A Fundação Vingt-un Rosado recebeu uma correspondência que atesta sua importância para a cultura brasileira, mas ao mesmo tempo identifica o desprezo a que vem sendo relegada em sua terra-berço, Mossoró. É uma mensagem enviada por Rita de Cássia Araújo, coordenadora-geral do Centro de Estudos da História Brasileira (CEHIBRA), da Fundação Joaquim Nabuco.
Ao mesmo tempo, ela lamenta não encontrar meios para dar suporte financeiro para que a entidade mossoroense possa ser salva do abandono a que foi relegada, principalmente pela chamada “cultura” de Mossoró.
Leia abaixo, o texto de Rita de Cássia Araújo:
Prezados senhores:
Lembro-me perfeitamente da generosa e relevante doação de livros feita pela Fundação Vingt-un Rosado à Fundação Joaquim Nabuco, bem como reafirmo nosso interesse em receber a doação de novos livros. Sinto muito pelas dificuldades pelas quais a Vingt-un Rosado está passando.
É lamentável que, em pleno século XXI, um paÃs emergente, uma das maiores potências econômicas do mundo, não priorize as iniciativas de cultura e memória existentes que, afinal, o fazem perdurar e se fortalecer enquanto nação.
Infelizmente, como órgão público federal, vinculado ao MEC, não vislumbro possibilidades jurÃdico-administrativas de auxiliá-los com recursos financeiros. Talvez pudéssemos pensar em alguma parceria institucional, desde que não envolvesse repasses de recursos.
Cordialmente,
Rita de Cássia Araújo – Coordenadora-geral do Centro de Estudos da História Brasileira – Cehibra/Fundação Joaquim Nabuco
Se a senhora Rita de Cássia Araújo soubesse que não é só a cultura que está abandonada em Mossoró não perderia o tempo em escrever este texto brilhante.
Soubesse ela que em Mossoró o povo dorme nas calçadas, tal qual cachorros pulguentos, para conseguir uma senha de atendimento numa repartição pública, ela saberia que o desprezo não é só com a cultura.
O desprezo é com o POVO!
Senhora Rita de Cassia Araújo, em Mossoró o povo é desprezado pelo poder público.
Não temos segurança, vivemos trncados dentro de nsosas casas sem sequer poder colocar uma cadeira na calçada.
As nossas ruas estão todas esburacas, nas praças em petição de miséria. Só para exemplificar, na Praça do PAX, CARTÃO POSTAL de Mossoró, existem BANCOS DANIFICADOS e a grama está seca a mostrar o desleixo total da administração municipal.
Nos postos de saúde, senhora Rita de Cássia Araújo, faltam medicamentos de uso contÃnuo e de distribuição gratuita.
Os estudantes das nossas escolas públicas não receberam o UNIFORME ESCOLAR, apenas uma blusa tamanho único foi distribuÃda; muito menos o MATERIAL ESCOLAR foi entregue em Mossoró
A MERENDA ESCOLAR é da pior qualidade, chegando ao ponto de servirem ovo frito com cuscuz sem café como merenda escolar. A senhora já comeu cuscuz com ovo frito sem café?
Não alimente nenhuma esperança de voltarem os tempos em que Mossoró cuidava da Cultura.
Se não existerm verbas para a Cultura?
Existem e são polpudas.
Só não me pergunte em que tanto dinheiro é utilizado.
Reduziram Mossoró a um vegetal.
Louvo o seu esforço em favor da Cultura.
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FALTAM MEDICAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA NA UBS CHICO PORTO.
O POVO EM MOSSORÓ DORME NAS CALÇADAS PARA CONSEGUIR UMA SENHA DE ATENDIMENTO NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS..
Penso que dentre todas as dificuldades polÃticas administrativas que Mossoró e o RN passa essa é uma das grandes dores, deixar que uma entidade do nÃvel da Fundação Vingt-un Rosado se extinguir.