O bispo diocesano Dom Mariano Manzana vai dar entrevista coletiva no próximo dia 2 (9sexta-feira), às 10h, no Centro de Radioterapia de Mossoró, no bairro Abolição III.
Ele abrirá oficialmente a Campanha da Fraternidade promovida pela Igreja Católica do Brasil.
Este ano, o tema é por demais apropriado à realidade de Mossoró: “Fraternidade e Saúde e Pública”.
Nota do Blog – Mossoró, que se jacta de ser “A metrópole do futuro” condena o amanhã agora, no presente.
A saúde pública é um caos. Até com dinheiro é difÃcil ter atendimento médico-hospitalar adequado.
Durante vários dias, gestantes tiveram que ser transportadas para Russas-CE e até Natal, já que em Mossoró era impossÃvel se fazer um simples parto.
Não temos uma UTI PediatrÃca disponÃvel e a UTI Neonatal tem leitos insuficientes.
Pessoas com fraturas à s vezes ficam meses esperando meios para cirurgia reparadora, por falta de profissionais disponÃveis ao serviço.
Faltam remédios básicos e para tratamentos especiais no serviço público.
E somos a Metrópole do Futuro.
RisÃvel, apesar de trágico.
Caro Carlos,
Já que a campanha da fraternidade é sobre a saúde pública brasileira, vamos falar sobre Mossoró que poderá ter 4 faculdades de medicina (UERN, UFERSA, UNP e FAMENE) sem ter um único hospital público decente. Vamos começar com relação aos professores: quantos médicos com mestrado existem na região para compor os quadros dessas faculdades? O mercado comporta tamanho número de profissionais? Onde esses alunos irão aprender na prática, em que hospital? Hospital escola tem que ser preparado para tal, com infraestrutura e quadro docente compatÃvel. Recife (polo médico do nordeste), com quase 2 milhões de habitantes possui apenas 3 faculdades de medicina e tem muita dificuldade de encontrar profissionais para o exercÃcio do magistério médico. E com relação à residência médica, que programas serão feitos? Essa primeira turma concluinte de medicina da UERN tem que fazer residência fora de Mossoró por que a cidade não possui nem hospital público adequado. Que tipo de profissionais sairão dessas faculdades? Que formação terão? Li nota na coluna de César Santos afirmando que o anti-projeto para inclusão do curso de medicina da UFERSA foi elaborado por professores do departamento de CIÊNCIAS ANIMAIS. Preciso dizer mais alguma coisa?