ COMO DERMATOLOGISTA (NA REDE PÚBLICA E PRIVADA) E HANSENÓLOGA. DESDE 2004, INICIEI UM TRABALHO DE GEORREERENCIAMENTO DA HANSENÍASE PRA ENTENDER A DISTRIBUIÇAO DA DOENÇA. MERAÇAO. PARA FAZER ESSE TRABALHO TIVE QUE IR, DE CASA EM CASA DOS MAIS DE MIL MOSSOROENSES VÍTIMAS DA HANSENÍASE DESDE 2001. ESSE TRABALHO FOI PREMIADO NOS CONGRESSOS BRASILEIROS DE HANSENÍASE E DE DERMATOLOGIA E FOI PUBLICADO EM REVISTA INTERNACIONAL. CHIQUE DEMAIS, NÉ? MAS NÃO É CHIQUE A MISÉRIA QUE O POVO DE MOSSORÓ ENFRENTA, MORANDO DENTRO DAS BUEIRAS. NOS ULTIMOS 2 MESES SAÍ DE MINHA VIDA TRANQUILA DE DERMATOLOGISTA, PERITA DO INSS, PROFESSORA DA FACULDADE DE MEDICINA PARA PEDIR VOTO E FALAR DE POLÍTICA, MAS CONHEÇO A CIDADE, SUAS QUALIDADES E DEFEITOS. SEI QUE A LEPRA FOI ELIMINADA ANTES DOS ANTIBIÓTICOS, APENAS COM POLÍTICAS PÚBLICAS DE HABITAÇAO, SANEAMENTO E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DOS MAIS POBRES. ESTOU DE OLHOS ABERTOS, DE OUVIDOS ABERTOS, DE CORAÇAO ABERTO E DE BOCA ABERTA PARA GRITAR CONTRA ESSAS DESIGUALDADES. QUE SANTA LUZIA ABRA OS OLHOS DOS ELEITORES. AMÉM

  7. José André da Silva Peixoto diz:

    Pois é Doutora, como a senhora diz, so há dois meses q está fazendo politica, e como carioca q vc é, deve saber q tbm Mossoró tem seu lado pobre… tem suas doenças populares, tem suas boeiras. Noooossa, acho q a senhora nao andou sequer 100 casas dos 230mil habitantes. Gostaria de algo mais plausivel para q eu possa de fato me convencer q as políticas públicas geridas a nivel de governo seja ele municipal estadul ou federal de fato atinge aos menos favorecidos. Um abraço e q SANTA LUZIA permita q em suas andanças a senhora compareça não só na ribeirinha onde deve ser a area mais afetada, mas tbm em bairros nobres q creio a senhora more em um desses.

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