Acompanhei algumas mobilizações políticas à semana passada. Do governismo à oposição.
No contato com populares, militantes políticos, áulicos e lideranças, o comum foi ouvir uma pergunta: "O que você está achando da campanha?"
Nas conversas informais, através de e-mails ou mesmo com uso de telefones, a indagação é repetida ao infinito.
Vamos lá.
Que campanha? Na prática, temos ainda movimentações esparsas, ações pontuais, além de uso ostensivo – e de pouca criatividade – das mídias convencional e virtual.
A olho nu, não há nada que justifique um crescimento meteórico de qualquer candidato ao governo e Senado. Da mesma forma que não vejo ninguém em queda livre.
As pesquisas tendem a mostrar algumas acomodações naturais, decorrentes da própria dinâmica da luta eleitoral. Aos poucos o eleitor vai sendo tirado da inércia e do alheamento, proporcionando modificações do quadro até então conhecido.
Entretanto quero explicar, que minhas observações são empíricas. Derivam de análise pessoal, decorrente de instrumentos como a experiência e informações colhidas aqui e alhures.
Não possuo pesquisas à mão para efetivamente me nortear.
Contudo acho cedo para qualquer candidato cantar vitória ou alguém jogar a toalha.
Só teremos uma impressão mais nítida dos rumos da contenda entre o final de agosto e início de setembro. Sentiremos os reflexos da propaganda em rádio e TV.
É-me certo, porém, que haverá segundo turno.
A candidata Rosalba Ciarlini (DEM) continua ostentando aura de favorita, mas já percebeu o rosto de Iberê Ferreira (PSB) no retrovisor. Iberê não é Fernando Bezerra, derrotado por ela ao Senado em 2006.
Carlos Eduardo (PDT) corre por fora e pontua, mas sem dúvidas é o azarão da corrida eleitoral. Vai pesar muito para o segundo turno.
Em relação ao Senado, a briga é a mais emocionante possível. Os senadores Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino (DEM) têm a ex-governadora Wilma de Faria como concorrente à altura.
A emoção será voto a voto.
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