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segunda-feira - 09/10/2023 - 10:44h
Da guerra

Israel vive seu 11 de Setembro – entenda o conflito

Do Canal Meio e outras fontes

Sistema de defesa, "Domo de Ferro", intercepta série de foguetes atirados contra Israel (Foto: REUTERS/Amir Cohen)

Sistema de defesa, “Domo de Ferro”, intercepta série de foguetes atirados contra Israel (Foto: REUTERS/Amir Cohen)

Dois dias após a invasão do Sul de Israel seguida de ataque terrorista pelo grupo extremista islâmico Hamas, os combates continuam na região. O Exército israelense afirma que militantes seguem entrando pela fronteira com a Faixa de Gaza, governada pelos extremistas.

Militares do Estado judeu patrulham a cerca que separa seu país do território palestino, sem conseguir identificar e obstruir todas as passagens usadas pelos invasores. (Haaretz)

Já passa de 700 o número de mortos em Israel. A contagem deu um salto após socorristas localizarem cerca de 260 corpos no local onde acontecia uma rave. De acordo com testemunhas, os foguetes começaram a cair na áreas às 6h30 de sábado, seguidos dos tiros do invasores. Diversos frequentadores do festival teriam sido tomados como reféns. Na Faixa de Gaza, o total de mortos na retaliação israelense subiu para 436, com mais de 2.200 feridos. Além de alvos do Hamas, mísseis atingiram prédios residenciais e mesquitas. (CNN)

Ian Bremmer: “Mais de 600 israelenses mortos num país com menos de 10 milhões. Em termos de tamanho da população, é como se fossem 21 mil americanos, sem contar reféns. Este é o 11 de Setembro de Israel, com impacto ainda maior sobre a nação. Se contarmos o custo humano, ele é ainda maior para os palestinos.” (X)

O governo israelense declarou oficialmente estado de guerra contra o Hamas, o que pode implicar uma invasão por terra à Faixa de Gaza, que o país já havia ocupado entre 1967 e 2005. O ataque do grupo terrorista foi o maior desde a Guerra do Yom Kippur, cujos 50 anos foram celebrados justamente na sexta-feira. A ofensiva começou na manhã de sábado com uma bateria de milhares de foguetes contra o território israelense, sobrepujando o até então eficiente sistema de defesa aérea. Paralelamente, homens do Hamas invadiram Israel por terra, mar e ar, usando ultraleves e parapentes. Eles atacaram cidades, kibutzim e bases militares, tomando pelo menos cem reféns e capturando equipamento de combate. (CNN)

O governo brasileiro iniciou a uma operação para repatriar cidadãos do país na região, reservando seis aeronaves. Segundo o Itamaraty, um brasileiro foi ferido e três, que participavam da rave atacada pelo Hamas, estão desaparecidos. (Agência Brasil).

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Segundo analistas, esse é o primeiro grande teste para a diplomacia do Brasil à frente do Conselho de Segurança da ONU. “O Brasil tem grandes comunidades palestina e israelense e sempre adotou uma postura pragmática no conflito. Não tem relações com o Hamas, por exemplo. Então, certamente, o Brasil deve costurar uma solução diplomática”, avalia o professor de relações internacionais da ESPM, Roberto Uebel. (Estadão)

Thomas Friedman: “Não se trata de uma escaramuça comum entre Hamas Israel. A fronteira entre Gaza e Israel tem menos de 60 quilômetros, mas as ondas de choque que esta guerra irá desencadear não só lançarão Israel e os palestinos de Gaza na turbulência, como também atingirão a Ucrânia, a Arábia Saudita e, muito provavelmente, o Irã. Qualquer guerra prolongada entre Israel e o Hamas poderá desviar para Tel-Aviv mais equipamento militar americano de que Kiev necessita e tornará impossível — por enquanto — o acordo de normalização proposto entre a Arábia Saudita e Israel.” (New York Times)

A crise de segurança dá a Netanyahu a chance de tirar do governo os partidos religiosos em troca de uma coalizão centrista com os liberais. Além de melhorar as relações de Jerusalém com os EUA, uma coligação centrista liderada pelo Likud, de Netanyahu, ajudaria o primeiro-ministro a tocar a guerra “longa e difícil” contra o Hamas, a restaurar a tranquilidade interna e a garantir a paz com a Arábia Saudita. Ontem, Benny Gantz, ex-ministro da Defesa, afirmou que está aberto à formação de um governo de união, mas quer que seu partido tenha poder decisório sobre a guerra. (Politico e Times of Israel)

Jamil Chade: “Ao disparar mísseis, o Hamas tenta enterrar definitivamente o Fatah, se apresenta para uma nova geração de palestinos inconformados como seus verdadeiros representantes e busca torpedear e bloquear o diálogo entre o mundo árabe e Israel. O ataque também é um recado indireto dos iranianos aos sauditas de que a aproximação entre Israel e Riad não é apreciada. No fundo, o Hamas manda um recado para a região: nada poderá ser feito sem nós.” (UOL)

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Categoria(s): Gerais

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