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segunda-feira - 22/11/2021 - 23:46h
Alerta

Está chegando a quarta onda da pandemia

O mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia do novo coronavírus. A avaliação é da diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a brasileira Mariângela Simão. Ela abordou a situação da pandemia em conferência na abertura no 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia ( que ocorre de modo virtual dessa segunda-feira, 20, até sexta-feira, 23).

Mariângela Simão, diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (Foto: web)

Mariângela Simão, diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (Foto: web)

“Estamos vendo a ressurgência de casos de Covid-19 na Europa. Tivemos nas últimas 24 horas mais de 440 mil novos casos confirmados. E isso que há subnotificação em vários continentes. O mundo está entrando em uma quarta onda, mas as regiões têm tido um comportamento diferente em relação à pandemia”, declarou Mariângela Simão.

Segundo ela, o vírus continua evoluindo com variantes mais transmissíveis. Mas em razão da vacinação houve uma dissociação entre casos e mortes, pelo fato da vacinação ter reduzido os óbitos decorrentes da Covid-19. Ela lembrou que a imunização reduz as hospitalizações mas não interrompe a transmissão.

A diretora avaliou que os novos picos na Europa se devem à abertura e flexibilização das medidas de distanciamento no verão, além do uso inconsistente de medidas de prevenção em países e regiões.

Desigualdade

“O aumento da cobertura vacinal não influencia na higiene pessoal, mas tem associação com diminuição do uso de máscaras e distanciamento social. Além disso, há desinformação, mensagens contraditórias que são responsáveis por matar pessoas”, pontuou a diretora-geral adjunta da OMS.

Um problema grave, acrescentou, é a desigualdade no acesso às vacinas no mundo. “Foram aplicadas mais de 7,5 bilhões de doses. Em países de baixa renda, há menos de 5% das pessoas com pelo menos uma dose. Um dos fatores foi o fato de os produtores terem feito acordos bilaterais com países de alta renda e não estarem privilegiando vacinas para países de baixa renda”, analisou.

Outro obstáculo é a concentração em poucos países que dominam tecnologias utilizadas para a produção de vacinas, como o emprego do RNA mensageiro, como no caso do imunizante da Pfizer-BioNTech.

Mariângela Simão considera que o futuro da pandemia depende de uma série de fatores. O primeiro é a imunidade populacional, resultante da vacinação e da imunização natural. O segundo é o acesso a medicamentos. O terceiro é como irão se comportar as variantes de preocupação e do quão transmissíveis elas serão.

O quarto é a adoção de medidas sociais de saúde pública e a aderência da população a essas políticas. “Onde medidas de saúde pública são usadas de forma inconsistente os surtos continuarão a ocorrer em populações suscetíveis”, projetou.

Testagens e Carnaval

A diretora da OMS defendeu que além das medidas de prevenção é preciso assegurar a equidade no acesso a vacinas, terapias e testagens. “É vacinas, mas não somente vacinas”, resumiu.

“Me preocupa quando vejo no Brasil a discussão sobre o Carnaval. É uma condição extremamente propícia para aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar as ações para 2022”, alertou.

Com informações da Agência Brasil.

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Categoria(s): Saúde

Comentários

  1. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Uma possibilidade trágica. Não podemos baixar a guarda.

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Se a OMS soubesse que parte da população de Mossoró Sequer tomou a primeira dose da vacina.
    E não tomou porque não acontece, como na quase totalidade das cidades de todo o mundo, a vacinação itinerante.
    Aqui os acamados que se virem para chegar aos locais de vacinação.
    Aquj os pobres, sem recursos para pagar o transporte, que encontrem uma maneira de chegar aos locais de vacinação.
    Breve estaremos lamentando este descaso com os mais pobres.
    E não venha tentar justificar que foi por falta de dinheiro que milhares de mossoroenses ficaram sem se vacinar.
    Dinheiro para fazer a vacina itinerante em Mossoró existe.
    Mossoró tem até dinheiro para bancar curso de restauração de pintura em cavalete.
    A VACINA ITINERANTE TEM QUE COMEÇAR IMEDIATAMENTE.

  3. Magno diz:

    A doença foi bastante lucrativa, pelo visto. Estão sorrindo à toa, vendendo remédios.

  4. João Moro Claudio diz:

    ‘Rio sem mázcarazz.’

    Prefeito da favelona

  5. PG diz:

    Ele sabe que próximo mês tem Carnatal em Natal?

  6. João Moro Claudio diz:

    Eu apostava, jurava ajoelhado e de pés juntos, que a quantidade de terráqueos idiotas era milhares de vezes menor do que eu imaginava.

    A pandemia revelou que uma grande parte da população mundial não consegue sobreviver sem festas, aglomerações, carnaval, futebol, academia, barzinhos, shoppings, fojos e o escambau.

    Os dois únicos países que se curvaram diante do vírus foram China e Japão.
    O resto não levou a sério, zombou e se lascou.

    Tradução de ‘resto:’

    Menores de 40 anos que saíram às ruas, contrairam (e contaminaram) o vírus, levaram para dentro de suas casas e mataram os pais, tios e avós. Os idosos de forma geral.
    O pior nisso tudo é que nenhum jovem irresponsável se sente culpado pela tragédia. NENHUM.

    Se não houver uma pena duríssima (cadeia) para os infratores, aguardem a 4a, a 5a, a 6a e a 10a onda.

    Por enquanto, os ‘jovens irresponsas assassinos’ não estão nem aí.
    E vão continuar assim.

  7. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Todos os que leem meus comentários sabe o quanto eu defendo a criança na escola.
    Considerando a gravidade desta nova onda da pandemia sou favorável ao fim da aula presencial.
    Mossoró tem milhares de pessoas que sequer receberam a primeira dose da vacina.
    Mossoró teima em não fazer a vacina itinerante.
    Melhor que as crianças fiquem em casa e continuem vivas.

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