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sexta-feira - 02/08/2024 - 09:50h
Venezuela

EUA reconhecem vitória da oposição; Lula anda em círculos

Protestos já levaram milhares de pessoas à prisão, diz Maduro (Foto: Getty Images)

Protestos já levaram milhares de pessoas à prisão, diz Maduro (Foto: Getty Images)

Do Canal Meio e outras fontes

Um dia após o governo americano sinalizar que estava perdendo a paciência com a Venezuela, devido à demora na apresentação das atas de votação das eleições do último domingo, o secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou em comunicado que o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por Nicolás Maduro, “não representa a vontade do povo venezuelano.” Na mesma mensagem, parabenizou o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, “pelo sucesso de sua campanha”.

Os Estados Unidos, assim como o Brasil, não haviam reconhecido a reeleição de Maduro e cobravam a apresentação dos boletins eleitorais. No texto, Blinken afirma que a rápida declaração do CNE de que Maduro venceu o pleito com 51,2% dos votos não apresentou quaisquer provas. E destaca que a oposição, por outro lado, publicou mais de 80% das atas recebidas diretamente das assembleias de votação.

“Essas atas indicam que Edmundo González Urrutia recebeu o maior número de votos nesta eleição por uma margem intransponível. Observadores independentes corroboraram estes fatos e este resultado foi também apoiado pelas sondagens de boca de urna e pelas contagens rápidas no dia das eleições. Nos dias que se seguiram às eleições, consultamos amplamente parceiros e aliados em todo o mundo e, embora os países tenham adotado abordagens diferentes na resposta, nenhum concluiu que Nicolás Maduro recebeu o maior número de votos nestas eleições”, afirma Blinken. “Agora é a hora de as partes venezuelanas iniciarem discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral do país e os desejos do povo.” (Meio)

Prisões em massa

Maduro não dá qualquer sinal de recuo e disse já ter preparado dois presídios de segurança máxima para receber as mais de mil pessoas presas em protestos desde a madrugada do último domingo. “Temos mais de 1.200 capturados e estamos procurando mais 1.000 e vamos pegar todinhos porque eles foram treinados nos Estados Unidos, no Texas; na Colômbia, no Peru e no Chile”, afirmou. (Globo)

Pouco antes, os governos de Brasil, Colômbia e México divulgaram uma nota conjunta sobre as eleições na Venezuela. O texto cobra das autoridades eleitorais a apresentação dos dados da votação e sua verificação imparcial e defende que os questionamentos ocorram por “vias institucionais”. “Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”, diz o comunicado, que estava sendo discutido pelos três países desde segunda-feira e dependia de um alinhamento diplomático sobre pontos como a forma de cobrar a apresentação das atas de votação, mantendo o respeito à soberania da Venezuela. (Meio)

Antes de o texto conjunto ser divulgado, o presidente Lula conversou com seus colegas Manoel Lopez Obrador, do México, e Gustavo Petro, da Colômbia, sobre a crise eleitoral na Venezuela. E, mais cedo, Maduro pediu ao Palácio do Planalto uma conversa telefônica com Lula. Segundo a Presidência da República, não há previsão de um diálogo entre os dois. Caso ocorra, o telefonema será o primeiro contato direto Lula e Maduro desde o pleito do último domingo. (Meio e Estadão)

Em artigo publicado no Wall Street Journal, a líder da oposição venezuelana María Corina Machado afirma estar escondida e temer por sua vida. Ela reitera a derrota de Maduro, por 67% a 30%, e diz que sabia que ele fraudaria os resultados. “Nós, venezuelanos, cumprimos nosso dever. Votamos pela saída de Maduro. Agora, cabe à comunidade internacional decidir se tolera um governo comprovadamente ilegítimo. A repressão deve parar imediatamente, para que possa ser alcançado um acordo urgente que facilite a transição para a democracia”, escreve. (Wall Street Journal)

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Luiz Inácio LULA da Silva e o PT , claro, deveras andam em círculos, sendo o PT desde sua fundação e o LULA desde quando era Metalúrgico e Sindicalista que realmente lutava contra a Ditadura.

    Quem conhece um pouco de história e de sociologia política, bem sabe o que significa e o que deveras significou lutar contra a Ditadura, inclusive dos jornais da dita grande imprensa e dos venais Jornalistas do PIG, que conforme se verifica continuam mais que atuantes , tudo isso, o LULA e o PT, mais ainda sem fugir e (ou) arredar o pé do nosso país…!!!

    Nesse contexto, oportuno demarcar , que, não obstante andarem em círculos houve por vencer direta e indiretamente, cinco eleições Presidenciais, derrotando golpistas, oligarquias e oligarcas, inclusive da mídia, e todos os processos e interesses golpistas tão efetivamente vinculados à praxes e o modus operandi da direita e ultra direita Tupiniquim, que tem no jornalismo de opinião sua porção mais que hegemônica…!!!

    Aliás, que eu saiba, a terra é deveras redonda e não plana como muitos negacionista admitem…!!!

    Portanto, nada mais “lógico” que andarem em círculos…!!!

    Ainda assim, imagina se não andassem em círculos…!?!

    KKKKKKKKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  2. Heytor George diz:

    Ganhou, mas não levou, infelizmente, a Venezuela é um país soberano, muito embora seja uma ditadura, EUA, Brasil etc.. Mesmo não reconhecendo a vitória de Maduro, ele “caga’ para aqueles que são contrários a sua vitória, porém sofrerá sanções pesada, os Venezuelanos sofrem a décadas, deu nada, por nada, seis por meia dúzia.

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