domingo - 21/09/2025 - 09:30h

Do analógico ao digital

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Dia desses assisti a um vídeo interessante. Disse o autor do vídeo, não lembro quem era, que quem tem atualmente cinquenta anos, ou mais, teve que se adaptar as mudanças do mundo, principalmente, ao rápido avanço da tecnologia.

Com efeito, quem viveu em outra época sabe como as coisas eram diferentes. Há algum tempo, não imaginávamos o uso do aparelho celular. Ter um telefone fixo em casa era um luxo. Para muitas famílias possuir uma televisão na sala era um sonho inalcançável. Muitas pessoas assistiam a televisão na casa do vizinho “rico” ou nos aparelhos que ficavam em algumas praças da cidade ou na zona rural.

Computador? Ora, era coisa de filme americano. Quem viveu na Mossoró das antigas, certamente foi aluno da Escola de datilografia São Lázaro. Eu fui. E foi uma luta danada para aprender a usar a máquina de datilografia. Aliás, eu somente conheci duas pessoas que eram datilógrafos de mão cheia: meu pai, que aprendeu o ofício quando trabalhou em cartório, e Olivar, servidor do Detran.

As mensagens eram enviadas por meio de cartas, telegramas ou cartão-postal. WhatsApp e outros aplicativos de mensagens não faziam parte do nosso dia a dia; troca de mensagem por e-mail nem pensar. Quando o Fax apareceu foi um assombro tecnológico (salvo engano, o editor deste Blog enviava uma publicação via Fax. Herzog Press, ainda nos anos 90 do século passado, há mais de 25 anos).

Os funcionários dos jornais que circulavam na cidade, por exemplo, entravam pela madrugada para fechar a edição do dia.

Para assistir a filmes, íamos ao Cine Pax, Caiçara ou Cine Cid. Netflix e outras plataformas não existiam, mesmo porque o aparelho celular e outros dispositivos eletrônicos são coisas recentes. Para se comprar um celular, o famoso “tijolão”, era preciso esperar numa enorme fila. E a fila nos bancos? Já fiquei várias vezes por horas para pagar um simples boleto, nada de aplicativos para fazer transações bancárias nem Pix para transferências, como ocorre hoje em dia.

Ademais, à guisa de ilustração, os automóveis de tempos pretéritos possuíam carburadores, e não essa tecnologia de hoje em dia. Perdi as vezes que fui limpar o carburador de um velho buggy, lá na oficina de Souza, no bairro Paraíba. Agora, iniciamos a onda dos carros elétricos.

Como esquecer a fila que se formava para comprar um botijão de gás no depósito de Porcino, sob um sol causticante? Atualmente, é bom demais, temos delivery, e qualquer mercadoria chega rapidinho as nossas casas.

Pois é, vivemos à luz da modernidade. A tecnologia mudou e facilitou sobremaneira as nossas vidas. Passamos da era analógica para a digital. No entanto, consumimos boa dose do nosso tempo nas redes sociais e na internet, em vez de aproveitar a vida real.

De fato, o mundo está bem diferente de outrora. Pelo menos, em alguns aspectos, a humanidade evoluiu.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica

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