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quinta-feira - 10/09/2009 - 17:45h

Estado e prefeitura fecham parceria para fim de favela

A Prefeitura de Mossoró disponibilizará um terreno de 13 hectares, na zona Sul da cidade, para o Governo do Estado erradicar a Favela do Tranquilim. A cessão do terreno foi confirmada pela secretária de Desenvolvimento Territorial e Ambiental, Kátia Pinto.

Ela recebeu em seu gabinete hoje pela manhã, o presidente da Companhia Estadual de Habitação (CEH), Damião Pitta. A reunião deu continuidade á discussão sobre a erradicação da favela, aberta na última sexta (4), em Natal, na audiência da governadora Wilma de Faria (PSB) com a prefeita de Mossoró, Fátima Rosado (DEM).

Os dois executivos visitaram a Favela do Tranquilim. Damião constatou "in loco" a necessidade do investimento. Também estiveram em terreno próximo ao Conjunto Vingt Rosado, onde as novas moradias serão erguidas.

Damião reiterou que o governo Wilma de Faria (PSB) injetará R$ 6 milhões na obra, com a prefeitura cedendo o terreno à construção de 500 casas.  

Nota do Blog – Olha só que notícia maravilhosa. Dois governos, municipal e estadual, empenhados numa tarefa comum e de largo alcance social.

Não obstante adversários políticos, entrelaçados na tarefa de tirar centenas de pessoas de ambiente insalubre.

Porém de novo bato num tema que não pode faltar a esse debate: é fundamental que a posse da casa seja amarrada de tal modo, que o beneficiado não a transforme em negócio de venda. Do contrário, apenas adiaremos o nascimento de outra favela.

Há décadas que isso se repete, sem um antídoto. Até parece que os agentes públicos gostam desse faz-de-conta com o dinheiro alheio.

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Categoria(s): Administração Pública

Comentários

  1. Rodrigo Rocha diz:

    O tema erradicação de favelas é bem delicado. Parece algo simples, mas não é. O que muitas políticas ignoram (quase sempre deliberadamente), é que não basta construir casas e oferecê-las à população; é preciso dotar o novo espaço residencial de serviços básicos para que o morador possa fixar-se no local.

    Muitos são os exemplos de erradicações de favelas que não vingam por se limitarem a conceder casas aos moradores, sem lhes proporcionar a infraestrutura mínima para que possam sobreviver. É por isso que, com muita frequência, ocorre de os moradores venderem as casas e voltarem ao espaço onde tinham seus barracos.

    Antes de pensarmos em conceber meios de “amarrar” as casas aos beneficiários, sugiro pensarmos em dotar o novo espaço de serviços públicos e meios materiais básicos: transporte coletivo, escola, posto de saúde, e por aí vai.

    Para finalizar meu comentário, eu pergunto: esta política de erradicação de favela consiste simplesmente em construir casas?

    Se sim, certamente será mais uma para o rol dos fracassos.

    Espero que minha previsão não se concretize. Abraço!

  2. alcides diz:

    Essa parceria vai incomodar um certo grupo politico da cidade. Quer apostar um peba gordo???

  3. Rui Nascimento diz:

    Como sempre você está atento às situações. É necessário observar a devida utilização do bem, para que o mesmo não sirva de moeda de negociação, os exemplos são muitos e escancarados desse tipo de procedimento, inclusive já ouvi relato de pessoas beneficiadas e que hoje padecem do mesmo problema, comum a pessoas mal intencionadas. Um fato a ser observado também é a localização das futuras moradias, muitas vezes totalmente opostas, digamos, ao “habitat” das pessoas envolvidas, o que serve de pretexto para quem já tem planejada a “barganha”.

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