Do portal G1 RN
O portal G1 RN traz reportagem especial hoje, com bastidores e gravações exclusivas que fazem parte da “Operação Dama de Espadas”, deflagrada ano passado, que mergulha nos intramuros da Assembleia Legislativa, atestando desvios de cerca de R$ 5,5 milhões, tendo a então procuradora desse poder, Rita das Mercês Reinaldo, como principal implicada.
O Blog Carlos Santos fatia essas reportagem do G1 RN, para poder melhor distribuir informações e facilitar compreensão dos fatos, por farte do webleitor.
Vamos à primeira parte.
Uma interceptação telefônica feita pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte revela que o governador do Estado, Robinson Faria (PSD), buscou informações sobre a investigação que resultou na operação Dama de Espadas. O áudio, feito com autorização judicial, foi captado em agosto de 2014, quando Robinson ainda era candidato ao governo, na reta final da campanha eleitoral.

Governador Robinson Faria durante o discurso de posse, em janeiro de 2015 (Foto: Gabriela Freire/G1)
Ele conversa com a então procuradora-geral da Assembleia Legislativa, Rita das Mercês Reinaldo, uma das acusadas presas na operação do MP que apura o suposto desvio de R$ 5,5 milhões da Casa. A interceptação foi obtida com exclusividade pelo G1.
O telefone de Rita das Mercês estava grampeado por decisão judicial. Ela é investigada por suspeita de envolvimento em fraudes ocorridas na Assembleia Legislativa, que acabaram levando o MP a deflagrar a operação Dama de Espadas.
Às 16h17 de 26 de agosto, Robinson ligou para Rita, então procuradora-geral da Assembleia, e a questionou sobre o fato de algumas pessoas que trabalhavam lá estarem sendo intimadas para depôr ao MP.(Ouça ao lado a íntegra da interceptação da ligação entre Robinson Faria e Rita das Mercês)
ROBINSON – (…) O que é que você está achando disso ai? É o que?
RITA – É. A gente tá trabalhando, né? O presidente tá trabalhando. Já trabalhou já hoje, certo?
O “trabalho” citado na conversa entre Robinson e Rita seria uma conversa entre Ricardo Motta e o procurador-geral de Justiça do RN, Rinaldo Reis. Na manhã do mesmo dia 26 de agosto, Rita teria participado de uma reunião entre Ricardo e Rinaldo na Assembleia Legislativa.
RITA – (…) Eu dei a entender hoje na hora da reunião lá que não era interessante pra ele lá, porque agora um negócio que está para prescrever, né? (…) Ele disse: ‘vou procurar me inteirar e tal’. Eu disse: ‘inclusive você viu, você estava na minha sala semana passada quando chegou e eu mostrei e tal’. Aí ele disse: ‘Não. Eu vou procurar me inteirar e tal. Não é o momento. Vou reunir com o pessoal. Vou conversar, porque não é o momento. Vou conversar’.
Robinson Faria foi presidente da Assembleia entre 2003 e 2010. Durante este período, Rita, que já era procuradora-geral, manteve-se no mesmo cargo. Em outro trecho da conversa, ele perguntou à Rita das Mercês sobre qual época seria a investigação do Ministério Público.
ROBINSON – (…) É avulso? Ou é de um período só, ou uma certa época?
RITA – Avulso. Avulso.
ROBINSON – Tem atual e atrasado ou de época só? Ou certa época?
RITA – Tem só atrasado, só de atrasado. Tem gente já exonerado, entendeu? Tem gente efetivo. Tem aposentado, sabe? Fizeram uma miscelânea lá.
A operação Dama de Espadas foi deflagrada um ano após as interceptações, em 20 de agosto de 2015, e prendeu Rita das Mercês e a assessora dela, Ana Paula Macedo de Moura. As duas foram soltas três dias depois, por decisão do Tribunal de Justiça. A ação investiga um suposto esquema de desvios de recurso na Assembleia Legislativa do RN. Segundo o MP, os envolvidos utilizavam cheques salários como forma de desviar recursos em benefício próprio ou de terceiros. Os cheques eram sacados, em sua maioria, pelos investigados ou por terceiros não beneficiários, e o esquema contava com apoio de funcionários do banco que mantém contrato com a Assembleia. Em dezembro passado, o Tribunal de Justiça determinou a remessa dos autos do processo para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em outro trecho da conversa interceptada, Rita
das Mercês reforça a Robinson Faria que seria difícil o MP prosseguir com a investigação ou deflagrar uma operação em 2014. Ela volta a citar a reunião entre Ricardo Motta e Rinaldo Reis.

