Nessa semana, por cerca de quatro dias, o empresário Haroldo Azevedo, 71, desbravou o sertão que ele conhece bem. De origem familiar que remonta à primeira metade do século passado, em Jardim do Seridó, com o patriarca Alinio Cunha de Azevedo (1919-2003)/Hélia Cavalcanti de Azevedo (1925-2017), ele resolveu conversar e assuntar as coisas desse interiozão.
O foco foi a região Oeste e também o Vale do Açu, com passagens por Mossoró, Assu, Apodi e Pau dos Ferros, em contatos políticos e com a imprensa. Nome de peso no setor da construção civil, comunicação e outros negócios, Haroldo também conversou com a gente, o Blog Carlos Santos. Sobre o quê? Política.
Ex-suplente do ex-senador Geraldo Melo (PSDB), um amigo que o tem como irmão, ele pensa seriamente em participar da campanha eleitoral do próximo. Como candidato, que fique claro. E em nosso bate-papo, Haroldo não fica apegado a rodeios com as palavras nem faz firulas para despistes. Veja abaixo nosso bate-papo:
BCS – O senhor tem percorrido regiões diversas do estado, agora em especial o Oeste, em contatos políticos, falando à imprensa. São os primeiros passos a uma postulação em 2022?
Haroldo Azevedo – Sim. Com meus negócios consolidados e com os filhos à frente das atividades, julgo-me na obrigação de ajudar o povo do meu estado e do meu país, oferecendo o que tenho de mais precioso, que é minha força de trabalho e conduta ética e moral, que permearam toda minha vida. Trabalhei a vida inteira com jornadas de até 16 horas diárias, construído assim um legado. Agora, sinto que chegou a hora de ajudar o meu próximo. De agradecer a Deus pelo que ele me proporcionou. E digo isso do fundo do coração. O Brasil precisa da união de todos. Fora dos propósitos da direita, esquerda, tampouco do centrão. Além da grave crise social e econômica que atravessa o planeta, essa terrível pandemia veio para abalar a humanidade. Temos que nos unir para sobreviver e iniciar um novo ciclo de vida e prosperidade.
BCS – O senhor foi suplente do então senador Geraldo Melo. Mas, na prática, tem toda uma vida voltada à atividade empresarial. Por que agora a política passa a estar na ordem do dia de sua vida. Não é uma questão apenas de ‘sobrar tempo agora’, convenhamos?
Haroldo Azevedo – Como já afirmei, com as atividades empresariais do grupo conduzidas pelos filhos, gostaria de dedicar meu tempo à causa pública, de ajudar ao meu povo, principalmente os mais necessitados. A classe empresarial precisa contribuir para uma gestão pública correta. Braços cruzados nunca fizeram parte da minha biografia. Precisamos promover mudanças, de eleitorais a tributárias. Essas reformas são essenciais. Temos que ter tolerância zero para com a criminalidade e corrupção. Priorizar a educação. Eleger pessoas sérias, comprometidas com a causa pública. Necessitamos mais que tudo, de profundas reformas para que nos tornemos uma grande nação!
BCS – Uma eventual disputa ao Senado em 2022, caso vingue um projeto dessa natureza, o faz acreditar em capacidade de aglutinar forças de centro e de direita, por exemplo, em torno do seu nome?
Haroldo Azevedo – O meu candidato ao Senado é Geraldo Melo. Homem público competente, sério, probo, de uma inteligência e memória privilegiadas, e que tem muito a contribuir com nossa nação. Um dos poucos políticos de mãos limpas.
BCS – Nomes tradicionais da política do RN foram derrotados nas eleições de 2018, como Garibaldi Alves, José Agripino, Carlos Eduardo Alves e Geraldo Melo. O senhor pode se apresentar como uma novidade, ou não tem medo de ser tratado apenas como o mais do mesmo?
Haroldo Azevedo – Com certeza, não tenciono ser um a mais. Daí, por não ser um nome público muito conhecido, estar partindo cedo, respeitando as regras eleitorais e até mesmo os necessários protocolos de segurança devido à Covid-19. Acho que em 2018, salvo algumas poucas exceções, nosso eleitorado não foi feliz na escolha dos nossos representantes no Congresso Nacional. Eles não têm desenvolvido um bom trabalho e são nomes com atuação pífia. Isso é público e notório.
BCS – Ouço nos intramuros da política potiguar, que o senhor poderá ser um nome ao Senado, mas com apoio da governadora Fátima Bezerra. Faz sentido?
Haroldo Azevedo – Em política tudo é possível, desde que seja para o bem público. Nosso estado está numa situação tão difícil, que só existe salvação com a união de todos, independente até das ideologias politicas. Sinto-me preparado para disputar qualquer cargo majoritário. Até pela carência de grande de nomes da chamadas ficha limpa. Ademais, administrar é usar bem os recursos públicos e promover o desenvolvimento, com foco na geração de empregos e renda.
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Amigo, parabéns pela entrevista, com certeza teremos este grande nome pra uma nova esperança nos meandros da política do nosso estado.
Já havia de minha parte uma observação permanente inerente ao sonho do entrevistado, sempre comentei com Ilana Albuquerque, que trabalha com o Dr Haroldo, o possível quadro que agora começa a ser desenhado e definido.
Entao, é só esperar as águas fluirem por debaixo da ponte.