Diz a máxima do futebol que quem não faz, leva. O dito também se aplica à política, na qual omissão é pecado capital.

E é devido à omissão que os inquilinos do Palácio da Resistência estão comendo mosca, mais uma vez. Não deram a devida importância à instalação de câmeras de segurança em Mossoró. Ao contrário do Governo do Estado, que ontem anunciou o equipamento para a cidade.

Mas não por falta de aviso.

Desde o começo de 2009 que a vereadora Niná Rebouças (DEM) alerta para a medida. Fez o que podia: apresentou proposição na Câmara e articulou audiência na Prefeitura, para esmiuçar a proposta.

Foi recebida com uma comitiva de outros vereadores pela prefeita Fátima Rosado (DEM), no Palácio da Resistência, em 2009. "Fafá" prometeu instalar as câmeras, mas não o fez. Tadinha. Talvez nem pudesse fazer tal promessa, haja vista que não é prefeita de fato.

Depois, a prefeitura sequer respondia aos ofícios da vereadora sobre o andamento do projeto. E olha que Niná Rebouças é da bancada governista, com razoável margem de autonomia e do mesmo círculo social da prefeita de direito.

A omissão custou caro. O Governo do Estado surpreendeu e anunciou o sistema monitoramento, ontem.

Tudo bem que segurança pública é de responsabilidade do governo. Mas a prefeitura bem que poderia ter tentado, no mínimo, parceria para viabilizar o pleito. Criou uma secretaria (Defesa Social) para isso. Mas não o fez.

O Palácio da Resistência fica no prejuízo. Ganham o governador Iberê Ferreira (PSB)e a vereadora Niná Rebouças. E Mossoró, claro.

É bom salientarmos que o monitoramento por câmeras, 24h por dia em pontos estratégicos do centro urbano de Mossoró, não resolve o problema da insegurança pública e da violência. Porém certamente ajuda, atenua e contribui.

Pior não pode ficar.

A patota não é do ramo. Só fecha a porta depois de roubadas.