Rita Mercês foi presa em agosto de 2015, mas está solta (Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi)
RITA – (…) Como o presidente colocou, ia ficar mal para a própria instituição, né?
ROBINSON – Sim.
RITA – Ser usada pra isso…
ROBINSON – E… e não pode fazer nada à revelia do chefe, do diretor?
RITA – É, ele disse que ia conversar e tal, que eles têm independência. Mas eu acho que ele tem um pouco de influência.
ROBINSON – Tem, tem. Ele é de lá.
RITA – Ele é de lá. (…) Eu acho que ele tem um pouco de influência.
A conversa entre Robinson e Rita, que dura quase 10 minutos, é concluída com ele dando a certeza que seria eleito governador do Rio Grande do Norte.
ROBINSON – Vamos ver, né? E a outra parte aqui vai dar certo, viu?
RITA – Vai dar certo! Se Deus quiser.
ROBINSON – Vai dar certo, vamos ganhar, viu?
RITA – Vamos embora, vamos ganhar. E outra coisa: eu não quero mais ficar na Assembleia não (risos).
ROBINSON – (Risos) Vamos comigo, eu vou tirar você dai.
Após a operação Dama de Espadas, Rita das Mercês foi exonerada do cargo de procuradora-geral da Assembleia Legislativa e atualmente está proibida de entrar no local.
Veja adiante, a segunda parte da reportagem.
E essa Rita!
Três diazinho presa, é bom demais meter a mão no dinheiro público. O processo foi lá para as bandas de Brasília e lá mofará.
Estão com os rabos presos com a justiça, ela e o filho. Eita familiazinha pra gostar de roubar. Vôtis!
Mesmo assim, vale a pena roubar em um país cuja impunidade se aproxima do zero.
”Ritinha, não se preocupe”:
♫ Eu vou tirar você desse lugar
♫ Eu vou levar você para ”TRABALHAR” comigo
♫ Não interessa o que os outros vão pensar
♫ Eu sei que você tem medo de não dar certo
♫ Pensa que a ”ASSEMBLEIA” vai estar sempre perto
♫ E que um dia eu posso me arrepender
♫ Eu quero que você não pense em nada triste
♫ Pois quando o ”DINHEIRO” existe
♫ Não existe tempo pra sofrer
♫ Eu vou tirar você desse lugar
♫ Eu vou levar você para ”TRABALHAR” comigo
♫ Não interessa o que os outros vão pensar
Ah, uma delação premiada…
O secretário de “um poço só”, a ficha caiu.
Que anjinhos. Como diz o meu amigo: RN de muita sorte. Queria ver essa gente nas maos dos talabanés.
Pobre povo do RN: É como nadar num rio infestados de piranhas. Ou num mar habitados por tubarões.
Estranho um candidato que estava longe do primeiro colocado , afirmar que iria ganhar em uma gravação onde tem um escãndalo one ele foi Presidente da Assembléia
Fico meio intrigado com o excesso de termos como: “suspeitos, “supostos”, etc., nessas reportagens, o que é FATO no final das contas?
NOTA DO BLOG – Bom dia.
Do ponto de vista legal, do Direito, até condenação transitado em julgado (sem mais qualquer recurso), o sujeito é inocente.
É tratado como réu a partir de um processo formal, se for o caso.
Suspeito, quando não se materializa nada contra, mas existem indícios.
Simplificadamente é isso.
Abraços
Mais estranho ainda é o elemento ser preso em flagrante, câmeras de segurança confirmam o delito mostrando a cara do elemento, testemunhas oculares, idem, e pasmem, o elemento confessa ser o autor e a imprensa ainda o taxa de ”suspeito”.
De vez em quando me deparo com essa situação ridícula, ao visitar os blog’s policiais.
Isso significa dizer que, as leis fajutas e capengas (do tempo do ronca KKK), dão todo amparo legal aos bandidos até minutos antes da condenação.
Ridículo.
Explicação perfeita, Jornalista Carlos Santos. Temos também, antes de réu, o suspeito…o acusado. Réu, mesmo, como você disse, só após a Denúncia do MP.
Estou impressionada com João Cláudio. Conheço várias fadas…a dos dentes…a madrinha, até a fada brasileira. Uma delas tocou em João Claudio e tornou-o compositor . E bom. Coisas de 2016?
Este governador-zinho nunca me enganou. Essa é apenas uma conversa de compadre e comadre, inocentes.