O Governo além de não convocar os concursados da polícia civil, e de não aumentar o efetivo da polícia militar, ainda diminui o efetivo destas duas instituições cedendo policiais à Assembléia legislativa. Você duvida?
Somente na edição do Diário Oficial do Estado, dia 17/09/2011 (este sábado), na página “Atos da Governadoria”, constatam-se 09 (nove) cessões de policiais para Assembléia legislativa.
E o pior é que os deputados concordam com esta imoral cessão, diante do atual quadro deficitário de efetivo da segurança pública, e prejudica diretamente o povo do Rio Grande do Norte.
Na verdade, a Assembleia Legislativa não apenas assina embaixo, como estimula essa evasão, que tira o policial de seu papel precípuo de servir à sociedade, para ser útil aos deputados. Sabe-se lá como.
Onde está o Ministério Público que não fiscaliza estas e outras cessões, que na minha parca noção legal é no mínimo irregular e incoerente administrativamente. Pelo menos, termina colidindo com o próprio discurso do Governo do Estado, que alega não ter como convocar quem passou em concursos, mas cede policiais à AL.
A propósito, quantos policiais estão hoje lotados na AL? Quem sabe? Nem é possível identificar quantos médicos, outro quantitativo que faz parte de uma espécie de “caixa preta”.
O funcionário que prestou concurso público para determinada função ou cargo, dentro de uma determinada Secretaria do Estado, por ato do Governo, claro que a pedido de “alguém” é retirado de seu local de trabalho e deslocado de suas funções. Certamente essas 9 cessões estão enquadrados nessa “arrumação”.
Ficar calado, diante dessa iniquidade, falta de respeito com concursados e com o cidadão, é ser cúmplice de mais um crime praticado contra o cidadão comum, enganado em sua boa-fé. Ouve um discurso, mas na prática às vezes descobre que tudo não passa de retórica e faz-de-conta.
Lugar de policial é na rua, combatendo a criminalidade, agindo em papel profilático, exercitando a tarefa da investigação, de modo a intimidar e punir deliquentes. Socado na Assembleia Legislativa, essas pessoas desfalcam mais ainda as ruas.
Impossível querer tapar o sol com a peneira, continuar transferindo responsabilidades para governos anteriores. E é bom frisarmos, que essa “camaradagem” de cessão de policiais é antiga. Muitos deles terminam se transformando em motorista, segurança particular ou outra função menor a serviço de deputados.
Já o zé-ninguém, o pobre povão, fica implorando o direito à segurança, ao simple ir e vir.
Enquanto isso, tem delegado “cuidando” de mais de 20 cidades simultaneamente, policial sobrecarregado em rondas, outros tantos estressados ou em licenças de saúde.
Deputados e governantes, no fundo, estão fazendo acontecer: contra o Rio Grande do Norte.
Prabéns Carlos pela posição, é impressionante como as pessoas se apossa de uma estrutura que é do povo como se fosse deles, não cala-se e sempre-sempre nos deixe informado desses absurdos existentes no nosso estado.
POLICIA para quem precisa. POLICIA PARA QUEM PRECISA DE POLICIA……………………!