Por trás da inusitada parceria do DEM com o governo para abortar a CPI da Petrobras, tucanos enxergam interesse específico do líder “demo” José Agripino Maia (RN).
Alegam que a investigação invevitavelmente esbarraria nos negócios da Comav (Comércio de Combustível para Aviação), empresa cujo sócio majoritário é o deputado Felipe Maia, filho do senador.
A Comav tem contratos com a BR Distribuidora para abastecer os aeroportos de Natal e Mossoró. A CPI também poderia bater nos negócios do empresário Sinval Moreira Dias, filiado ao DEM e sócio da família Maia.
Para completar, em 2010 a Comav terá de renovar seu contrato com a Petrobras.
Negócios
Em 2006, antes da renovação do contrato com a BR Distribuidora, Felipe Maia declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 3,9 milhões.
Nesse documento, o deputado avaliou sua cota na Comav em R$ 120 mil.
Eu não
Agripino nega que tenha interesse pessoal no caso. “É um absurdo. Felipe tem esse contrato há quase dez anos. Foi uma concorrência”, afirma o senador, para em seguida se voltar contra os tucanos: “Eu fui um dos primeiros a assinar a CPI. E o Arthur Virgílio concordou com o acordo [para adiar a instalação]. Por que será que ele foi desautorizado pelo PSDB?”.
* Extraído do jornal "A Folha de São Paulo".
Faça um Comentário