Eis algumas impressões sobre o que vi na política, que parece ser algo generalizado país afora, ou muito presente no Nordeste:

O presidente Lula da Silva (PT) é um fenômeno quase messiânico, onipresente. E não se trata apenas de um candidato da massa-gente, os desvalidos do "bolsa-família".

É muito escassa a propaganda estática. Raros carros-de-som são localizados. As mobilizações de rua também não conseguem atrair grande público.

Existe um interesse residual pela propaganda em rádio e TV, mas que parece crescer, devendo catalisar maior público na reta final da disputa.

O candidato presidencial José Serra (PSDB) é quase exorcisado por seus aliados no Ceará. O candidato a governador tucano, deputado estadual Marcos Cals, mantêm-o à distância quilométrica. Em sua divulgação impressa, volante e rádio e TV, Serra é "esquecido".

O grande nome do PSDB cearense e estrela nacional do mesmo partido, senador Tasso Jereissati (PSDB), também não ostenta propaganda do candidato presidencial. Não vi nada em TV, rádio, impressos ou informação estática-volante.

A propósito, encontrei-me com o senador por duas vezes à semana passada, em hotel da região Cariri. Sua mobilização, ao lado de Cals, deixa Serra sempre ao largo.

Enquanto isso, os candidatos sob o guarda-chuva do Governo Lula, usam superlativamente sua imagem, além de adesivar – por osmose – o nome da candidata Dilma Roussef (PT).

É o que faz, por exemplo, o candidato à reeleição no Ceará, Cid Gomes (PSB).