Toda campanha polÃtico-eleitoral tem vida própria, marcas próprias, metabolismo próprio. Seu espÃrito, o ‘espÃrito do seu tempo’. São jingles, cores, retóricas, novos e velhos personagens, promessas antigas com roupagem recauchutada, incidentes naturais e fatos fabricados, além de lugares-comuns que nunca saem de moda e da boca dos polÃticos, como o substantivo masculino “povo”.
Mas, também, são disputas que ao desfiarmos sua cronologia identificamos um ponto, aquele momento onde o resultado começou a ser gerado, para ser parido nas urnas.
No caso da eleição do então candidato à Prefeitura de Mossoró, servidor público federal, engenheiro e deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade), 28 anos em 2020, poucos têm dúvidas – entre especialistas e leigos que viveram esse certame polÃtico tão próximo – que o debate TCM-Telecom foi o divisor de águas (veja AQUI). Foi o start, a centelha propulsora de sua vitória contra a “imbatÃvel” prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Até então, uma “inderrotável” nas lutas paroquiais em Mossoró.
Hoje, sexta-feira, 22 de outubro de 2021, faz exatamente um ano desse acontecimento jornalÃstico e polÃtico promovido pelo grupo administrador da TV Cabo Mossoró (TCM-Telecom). Os seus desdobramentos foram vesuvianos. Paulatinamente soterraram a ‘vitória certa’ do rosalbismo e agregados. Em dois momentos desse duelo de vozes, gestuais, argumentos e do marketing eleitoral, Allyson foi capaz de tirar completamente do jogo quem ainda tentava polarizar com a prefeita, a ex-prefeita Cláudia Regina (DEM), e deixar cambaleante a própria Rosalba.
Mediado pelo jornalista Moisés Albuquerque, o debate começou de forma surpreendente, após apresentação pessoal de cada um dos seis debatedores-candidatos a prefeito. Cláudia Regina, com rosto cerrado, olhos vÃtreos na direção de Allyson Bezerra, foi para o ataque sob instrução de uma “cola” (pergunta por escrito) no púlpito onde estava.
Na ânsia de associar o adversário à imagem do ex-prefeito Francisco José Júnior, julgando-o como um jovem despreparado e produto de marketing virtual cosmético, cópia de “Silveirinha” (citou depreciativamente), Cláudia acabou desfigurada por ele (veja vÃdeo mais abaixo). A partir daÃ, vagou sem prumo e rumo. Os dias seguintes, até as eleições de 15 de novembro (24 dias depois), a rebaixaram à quarta colocação em votos.
Momento decisivo
O debate de quase 3 horas estava próximo do fim, quando Rosalba soltou um comentário que soou a deboche. Tratou o deputado nascido no SÃtio Chafariz, zona rural do municÃpio, como “pobrezinho”. Balbuciava explicações sobre cerca de R$ 12 milhões desviados (segundo denúncias processuais que a envolvem) do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, quando se atreveu à zombaria inconsequente.
Loquaz, de raciocÃnio ágil e inteligência polÃtica, Allyson deixou a adversária grogue ao definir aquela postura como uma visão “preconceituosa”, mexendo com o inconsciente de milhares de pessoas.
Mesmo antes do fim do debate, a provocação da “Rosa” foi transformada em combustÃvel para a arrancada dele. Allyson Bezerra virou o “Menino pobrezinho”, com trechos do debate e jingles popularizando o episódio nas redes sociais (mais de 400 mil visualizações em várias plataformas como no Instagram – veja AQUI – em poucos dias) e ruas. A virada começou ali.
Bastidores
Rosalba precisava ir ao debate? Uma corrente de integrantes da cúpula de sua campanha entendia que não. E tinham até a justificativa prontinha e arrumada. A prefeita teria sofrido um mal-estar no dia anterior (21 de outubro) e foi internada no Hospital Wilson Rosado (HWR) – veja AQUI. Até horas antes do programa havia a dúvida: ela vai ou não vai?
Metendo a mão com força numa mesa que era rodeada por integrantes do grupo rosalbista/campanha, Cadu Ciarlini – filho da candidata e dublê de marqueteiro – deixou claro quem mandava. “Ela vai!”
Quando a mãe-candidata disparou a asneira do fim do debate, Cadu baixou e apertou a cabeça com as mãos, acusando o golpe numa sala próxima do estúdio, na TCM-Telecom. Desde então, a campanha foi descendo a ribanceira até se precipitar à derrota histórica. Nem mesmo a importação de pessoal de marketing, como o consagrado marqueteiro Raimundo Luedy, nos últimos dias, ressuscitou a candidatura cadavérica e insepulta de Rosalba.
Comemoração e arrancada
A reação da retaguarda de assessoria e marketing de Allyson Bezerra foi inversamente proporcional. O clima foi de euforia. Sentia-se que prefeita tinha dado o ‘mote’ para o restante da campanha.
