Por Marcos Ferreira
Arte ilustrativa Adobe Stock
Apesar de alguns altos e baixos, minha saúde vai bem. Sim. De um modo geral, estou com a cabeça e o corpo em ordem. Existe a bateria diária de remédios, que não é das menores, contudo os efeitos colaterais são ínfimos diante do custo-benefício. Diversos são os motivos pelos quais me sinto grato e privilegiado. A Fome, por exemplo, largou do meu pé faz tempo, foi erradicada do meu viver. Hoje eu possuo casa própria, luz elétrica e água de boa qualidade em abundância.
Desde quando voltei a escrever, pouco antes da pandemia, as coisas só têm melhorado para mim. Aqui neste Blog Carlos Santos, justiça seja feita, reencontrei velhos amigos e adquiri a admiração e carinho de leitores que sequer conheço pessoalmente, como o escritor e delegado Inácio Rodrigues, aqui em Mossoró, e a pernambucana e bancária aposentada de Caruaru Bernadete Lino.
Pois é, surgiram novos amigos que acompanham meus escritos neste blogue e que se tornaram íntimos deste escriba e desta Casa Branca da Euclides Deocleciano. Sinto-me, repito, um privilegiado. Olho pelo retrovisor e vejo quantos apuros e privações ficaram para trás. Fisicamente falando, todavia, estou fora de forma, adquiri um sobrepeso de quase vinte quilos e assumo (por enquanto) minha condição de sedentário. A maior parte daquela cabeleira de algumas décadas pretéritas despencou e já não sou o palminho de rosto bonito de outrora. O tempo é iniludível.
No geral, torno a dizer, estou no lucro. Possuo entre estas paredes, debaixo deste teto que me abriga (além de outros bens materiais modestos) uma geladeira resiliente, fogão de quatro bocas, telefone celular, um velho computador, escrivaninha que ganhei no meu último aniversário, motocicleta, tevê moderna e uma rede de dormir. Pode parecer pouco para alguns, no entanto estou satisfeito.
Não, prezados leitores. Isto não é um espólio prematuro. Trata-se de uma espécie de prestação de contas ou um exercício de gratidão perante o Todo-Poderoso. Não pago nada pelo oxigênio que respiro. A Lua e o Sol não me cobram taxa de iluminação pública. As estrelas muito menos. Vivo em um recanto do mundo onde não há bombas e mísseis desabando sobre nossas cabeças. Não sofremos com enchentes, terremotos, furacões nem chuva ácida. O Brasil e Mossoró têm problemas, mas não é um deus nos acuda como esse que vemos na Palestina e Ucrânia. Longe disso.
Infelizmente, também seja dito, ainda existem muitos cidadãos desvalidos, crianças, adultos, idosos, mendigando nos semáforos, dormindo sob marquises, viadutos, em praças públicas e casas abandonadas. Eu, entretanto, por alguma benesse ou divina providência, vivo uma vida módica, porém digna.
Dá-me uma tristeza enorme quando me deparo com esses pobres coitados, indivíduos rifados no relento, invisíveis aos olhos dos gestores, dos governos, dos homens públicos, ignorados até mesmo pelo Criador. Por que será, oh, Deus?! O que terão feito de tão mau ou errado para viverem em semelhante lástima, curtindo fome e repelidos, tratados como leprosos sociais?! Então olho para mim e à minha volta, penso nos amigos que tenho e nos tostões que chegam às minhas mãos. Aí reflito, pondero e digo de mim para comigo o quanto sou feliz e bem-aventurado.
Aqui não há luxo, algo fácil de se constatar, mas quem me frequenta sabe que é bem-vindo. Toma-se um café escoteiro ou acompanhado das guloseimas que trazem Elias Epaminondas, Odemirton Filho, Rocha Neto, Marcos Araújo, entre outros que muito prezo e quero bem. Hoje é isso. O assunto é gratidão. Entrementes rogo que o Altíssimo se apiede de todos que se acham na miséria.
Marcos Ferreira é escritor
Alguém já disse que “a gratidão é a virtude das almas nobres”. É, sem dúvida. Somente homens e mulheres de bom coração sabem agradecer o dom da vida, o alimento, a roupa que vestem. Somente pessoas de bem praticam a reciprocidade, é coisa rara. O amigo, pra variar, escreveu um belo texto, trouxe à tona, sentimentos de uma alma superior, que sabe reconhecer o que a vida lhe deu, não importa se pouco ou muito. Estás bem de saúde, como dizes. Há riqueza maior? Decerto, não.
Um abraço, meu querido. Fique em paz, feliz e grato.
É isso, meu prezado amigo Odemirton. Creio mesmo, olhando a situação de tantos à minha volta, que vivo bem e que devo me sentir grato (e me sinto) diante do que hoje a vida me propicia. Grato, também, por sua mensagem de estímulo e carinho. Desejo tudo de bom para você, meu amigo, muita saúde e paz, principalmente. Abração.
