Em seu blog o jornalista Cláudio Humberto conta hoje o que eu já sabia desde a semana passada – mas não contei atendendo a um pedido dela.
Estefânia Viveiros, a potiguar que até o ano passado presidia no Distrito Federal a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e que vinha liderando na capital da República o movimento para apear o governador José Roberto Arruda do poder, está circulando sob escolta de seguranças.
"Ela se sentiu ameaçada após circular a montagem grosseira de uma foto dela, retirada da revista da OAB, colada em uma imagem de Durval Barbosa, o delator do esquema. Ela denunciou a falsificação à Policia Federal" – escreve Claudio Humberto.
Vou além, já que o assunto vazou e portanto cessou o meu compromisso de silêncio. A foto em questão foi entregue a uma repórter do Correio Braziliense, principal jornal da corte, e só não foi publicada porque os editores tiveram o cuidado de checá-la com a própria Estefânia e também com Durval Barbosa, o autor das denúncias.
Estefânia, é claro, levou um susto com a falsificação grosseira. E Durval disse a um interlocutor confiável que não conhecia a ex-presidente da OAB-DF, nunca tinha estado com ela e a montagem fotográfica era clara.
Na Polícia Federal, onde esteve no final da semana passada em companhia de seu pai, o ex-deputado e hoje secretário de Planejamento de Natal, Augusto Viveiros (DEM), Estefânia não só comunicou o ocorrido e pediu proteção, como também solicitou oficialmente que se descubra o autor ou os autores da foto falsificada.
* Extraído do Blog "Brasília – Urgente" de Luís Fausto AQUI.
Nota do Blog – O que acontece em Brasília no caso Arruda é a prova, cabal, da distância entre o Brasil real e o Brasil de faz-de-conta.
Como um cidadão comum pode ser estimulado à denúncia, com a confiança plena na Justiça, se algo tão diáfano como a corrupção envolvendo o governador brasiliense, não tem sanção exemplar?
Denunciar e virar vítima como Estefânia, que pelo menos tem "as costas largas"?
Imagine o que não acontece nos rincões.
Em Mossoró sei o preço que eu e outras pessoas comuns pagam por não vivermos de joelhos para uma súcia, que se especializou em furtar a coisa pública e perseguir quem a contraria.
Mas este país ainda vai cumprir seu ideal.
Estefânia e outros tantos que descruzam os braços ajudam a formar consciência crítica e desmascarar esses quadrilheiros engravatados.
Pelo menos num ponto nossos “administradores” são eficientes. A rapidez com que demitiram o “amarelinho”, envolvido em suborno, foi, no mínimo, o máximo. Será porque ele não era “azulzinho”? Quanta hipocrisia! Só não entendo porque ainda não demitiram a prefeita, por incapacidade e ineficiência, claro.
Amigo Carlos Santos: Certa vez, o poeta perguntou: QUE PAÍS É ESSE. Pois é, Carlos, que país é esse, onde um agente de trânsito em Mossoró, flagrado cobrando propina para liberar veículo irregular, pede demissão do cargo(concursado), pela vergonha sofrida. Enquanto isso, em Brasília, Governador e Deputados Distritais, resistem a tudo e a todos, para se manterem nos cargos, depois de flagrados ensacando dinheiro vivo em tudo quanto é canto. De minha parte, não concordando com nenhum dos casos, mas, na obrigação de ter que optar, ficaria com o agente de trânsito, que findou sendo mais correto do que àqueles assaltantes graúdos de Brasília. Que país é esse, que país é esse…