Por François Silvestre
A idolatria é a superação individual do fanatismo. A necessidade de transferir para o ídolo todas as frustrações, deficiências e carências. E nessa transferência, o idólatra se purga. É uma catarse de purificação.
Um passeio pelo purgatório.
É do nosso tempo? Não, não. É de todos os tempos.
A idolatria sustenta o déspota, e o iconoclasta quebra o mito.
Quando esse fenômeno, conhecido de tempos da incultura mais vertical, da mais brutal dominação das mentes, seja nos templos do paganismo ou nos mosteiros cristãos, na violência mais inominável da intolerância, da cobrança que exige a abolição do pensamento livre ou individual, aí você vai encontrar a idolatria nas suas mais variadas formas.
E quem se opuser será o iconoclasta a ser expurgado.
Exemplificar enfraquece a força abstrata do pensamento filosófico.
Por isso, em respeito a este texto, não exemplifico.
Taí o Brasil.
François Silvestre é escritor
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Quis passar para os meus netos. Difícil, mesmo trocando as palavras. A dificuldade está no meu momento de decepção, quando a vida humana é muito menos importante do que o Poder.
Não sei se gosto mais de sua escrita ou do seu pensamento. Parabéns!
“A bajulação é a moeda falsa que só circula por causa da vaidade humana” (La Rochefoucauld).
Os historicidas nunca terão leitura crítica. No Painel GloboNews, sob o comando de Renata Loprete, o sujeito ex-procurador “compliance” Carlos Fernando, conhecedor dos meandros das operações antirrepublicanas desde o Banestado (ele sabe), agora, com sua mais lavada cara de pau, admite que a Operação Lava Jato tinha “lado”, tinha candidato, e era bolsonarista. Ora, ora, ora. E o medo era que o candidato da esquerda tentasse obstruir a famigerada operação. Ora, ora. E, pasmem, a ousadia do sujeito é tanta, que ele disse que era pra ser assim, porque no Brasil se está entre o capeta e o demônio. Mas agora, parece que ele percebeu que o demônio, ou o capeta, é o ser que ocupa hoje a presidência da República e que quer interferir na PF. Mas quando foi que o “outro lado” quis interferir se havia anos que a Operação existia? O sujeito vem corroborar a frase do Dr. Conje que admitiu que os governos de esquerda não interferiam na PF. Ora, ora, ora. Juntem, ignorantes, lé com cré.