Muito linda sua crônica; sempre o é , tudo o que você escreve. Aprendi a conhecê-lo, à distância, e acompanhar os seus altos e baixos. Todo mundo os tem! Às vezes consulto o nosso amigo comum, Joãozinho, quando você se ausenta um pouco. Ele gosta de você e eu sou grata ao mesmo por ter-me apresentado a você. Foi um presentão! A gente tem um carinho muito especial por sua pessoa. Muito me alegra e até envaidece, saber que minha amizade é importante para você! Gratidão! Você não tem dimensão de quanto seus textos são valiosos; sou grata pelos domingos que nos presenteia! A vida fica mais bonita quando a gente reconhece que é feliz! Lindo também é não ficar indiferente ao entorno: devemos denunciar as coisas ruins e aplaudir as boas. Vivemos num país que, apesar de alguns problemas, temos a felicidade de não sermos alvos de eventos naturais como terremotos, tsunamis, maremotos… com exceção de quem mora no Rio de Janeiro, onde há muitas mortes por balas perdidas e brigas por disputa de poder, estamos bem! Quando você coloca a questão do permitir de Deus, envolve algo muito profundo que eu não tenho argumentos para refutar. Contudo, existe uma lei de causa e efeito que cobra caro; não sei se está cobrando às pessoas certas. Mas nada é por acaso. “Há mais mistério entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia.” Grata por isso, também! A gente lê, reflete e se posiciona! Bom domingo! Você é especial
Querida amiga Bernadete Lino, muito obrigado por suas palavras sempre edificantes e motivadoras. Você, a exemplo de mim, conhece bem o outro lado da vida, um passado difícil que tivemos que superar para seguir no rumo de dias melhores. Assim aconteceu. Hoje, então, sinto-me profundamente grato pelo que a vida me deu até agora. Um grande beijo e uma ótima semana para você.
Amigo, feliz por sua reconciliação com Deus e que lhe seja dado o pão de cada dia. O mais é vaidade. Te quero bem.
Querida e inesquecível amiga Cristiane Reis, por onde você anda? Saudades. Dê notícias dos seus rumos. Quero recebê-la aqui em minha nova casa, meu novo ninho. Um grande beiro e um abraço forte.
Meu caro Marcos, nosso lar é cada vez mais o nosso refúgio! Vamos marcar nosso café! Tenho um café especial guardado para tomarmos aí !
Sim, meu prezado Bruno Ernesto. Já estou aqui curioso para provar desse seu café especial. Venha e convide nossos amigos, os quais são sempre bem-vindos a esta casa. Obrigado pelo carinho e incentivo. Forte abraço.
Olá, Marcos!
Boa tarde!
O reconhecimento na forma de gratidão,é sublime e a alegria resultante na alma é prazerosa!
Quanto ao merecimento de tantos, não podemos julgar. Afinal, a Lei da “causa e efeito “, funciona independente do nosso querer, embora esteja em consonância com os nossos atos.
Abraços
Querida Vanda Maria Jacinto, fico feliz em poder contar com sua leitura e palavras sempre motivadoras. Muitíssimo obrigado. Desejo uma ótima semana para você e Jacinto. Abraços.
Obrigada por lembrar-m.
Um abraçaço
Prezado amigo Amorim, saudades de sua presença iluminada, benigna. Encontre um tempinho na sua agenda e venha para tomarmos um cafezinho. Abração.
NOTA DO BLOG – Me dê carona, Amorim. Levo bolachas do Sinval.
Câmbio
Amém
Amém, prezado Ayala Gurgel.
Forte abraço.
Querido amigo Marcos Ferreira, o seu texto é um roteiro de sua simplicidade existencial.
Dizia Thomas Fuller que homem nenhum pode ser feliz sem um amigo. Os autores sagrados colocaram na Bíblia que aquele que encontrou um amigo, encontrou um tesouro.
Gratidão a você pela sua amizade.
Morgentern escreve sobre dois irmãos, a gratidão e o amor. “A gratidão é amor suave, mas constante. Quem atravessa a vida como amante, será também sempre um agradecedor”.
FORTE ABRAÇO!
Estimado amigo e xará Marcos Araújo, fico sempre honrado e lisonjeado com sua leitura e comentários acerca destes meus escritos. Muito obrigado. Desejo tudo de bom para você e sua família, especialmente ao botafoguense João. Forte abraço.
Abordando a temática, em meus contumazes bate-papos, cunhei uma frase nos seguintes termos: É NA INGRATIDÃO QUE RESIDE O GOSTO MAIS AMARGO DA VIDA. Entendo que nunca se deve cobrar gratidão, uma vez que é um sentimento espontâneo, oriundo do âmago dos espíritos nobres. Dito.
Meu xará Marcos Pinto, saudações. Perfeito o seu ponto de vista sobre ingratidão e gratidão. Um forte abraço e uma semana com muita saúde e paz para você, meu querido. Abração.
É isso. A vida se resume, na maioria das vezes, na simplicidade de quem encontrou o equilíbrio. Você, amigo, parece-me, encontrou.
“Não é a alegria que nos torna gratos, é a agratidão que nos deixa alegres…”
Abraços poeta e escritor, Marcos Ferreira.