quarta-feira - 21/02/2024 - 23:46h
Tarcísio Maia

Governo não paga médicos e muda empresa terceirizada em hospital

O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) vive nesta quarta-feira (21) paralisação de médicos clínicos terceirizados. Eles prestam serviço ao Governo do Estado através da empresa Serviço de Assistência Médica e Ambulatorial Ltda. (SAMA) e aguardam pagamento de quatro meses de remuneração em atraso.

Os profissionais realizaram nova assembleia na segunda-feira (19) com o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED/RN), deliberando sobre a suspensão de atividades. O sindicato notificou a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) e a direção do Tarcísio Maia sobre o início do movimento. Segue sequência específica de descontinuidade de serviços por cada setor do hospital – Porta de Entrada, Núcleo Interno de Regulação, Enfermaria e Repouso – com os procedimentos sofrendo restrições. Somente os serviços de urgência e emergência estão garantidos.

“Semi-intensiva funciona nesse momento sem médico,” informou uma fonte médica do hospital, às 17h34, em conversa com o Blog Carlos Santos.

Nova empresa

Até o fim da tarde de hoje, o movimento tornava o HRTM um ambiente extremamente aflitivo. Compareceram  seis de nove profissionais que deveriam estar no plantão.

Paralelamente, a outra empresa contratada pelo governo, a Coopsaúde, começou a atuar sem que houvesse pagamento do atrasado com médicos da Sama. E também há questionamento quanto à capacidade técnica de seus profissionais substituírem os médicos que já atuavam no HRTM.

O Sinmed/RN pronunciou-se sobre o atraso e quanto à mudança feita pelo governo Fátima Bezerra (PT):  “Há uma grande preocupação da entidade e da categoria com o formato de substituição desses profissionais que já possuem anos de serviços prestados ao hospital, com a qualificação e competência exigidas pela complexidade dos serviços que serão subitamente substituídos por uma nova empresa, que não tem experiência nem profissionais suficientes que possam completar a escala de forma adequada a garantir a segurança da população que recorre aos serviços.”

O Conselho Regional de Medicina (CRM) também foi provocado para realizar fiscalização no HRTM. Em questão, justamente esses aspectos da “qualificação e competência exigidas.”

Veja também nesta postagem, vídeo acima com trecho de entrevista do presidente da Sinmed/RN, Geraldo Ferreira, ao programa 12 em Ponto, da 98 FM de Natal.

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Categoria(s): Administração Pública / Gerais / Saúde

Comentários

  1. barbosa Gomes diz:

    Que feio! O governo acha pouco o sofrimento dompovo de mossoró e região e agora resolve dar um calote? A gestão Fátima parece que está a deriva. O último que sair apague a luz.

  2. FÁBIO BEZERRA diz:

    Prezados,

    Um descaso e desmando mesmo com o trabalhador brasileiro essa FLEXIBILIZAÇÃO aprovada pelo STF dos serviços prestados por médicos e profissionais de saúde, em hospitais e clínicas, e nos governos estadual, municipal e da União, contratados por empresa terceirizada.
    Muito fácil. A empresa terceirizada intermedia a contratação dos médicos e profissionais de saúde, e num dado momento o hospital deixa de efetuar os pagamentos por algum motivo escuso. O hospital contrata outra empresa terceirizada para compor nova equipe médica e tudo fica por isso mesmo.

    E QUEM SÃO OS PREJUDICADOS???
    1.OS MÉDICOS QUE NÃO RCEBERAM POR MESES A REMUNERAÇÃO PELOS SERVIÇOS PRESTADOS, SOFRENDO O CALOTE DO HOSPITAL OU DA ENTIDADE GOVERNAMENTAL;
    2. A UNIÃO E O ESTADO QUE DEIXARAM DE RECOLHER DO HOSPITAL OS IMPOSTOS E TRIBUTOS DEVIDOS;
    3. A POPULAÇÃO PACIENTE QUE FICA A MERCÊ DE UMA GESTÃO IRRESPONSÁVEL, CALOTERIA E NÃO CONFIÁVEL PARA INVESTIR EM EQUIPAMENTOS, INSUMOS E MEDICAMENTOS PARA OS PACIENTES INTERNADOS.

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