Na preparação do candidato ao debate, por longas horas, discutindo os mais variados temas e estratégias (ataque e defesa), inclusive sob a hipótese de ausência da prefeita, em momento algum ninguém poderia imaginar tamanho escorregão da favorita. Nem o candidato. Contudo, ele não deixou passar.
Desde então, paralelamente atraiu a atenção de grande margem de indecisos, além de galvanizar centenas e milhares de potenciais eleitores de Cláudia e da deputada Isolda Dantas (PT). Ambas, a propósito, terminaram como forças-auxiliares de Rosalba, promovendo campanhas anti-Allyson no rádio-TV, redes sociais e ruas. As urnas deram seu veredito (veja AQUI).
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O ditado já diz: o silêncio vale ouro, sempre! As duas derrotadas pagaram pela soberba e pela lÃngua ferina delas; e o bruxo ou o mago de Mossoró não deu conta do recado ! Elas nunca mais ascenderam na polÃtica do RN.
Agora é Deus no comando, sacundido esse menino para avançar cada vez mais, pois só depende de Deus e ele para usar sua honestidade e ajudar os mais carentes. avante prefeito e conte com Deus e o povo.kkkkk
Só foi necessário 02 minutos de verdade pra destruir 30 anos de conversa mole . A verdade é soberana .
Nunca foi uma vitória histórica. Apenas a combinação de uma população cansada de ser governada pelos rosados. Aliado a uma boa quantidade de secretários preguiçosos e presunçosos achando que iria passar 8 anos no poder. Se não mudar na raiz.. tudo está fadado a permanecer na mesmice. Fato!
Analisando-se com a exata precisão, existiram vários fatores convergentes para a fantástica ascensão da candidatura do jovem candidato Alyson. Em primeiro plano, aparecia com acentuado destaque na visão popular o fato do jovem candidato ter nascido e criado na zona rural, vivendo a difÃcil e cruenta realidade do homem do Campo, entregue a agricultura de subsistência sempre acordada pelo flagelo das frequentes secas. Este cenário foi evocado intensamente durante toda a campanha eleitoral. De imediato vinha à memória do humilde eleitor da cidade as imagens dos seus pais e avós com raizes e origens na zona rural, geralmente habitando modesta casa de taipa coberta com folhas da carnaúba, espécie de palmeira caracterÃstica da caatinga nordestina. Neste cenário evocativo, associava-se a existência de um esquálido casal de caprinos para suprir com leite a gurizada que aumentava todos os anos, na proporção do humilde rebanho. O fato da Rosalba Rosadus ter humilhado o jovem candidato rurÃcola com o referencial MENINO POBREZINHO fez surgir uma espécie de vindita popular, baseada no princÃpio bÃblico largamente amalgamado no povo cristão, de que OS HUMILHADOS SERÃO EXALTADOS. Em segundo plano apareceram as detestáveis posturas e composturas das candidatas Cláudia Regina e Isolda Dantas, que em seus discursos atacavam vorazmente e unicamente O MENINO POBREZINHO, sem sequer apreciarem e destacarem a fracassada Gestalt da ROSADUS, passando para o povo a impressão de que estavam à serviço da prefeita-candidata à reeleição. Tais reprováveis condutas as conduziu a retumbante fracasso eleitoral, com obtenção de pÃfias votações. O certo é que, em apenas 10 meses de gestão do MENINO POBREZINHO, observa-se notável crescimento de obras estruturantes, com aplicação recursal orçamentária sob a rubrica da probidade e imprescindÃvel transparência. Descortinam-se, assim, novos horizontes do progresso há décadas emperrados pela oligárquica famÃlia numerada ROSADUS. Habemus Prefeito !.
Outro fator de preponderante convergência popular reside no fato do carismático companheiro de chapa popularmente conhecido como FEENANDINHO DAS PADARIAS, referencial atrelado ao fato de ser comerciante no tamo de produtos de panificação. Sua vastÃssima popularidade contribuiu decisivamente para a Vitória do MENINO POBREZINHO, configurando, assim uma dupla perfeita em interatividade popular. O acolhimento popular evidenciava-se e crescia nos corações das classes sociais mais humildes. O não menos carismático Fernandinho foi um incansável e abnegado construtor da Vitória, desde o alicerce, amalgamado com o cimento da larga identidade popular, caracterÃstica siamesa com o perfil do MENINO POBREZINHO. Sonharam juntos, lutaram juntos, construÃram a suada Vitória juntos. Colocaram os tijolos das reconhecidas e admiráveis probidades pessoais no arcabouço de um futuro promissor e alvissareiro para a cidade e o municÃpio de Mossoró. Juntos a exercerem o árduo ofÃcio de construtores de uma sociedade justa e fraterna aos anseios populares. Habemus Catedral do futuro !.
Eu concordo com você, o povo queria dar uma lição ao casal real que hoje está derrotado, e nenhum secretário tinha autonomia administrativa na PMM, tudo tinha que passar pelos olhos de Ravengar.