Hoje, 7 de abril, é o Dia do Jornalista.
Há muito pouco a ser comemorado em termos de Brasil. Mesmo assim, não podemos deixar de exaltar a atividade.
Humana, imperfeita. Dinâmica. Intensa. Sacrificada, sim.
Com ou sem diploma, é ofício para uns, apostolado para outros, mero ganha-pão ou sina na biografias de muitos.
Há-as figuras que se transformam em proxenetas da atividade-fim. Um não-ser.
Mas a data é em especial para aqueles que fundamentalmente crêem no bom jornalismo: dialético, instigante, que informa e forma.
Se não for assim, não é jornalista. Vira "assessor de incenso" ou "sicário da imprensa".
Jornalista é jornalista todo dia, 24 horas por dia.
Estou em plena sintonia com a sincronia desse discurso e acrescento:
Para a mídia, delegaram-na o status de o quarto poder. Mas, que injustiça! Quando as vozes se tornam uníssonas suas vibrações acústicas fazem tombar qualquer um dos outros três poderes precedentes. Um exemplo bem próximo a nós a esse respeito foi quando o jornalista Franklin Jorge usou, há algum tempo, de sua ousadia e eloqüência para fazer tombar toda uma viciosa estrutura de recíprocas veniagas e tranquibérnias de mais de vinte anos de existência no seio de uma instituição pública.
Além do mais, além-mar, vejam o que acontece hoje no norte da África como consequência da força verbal.
É isso.
Cursei até o sétimo périodo do curso de jornalismo na UFRN e algumas cadeiras na UERN. Infelizmente, o jornalismo provinciano, preso a grupos políticos do nosso Estado, fizeram-me decepcionar com a área e voar em outra direção. É apaixonante se fosse praticado como o vemos na teoria. Seria uma profissão linda se a classe fosse organizada, se o diploma de graduação valesse alguma coisa, se qualquer indivíduo que tenha um microfone nas mãos não fosse jornalista… Mas, não é assim…