Deu na Folha de São Paulo
Após receber, há dois meses, US$ 2,5 milhões (R$ 4,7 milhões) do governo americano, agora Miguel Nicolelis, 49 anos, professor paulistano da Universidade Duke, ganhou outros US$ 4 milhões (R$ 6,8 milhões).
A destinação do dinheiro, oferecido pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, são as pesquisas envolvendo o mal de Parkinson.
O cientista brasileiro, fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, trabalha no desenvolvimento de um dispositivo que, com estÃmulos elétricos na medula do paciente, restabelece habilidades motoras perdidas.
Já foram feitos vários testes com ratos, e os resultados foram animadores. A ideia é, no futuro, reverter as dificuldades de locomoção e os tremores tÃpicos do Parkinson com a técnica.
É necessário mostrar que é seguro aplicá-la em seres humanos, mas já se sabe que ela é muito menos invasiva do que os métodos tradicionais de tratamento, que envolvem medicação. Eles trazem, ainda, efeitos colaterais e baixas taxas de eficiência.
Nicolelis trabalha também no desenvolvimento de braços robóticos que poderiam ser movidos por sinais cerebrais -uma interface cérebro-máquina-, e quer que eles possam ser úteis no futuro para pessoas que não têm partes dos seus corpos.
Esses estudos estão chamando a atenção nos últimos anos, mesmo nas universidades e na imprensa americana, e por isso Nicolelis costuma ser citado como um potencial Nobel brasileiro.
Em geral, porém, o prêmio é concedido a trabalhos que já têm aplicação bastante consolidada, e os estudos de Nicolelis ainda não chegaram às clÃnicas.
Nota do Blog – IncrÃvel como aqui no Brasil e no Rio Grande do Norte, esse gênio continue sendo quase ignorado.
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