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sexta-feira - 21/03/2014 - 11:09h
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Diretora de Centro Clínico Evangélico faz esclarecimentos

Caro Carlos Santos,

Inicialmente, gostaríamos de parabenizar pelo seu trabalho a frente deste veículo de comunicação tão importante para a sociedade.

Por meio deste blog nos deparamos com noticiários que, na maioria das vezes, não gostaríamos que fosse verdade, mas que infelizmente temos que encarar por serem a mais pura realidade.

Uma dessas notícias desagradáveis, sem dúvida, ocorreu no último dia 17, quando foi publicada uma informação que, dessa vez, não foi condizente com a realidade, o que pode ter levado os seus incontáveis leitores a uma reflexão equivocada.

Acreditamos que a informação foi veiculada devido a algum mal-entendido, pois sou conhecedora de sua competência no mundo jornalístico e por esse motivo o acompanho em seu Blog quase que diariamente.

Falo da notícia veiculada cujo título era “Dia Internacional da Preguiça da Saúde de Mossoró”, onde foi feito referência ao Centro Clínico Evangélico da Prefeitura Municipal de Mossoró, que teria fechado suas portas em pleno dia 17 para comemorar o Dia Internacional da Mulher, que, como todos sabem, acontece no dia 08 de março.

Antes de explicar o que aconteceu, imprescindível fazer um breve comentário acerca do como estão disciplinadas as ações e serviços públicos de saúde no país, a começar pela Constituição Federal, que dispõe em seu art. 198 que as ações e serviços públicos de saúde constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: descentralização; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; e participação da comunidade.

O citado dispositivo constitucional traz aquilo que todos sabemos, que as atividades preventivas devem ser priorizadas e que é fundamental a participação da comunidade nos serviços de saúde.

A lei 8.080/90, por sua vez, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e traz em seu art. 7º os princípios que norteiam o Sistema Único de Saúde, dentre os quaisa integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos; a preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; direito à informação; e participação da comunidade.

Com isso, desde a implantação do Sistema Único de Saúde, vem-se buscando alternativas para ampliar o acesso à população e melhorar os serviços de saúde do país que, como sabemos, ainda está bem aquém do que a população merece.

Nesse contexto, surgiu o PSF – Programa Saúde da Família – no ano de 1994, atualmente chamado de Estratégia Saúde da Família, que tem por objetivo modificar o modelo assistencialista ainda vigente, onde predomina o atendimento emergencial e contribui para a superlotação dos hospitais.

Nessa estratégia, a família passa a ser o objeto de atenção, no próprio ambiente em que vive, possibilitando um maior entendimento a respeito do processo saúde/doença. No âmbito da reorganização dos serviços de saúde, a estratégia da saúde da família vai ao encontro dos debates com a população.

É bem verdade que esse pensamento ainda paira na cabeça da população de uma maneira geral, de que o profissional de saúde tem que limitar seu trabalho ao atendimento clínico e afastado das discussões que atingem a comunidade como um todo.

Não obstante esse pensamento, a Atenção Básica deve buscar a humanização do serviço, a continuidade do cuidado, a participação social, bem como fomentar o desenvolvimento do vínculo entre os profissionais da saúde e a população.

Esse vínculo contribui para a construção de relações de afetividade e confiança entre o usuário e o trabalhador da saúde, repercutindo em maior tranquilidade quando da necessidade de utilização do tratamento clínico.

Dito isso, caro Carlos Santos, passo a explicar o que aconteceu em nosso serviço, que acabou sendo mal interpretado e gerou uma notícia que, ao nosso sentir, foi publicada de forma equivocada, não por culpa sua, pois acredito que a informação deva ter chegado a você de maneira errada.

Na realidade, os profissionais do Centro Clínico Evangélico não fecharam as portas da unidade de saúde, pelo contrário, eles as ampliaram nesse dia 17.

Diferentemente da alegada preguiça reportada em seu Blog, os profissionais do Centro Clínico Evangélico, por iniciativa e gastos próprios, dividiram, ao longo de 15 dias, suas atividades cotidianas com os preparativos para um encontro com a comunidade, ou melhor, para a comunidade.

Como a data comemorativa do Dia da Mulher caiu em um sábado, não tínhamos como realizar qualquer atividade nessa data. A semana seguinte também se tornou inviável devido ao envolvimento dos profissionais com a vacina de combate ao vírus HPV.

O que pensou ser uma desculpa para a interrupção do serviço, na verdade foi uma preocupação em não deixar a data passar em branco pelo simples fato de cair em um sábado.

Com isso, organizamos o encontro na certeza de que estávamos trabalhando no caminho certo. Os Agentes Comunitários de Saúde enviaram os convites e muitas usuárias do Centro Clínico Evangélico atenderam. O encontro foi positivamente preenchido com uma palestra sobre a valorização da mulher, intitulada: “Lutas, Direitos e Conquistas da Mulher”, ministrada por Dorisângela Lima, coordenadora de Educação em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró, que gentilmente atendeu o convite da direção da unidade básica de saúde.

Além de palestras educativas, aqueles que tiveram presentes puderam participar de atividades interativas muito importantes na construção do vínculo de afetividade e confiança, tão relevante nesse setor, já marcado pela dor e sofrimento.

Após a realização do evento, chegamos à conclusão de que os objetivos foram alcançados e com a sensação do dever cumprido, pois vimos uma comunidade satisfeita com aquele momento em que puderam ter acesso a mais informações, bem como puderam se aproximar ainda mais dos profissionais da saúde, que no modelo tradicional se mantém distante da população coletivamente pensada.

Ficamos Felizes, pena que essa alegria tenha durado pouco. Apenas o tempo necessário para acompanhá-lo em seu Blog e ver que fomos mal interpretados.

Desde já, nosso abraço. Continuaremos lutando por aquilo que acreditamos!

Seguem as fotos que traduzem um pouco do que foi dito:

Aila Maria Borges de Moura

Gerente do Centro Clínico Evangélico

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Categoria(s): E-mail do Webleitor / Saúde

Comentários

  1. Assis Nascimento diz:

    “Desculpas de amarelo é comer barro”

  2. chagas nascimento diz:

    Me desculpe, a justificativa é muito longa.
    Fico com a versão do blog.

  3. Wilpersil diz:

    “Enrroleichion”

  4. sheik diz:

    Parabéns gerente do posto! Fiquei admirado com tamanha mentira esfarapada ! Gostei da utilização do texto de enrolação que fala sobre as diretrizes do SUS.KKKK…Ridiculo ! Vc deveria perder o emprego com tamanha mentira !

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