Por Aluísio Lacerda (Do Portal No ar)
Não tem sido fácil a travessia da governadora Rosalba Ciarlini. Já consumiu quase 70% do seu mandato e agora assiste, impassível, seus aliados anunciarem que já passou a hora do desembarque.
O PMDB não esconde o jogo. Publicamente, diariamente, vozes do partido do senador Garibaldi Filho e do presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo, expressam o desejo de candidatura própria. Dia sim – e no outro também – alguém cobra o bota-fora.
O deputado Nélter Queiroz é o mais objetivo no discurso separatista: “Não há a menor possibilidade do PMDB apoiar Rosalba” (numa eventual candidatura à reeleição).
Seu colega de partido Hermano Morais completa no mesmo tom: “Não podemos retardar o rompimento sob pena de comprometer o projeto de candidatura própria”.
Rompimento que já teria acontecido, segundo Queiroz.
Agora vem a público um velho conselheiro e colaborador do partido, ligado ao senador Garibaldi Filho, o secretário Luiz Eduardo Carneiro Costa, e resume o quadro de instabilidade.
Titular de uma das mais importantes secretarias de Estado, Carneiro Costa revela que a sua equipe (comissionados) não tem tranquilidade para trabalhar e que há muitos projetos que nem foram postos em execução.
Quem não conhece os ambientes palacianos fica a indagar: o que impede a governadora de reunir seus auxiliares diretos e acertar a relação, na base do “eu só quero quem me quer”?
Simples o motivo, o louco do Carlos Augusto que fica a doidejar e não deixa ninguém trabalhar.