Imagino os calafrios que alguns figurões da política mossoroense vão sentir, no próximo ano, à inauguração do Presídio Federal de Mossoró.
Um simples passeio para conhecer as instalações, sólidas e inexpugnáveis, fará passar muitas imagens à mente. É, é a vida.
Sem dúvidas, o presídio é uma obra necessária. Conforme a Lei de Execuções Penais, o detento precisa ficar encarcerado em local próximo à sua família.
A escória deve ficar longe da sociedade, nunca com privilégios.
PRESÍDIO OBSOLETO
O Presídio Federal, em construção entre Mossoró e Baraúna, nasce já superlotado. Já tivemos a oportunidade de afirmar que o presídio é presente de grego. Com isso, desejávamos destacar as desvantagens que a obra traria para os oestanos.
Creio que subestimamos o Governo Federal. A construção não visava albergar presos de alta periculosidade vindos do sul do país. Em verdade, conclui-se agora, o Ministério da Justiça sabia das investigações em curso, envolvendo agentes públicos do Rio Grande do Norte. Portanto, nada mais natural, prático e barato, do que construir a prisão para abrigar os delinquentes da própria região.
A continuar a série de investigações por estas plagas, o presídio será pequeno para abrigar os sanguessugas, via salários e sais grossos potiguares.
Não será surpresa se, durante a inauguração, os políticos do palanque por lá mesmo permanecerem.