Por Ney Lopes
Decidi ausentar-me na reta final da eleição de 2022, por razões pessoais, que prefiro omiti-las.
Continuo despretensiosamente emitindo minhas opiniões. com o lema e compromisso da “Informação com opinião”.
Apenas, o exercício do jornalismo de opinião independente.
Desde 19 de maio de 2011, o “blog do Ney Lopes” está na Internet, com postagens diárias.
Os internautas que nos seguem julgam a opinião emitida pelo editor sobre os “fatos do dia” e pessoas.
Aceitá-la, ou rejeitá-la, é um direito de cada um.
Não se pode negar, que o segundo turno das eleições presidenciais é o destaque do momento.
Igualmente importantes foram as decisões populares, já tomadas no primeiro turno, em todo os níveis.
Muita matéria para análises futuras.
Entretanto, volto com uma apreensão específica e que exige esclarecimentos urgentes.
Não me contenho em mencionar, com indignação, a recente entrevista concedida ao Flow Podcast pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ele anunciou mudanças previdenciárias para que o servidor público, independente da sua faixa salarial atual, se aposente com R$ 5.000 ou “pouco mais do que isso”.
Se a ideia virar realidade, a proposta autoriza que o funcionário contribua ao sistema previdenciário por um valor, mas receba menos de 20% do que pagou.
Além de exterminar a classe média, a sugestão conspira contra a meritocracia, ou seja, quem tem remuneração com base em qualificação pessoal será considerado fator que contribui para a desigualdade social.
Absurdo, injustiça, falta de sensibilidade social.
Os excessos devem ser cortados, mas o serviço público é essencial ao Brasil, sob pena da nação ser entregue exclusivamente aos interesses econômicos e as leis do mercado.
Enquanto é tempo, o presidente Bolsonaro precisa pronunciar-se e desautorizar a proposição, como ele sempre faz quando se propaga algo que possa atingir os interesses do empresariado.
Justiça se faça, Bolsonaro e as Forças Armadas, sempre destacam a importância e o valor do servidor, até porque todos eles são servidores.
O desmentido, portanto, não pode esperar.
Exige explicação urgente.
Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal
Esta idéia de criação de ium teto para todos os trabalhadores é antiga e mais cedo ou mais tarde vai vingar.
É só uma questão de tempo.
Quem quiser uma aposentadoria milionária, como hoje existe benegficiando determinados grupos, que contribua para a previdência privada. É simples.
Nada injusto se mantém para sempre. E a previdêmcia pública nos moldes atuais não vai se manter.
No Brasil inventou-se uma tal de MERITOCRACIA que só existe para os que exercem determinados cargos.
Não existe prédio ou ponte sem pedreiro. Trem não funciona sem maquinista e avião não voa sem mecãnico ter feito inspeção.
Alguém já ouviu falar em MERITOCRACIA para algum artifície? E quem faz a roda girar?
É justo um deputado ou senador, cercado de dezenas de assessores, muitos não resistindo ao canto da sereia, aposentar-se, após poucos anos de permanência no cargo, com salário integral enquanto o trabalhador é submetido a regras dacronianas que, através de uma média dos últimos salários, reduz a uma merreca o valor da sua aposentadoria?
Ministros, Desembargadores e demais membros do judiciário aposentam-se com salários integrais.
Os militares aposentam’se com salários integrais.
Está chegando a hora de uma só previdència pública para todos.
Passa da hora de se criar, também, um escalonamento salarial onde o maior salário não ultrapasse o menor em 10 vezes.
Quem quiser se livrar do escalonamento salarial a INICIATIVA PRIVADA está de braços aberos para receber a todos.
Saímos da escravidão e caminhamos a passos largos para a JUSTIÇA SOCIAL.
Ô Ney, senti vergonha alheia. Você escreve um bom texto, sofrível, para criticar o Guedes. Aí, no fim, se borra pra revelar-se bolsonarista e militarista. Saudade dos tempos de deputado baba ovo da ditadura? Era melhor ter continuado calado. Melhor do que galado.
Eu concordo com você plenamente. Esse senhor é outro que foi expulso da politica pelo voto .